PRAIA- 72 deputados à nova Assembleia Nacional (AN) de Cabo Verde, eleitos nas legislativas de 06 de fevereiro, serão empossados quinta-feira para, durante cinco anos, cumprirem os trabalhos da VIII Legislatura.
A composição do novo Parlamento não vai diferir muito, na prática, da anterior, uma vez que o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), de José Maria Neves (primeiro-ministro desde 2001 e que se manterá em funções), renovou a maioria absoluta, embora tenha diminuído de 41 para 38 o total de deputados.
Os três parlamentares foram para o Movimento para a Democracia (MpD), de Carlos Veiga (primeiro-ministro entre 1991 e 2000), que continuará, tal como nos últimos 10 anos, na oposição, mas com maior número de assentos - subiu de 29 para 32.
A terceira e última força política no Parlamento, tal como na anterior legislatura, é a União Cabo-Verdiana Democrática Independente (UCID), que manteve os dois deputados alcançados nas legislativas de 2006 e, por via disso, não cria um Grupo Parlamentar.
De fora, ficaram o Partido da Solidariedade e Trabalho (PST) e o Partido Social Democrata (PSD), as restantes formações políticas que se apresentaram às legislativas, mas não elegeram qualquer deputado.
A sessão começará às 09:00 locais (10:00 em Lisboa), com a presidência do segundo mais importante órgão institucional a mudar de mãos, já que Aristides Lima, presidente da AN desde 2001 e eleito deputado para esta legislatura, deixa o cargo para se apresentar na corrida às presidenciais deste ano, ainda sem data.
Para a chefia do Parlamento, e embora não seja oficial, a generalidade da imprensa cabo-verdiana tem apontado Basílio Mosso Ramos, ainda ministro de Estado e da Saúde do Governo que cessará funções este mês e um dos três vice-presidentes do PAICV.
O presidente cabo-verdiano, Pedro Pires, assistirá à cerimónia, que começará às 10:00 locais (11:00 em Lisboa) com as boas vindas, verificação de poderes, eleição da Mesa, proclamação dos deputados e declaração da constituição da Assembleia Nacional.
Pedro Pires, por outro lado, deverá, em breve, indigitar José Maria Neves para a chefia do novo Governo cabo-verdiano, depois de ter ouvido já as três forças políticas representadas no Parlamento.
Fonte governamental disse recentemente à Agência Lusa que, oficialmente, nada está ainda previsto, mas admitiu que Pedro Pires deverá indigitar José Maria Neves ainda na semana em curso ou, o mais tardar, no início da próxima semana.
http://noticias.sapo.cv/lusa/artigo/12257698.html
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