domingo, 4 de dezembro de 2011

CULTURA:Unesco restaura casa de Amílcar Cabral em Bafatá

O gabinete da Unesco em Dacar, em colaboração com a Comissão Nacional da organização bissau-guineense, restaurou e organizou a casa de Amílcar Cabral em Bafatá. A iniciativa visa ajudar África a não perder parte do seu património cultural.

Unesco restaura casa de Amílcar Cabral em Bafatá
A casa, que estava em ruína, foi restaurada e organizada para resistir ao tempo e testemunhar o passado recente do país. Localizada em Bafatá, a casa foi abandonada após a morte de Amílcar Cabral. “A restauração e organização da casa é um projecto federador, que tem o apoio dos poderes públicos e das populações de Bafatá onde ela se encontra”, sublinhou Christian Ndombi, Conselheiro Regional para a Cultura do Departamento Regional da Unesco para a Educação em África (Breda).
“O projecto, a par da personalidade e do papel de Amílcar Cabral na história da libertação do continente africano, deverá estimular a revisitar a história da Guiné-Bissau e de África em geral, mas também a promover o turismo”, assevera. “Após a restauração desta casa que podemos visitar em Bafatá, a 180 Km de Bissau, a próxima etapa do projecto é o lançamento da campanha de recolha dos objectos, arquivos, fotos e testemunhos sobre Amílcar Cabral”, completa Chistian Ndombi.
Ademais, acrescenta, está previsto a montagem de uma exposição permanente sobre a vida e obra de Amílcar Cabral. “Amílcar Cabral é sem nenhuma dúvida um dos maiores heróis da Guiné-Bissau, de Cabo Verde e de África. Está na memória colectiva como um grande combatente da luta da libertação e da revolução africana”, relembrou.
Amílcar Cabral nasceu a 12 de Setembro de 1924 em Bafatá, na Guiné-Bissau. Teve um papel determinante na independência da Guiné Bissau e Cabo Verde. Fundou, junto com o seu meio-irmão Luís Cabral, Aristides Pereira, Pedro Pires e Rafael Barboza, o PAIGC – Partido Africano para a Independência da Guiné Bissau e de Cabo Verde.
O partido engajou-se na luta armada a partir de 1963, tendo conseguido sucessivas vitórias sobre os soldados de Portugal. Assassinado a 20 de Janeiro de 1973, em Conacry, Amílcar Cabral não assistiu à proclamação da independência dos dois países, Guiné e Cabo Verde.
Fonte: AllAfrica
http://asemana.sapo.cv/spip.php?article70717&ak=1

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