PRAIA- O líder parlamentar do Movimento para a Democracia (MpD, maior partido da oposição) disse hoje que o relatório do FMI (Fundo Monetário Internacional) "dá claramente razão ao MpD", no que se refere a contenção da dívida pública.
Fernando Elísio Freire explicou que a oposição tem vindo a alertar o governo que no seu entender "há mais de cinco anos está a prejudicar o país e a economia cabo-verdiana".
Terça-feira, no relatório de avaliação da missão do FMI, chefiada por Janet Stotsky, que esteve no país no âmbito da revisão do Instrumento de Apoio às Políticas (PSI), o FMI recomendou a redução do rácio da dívida pública externa em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) para níveis abaixo dos 50 por cento.
"O FMI veio confirmar todas as chamadas de atenção que o MpD tem vindo a fazer ao governo. O facto de o governo não ter dado atenção aos alertas do MpD provocaram ao país um aumento das taxas de juro, um aumento dos níveis de desemprego, um aumento da crise de energia e da água, um aumento do nível de falta de confiança", garantiu.
O líder do grupo parlamentar do MpD comentou ainda a recomendação do FMI de haver mais espaço ao crédito privado no país.
"Neste momento, o Estado precisa a nível interno de quase três milhões de contos para se financiar, o que está a fazer com que as empresas não tenham capacidade de chegar ao crédito porque o Estado está a tomar todo o crédito e assim não há capacidade de investimento do sector privado e a economia fica totalmente dependente do Estado, pesado e gordo, que não consegue melhorar as condições de vida dos cabo-verdianos", explicou.
Neste sentido, Fernando Elísio Freire pediu ao governo "humildade, serenidade, tranquilidade e sinceridade para com o povo cabo-verdiano".
"Nunca somos donos da verdade, erramos e a política económica por vezes também é errada e este governo tem de assumir que errou e reavaliar todas as suas opções", recomendou.
No entender do MpD, o país já está a sofrer os efeitos da crise económica e financeira, com uma diminuição dos investimentos.
"Já estamos a ter os efeitos da política económica errada com menos 30 por cento de investimento na Saúde, menos 35 por cento na Justiça e menos 51 por cento na energia", argumentou.
Sobre as medidas de contenção já anunciadas pelo Governo, o deputado adiantou que as contenções anunciadas "não valem de nada".
"O impacto das medidas anunciadas pelo primeiro-ministro, não chega a 200 mil contos, quando o défice é superior a 15 milhões de contos", disse.
Fernando Elísio Freire reafirmou que a oposição está disponível para contribuir mas, para isso, o governo tem de reconhecer que tomou as opções erradas.
CLI
Lusa/Fim
http://noticias.sapo.cv/lusa/artigo/13428637.html
Terça-feira, no relatório de avaliação da missão do FMI, chefiada por Janet Stotsky, que esteve no país no âmbito da revisão do Instrumento de Apoio às Políticas (PSI), o FMI recomendou a redução do rácio da dívida pública externa em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) para níveis abaixo dos 50 por cento.
"O FMI veio confirmar todas as chamadas de atenção que o MpD tem vindo a fazer ao governo. O facto de o governo não ter dado atenção aos alertas do MpD provocaram ao país um aumento das taxas de juro, um aumento dos níveis de desemprego, um aumento da crise de energia e da água, um aumento do nível de falta de confiança", garantiu.
O líder do grupo parlamentar do MpD comentou ainda a recomendação do FMI de haver mais espaço ao crédito privado no país.
"Neste momento, o Estado precisa a nível interno de quase três milhões de contos para se financiar, o que está a fazer com que as empresas não tenham capacidade de chegar ao crédito porque o Estado está a tomar todo o crédito e assim não há capacidade de investimento do sector privado e a economia fica totalmente dependente do Estado, pesado e gordo, que não consegue melhorar as condições de vida dos cabo-verdianos", explicou.
Neste sentido, Fernando Elísio Freire pediu ao governo "humildade, serenidade, tranquilidade e sinceridade para com o povo cabo-verdiano".
"Nunca somos donos da verdade, erramos e a política económica por vezes também é errada e este governo tem de assumir que errou e reavaliar todas as suas opções", recomendou.
No entender do MpD, o país já está a sofrer os efeitos da crise económica e financeira, com uma diminuição dos investimentos.
"Já estamos a ter os efeitos da política económica errada com menos 30 por cento de investimento na Saúde, menos 35 por cento na Justiça e menos 51 por cento na energia", argumentou.
Sobre as medidas de contenção já anunciadas pelo Governo, o deputado adiantou que as contenções anunciadas "não valem de nada".
"O impacto das medidas anunciadas pelo primeiro-ministro, não chega a 200 mil contos, quando o défice é superior a 15 milhões de contos", disse.
Fernando Elísio Freire reafirmou que a oposição está disponível para contribuir mas, para isso, o governo tem de reconhecer que tomou as opções erradas.
CLI
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