PRAIA – Depois de três ataques sistemáticos orquestrados pelo Primeiro-ministro e PAICV na sua ausência do país, o Presidente Fonseca responde com firmeza: ‘não aceitarei ser condicionado’.
O Governo e o PAICV aproveitaram o saída do Presidente do país para lançar uma série de ataques pelas costas esta semana culminando com críticas bombásticas e comprometedoras da segunda figura daquele partido, o seu secretário-geral Armindo Maurício.
“O Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, não se tem distinguido das mensagens do MpD e do seu líder Carlos Veiga, como ainda tem revelado estranha parcialidade no relacionamento com o PAICV, enquanto principal partido que sustenta a maioria parlamentar", declarou Maurício ontem numa conferência de imprensa.
O líder tambarina foi aos limites acusando o Presidente de violar a Constituíção da República de Cabo Verde. “A Comissão Política do PAICV estranha ainda a postura sistemática do actual PR em criticar o Governo, quase que assumindo o papel de líder da oposição e exercendo a função de jogador e não de árbitro, à margem dos seus limites constitucionais”.
O Presidente reagiu hoje às acusações de Armindo Maurício salientado que este faltou a verdade e deixa um recado ao José Maria Neves e seu partido: ‘Prosseguirei com serenidade e firmeza a linha de actuação adoptada’. A mensagem enviada à FORCV pelo porta-voz da Presidência pode ser lida na sua íntegra embaixo.
“A propósito das declarações do Sr, Armindo Mauricio, Secretário Geral do PAICV e na sequencia da reunião da Comissão Politica daquele partido, realizada no passado fim de semana, na linha do compromisso com a verdade, a Presidência da República esclarece o seguinte:
A Presidência considera que em Democracia é normal o PAICV ou qualquer outro partido político concordar ou não de um ou outro discurso do Presidente da República e manifestar tal discordância.
Contudo, não concorda com o facto de tomadas de posição do Presidente da República serem consideradas como um exercício de oposição ao Governo, podendo esta posição ser entendida como uma forma de condicionar o Presidente da República, o que em hipótese alguma poderá ser aceite.
As intervenções do Presidente da República têm sido claras e em consonância com a posição sempre adoptada de falar a verdade e de contribuir de forma autónoma para o equacionamento dos problemas das pessoas do nosso país.
No que respeita à ideia apresentada pelo Sr Armindo Mauricio, segundo a qual o Presidente da República teria recebido o MPD e a UCID, partidos da oposição, para discutir a proposta de Orçamento do Estado para 2012, deixando de fora o PAICV, o que consubstanciaria uma posição de exclusão desse partido, manda a verdade que se diga o seguinte:
a) Esses partidos foram recebidos pelo Presidente da Republica para discutir questões nacionais de ordem politica, social ou económicas. Naturalmente que considerações sobre o orçamento do Estado também foram feitas por esses responsáveis políticos uma vez que o propjecto encontrava-se em discussão em sede própria, isto é no Parlamento. Como facilmente se compreende, não faria qualquer sentido, convocar quem quer que fosse para discutir um projecto que estava sendo discutido na casa parlamentar.
b) As questões relativas ao Orçamento foram sim discutidas em tempo oportuno com o Sr Primeiro Ministro josé Maria Neves, Presidente do PAICV.
Quanto à ideia segundo a qual o PAICV teria sido discriminado ao não ser convidado pelo Presidente República para apresentar cumprimentos de Boas Festas, contrariamente ao que aconteceu com o MPD, esclarece-se que durante a quadra festiva, o Chefe de Estado de Cabo Verde tem recebido cumprimentos dos diversos órgãos de soberania, das forças de defesa e segurança e da Câmara Municipal da Praia, seguindo os preceitos protocolares e de individualidades e entidades privadas por solicitação destas. Foi nesse quadro que o MPD apresentou cumprimentos de Boas Festas ao Presidente da Republica que terá todo prazer em receber tais votos, de quem as quiser formular, inclusive do PAICV.
O Presidente da República prosseguirá com serenidade e firmeza a linha de actuação adoptada e continuará a envidar todos os esforços para que as forças políticas e sociais se empenhem na mobilização de energias para vencer as grandes dificuldades que nos apoquentam, deixando de lado questões que, de facto, não são prioritárias.
Foto:Rádio Atlântico
Wednesday, 11 January 2012
http://www.forcv.com/politics/4399-presidente-prosseguirei-com-firmeza-a-linha-de-actuacao-adoptada-mauricio-distorceu-a-verdade
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