sábado, 28 de janeiro de 2012

CV:MULHERES PRAIENSES MOBILIZAM-SE CONTRA A VIOLÊNCIA E INSEGURANÇA

Ondina Ferreira dá a cara por movimento de cidadãs 
Quando as autoridades manifestam inépcia, quando o Estado de direito não garante a segurança de pessoas e bens, os cidadãos – neste caso, as cidadãs – têm de tomar a iniciativa. Tudo começou com um abaixo-assinado ao comandante da POP, mas já se fala em sair para a rua… e dizer Basta!
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Praia, 27 de Janeiro 2012 – Um grupo de mulheres praienses – avós, mães e filhas -, encabeçadas pela escritora e ensaísta Ondina Ferreira, remeteram um abaixo-assinado ao comandante-geral da Polícia de Ordem Pública, num apelo pungente para que se tomam medidas contra a onda de violência e insegurança que assola a cidade da Praia e que tem como alvo preferencial as mulheres.
No documento, subscrito por cerca de 350 cidadãs, alega-se que “vivemos numa cidade de alto risco e que a qualquer momento, saindo à rua, podemos ser atacadas violentamente pelos bandidos, marginais, delinquentes, os chamados “thugs” que pululam com um à-vontade, simplesmente espantoso, todos os bairros residenciais desta cidade e que atacam sobretudo mulheres”, e afirmando pertencerem “ao grupo de cidadãs que vive hoje em dia, com medo de sair à rua a pé, para ir ao trabalho, às compras, para visitar familiares e amigos, ou simplesmente, para fazer a marcha bem recomendada a favor da saúde”.
As mulheres reconhecem, ainda, fazer “parte de um significativo grupo de cidadãs que sai de casa temerosa, receosa e preocupada com a integridade física; se a trará intacta de volta ao lar, ou se não será maltratada; ou não ficará nas mãos de marginais e de bandidos, em qualquer rua ou esquina da Capital”, avançando serem “raros são os dias em que se não tem notícia de mulheres amigas, conhecidas ou não que são assaltadas e magoadas, por vezes severamente, ou mesmo mortas por marginais em plena via pública!”.
É PRECISO DIZER BASTA
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Para o grupo de cidadãs, “os bandidos, os assaltantes, os chamados “thugs” tomaram conta dos bairros residenciais desta cidade”, sendo eles “os que assaltam sobretudo, as mulheres”, pelo que “todos os bairros da cidade-capital são de alto risco! Do Palmarejo, a Achada Santo António, passando pelo Ténis, Monteagarro, indo até à Fazenda, a Achadinha, ou centrando no Plateau”, pode ler-se no abaixo-assinado, que faz um apelo gritante para que as autoridades policiais elejam como prioridade “a segurança dos cidadãos, no caso, das cidadãs – os alvos preferenciais dos delinquentes que andam à solta nas ruas da cidade!”, nomeadamente, que a polícia se veja nas ruas e não se confine aos gabinetes…
“Um grande Basta!” é o que clamam as mulheres, preocupadas com a “triste estatística que coloca o homicídio como uma das primeiras causas de morte na cidade da Praia e nos seus arredores”, e interrogando-se: “Para onde vamos?!”.
Do documento, de igual modo, foi dado conhecimento a órgãos de soberania, membros do governo, aos dois principais partidos políticos e a responsáveis policiais. Mas, segundo garantiu a Liberal Ondina Ferreira, este movimento de mulheres contra a violência e a insegurança não se ficará por aqui, no horizonte equacionam-se várias acções, nomeadamente, a possibilidade de uma marcha silenciosa.
Ondina Ferreira é o rosto da iniciativa cidadã
Ondina Ferreira é o rosto da iniciativa cidadãhttp://liberal.sapo.cv/noticia.asp?idEdicao=64&id=35016&idSeccao=525&Action=noticia

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