quinta-feira, 23 de abril de 2009

CARLOS VEIGA REGRESSA A POLITICA ACTIVA

Foto:13 de Janeiro de 2007 na Holanda


Sem ambigüidades, Veiga regressa à militância partidária
AFASTADA EM DEFINITIVO A POSSIBILIDADE DE VEIGA SE CANDIDATAR À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

Carlos Veiga é candidato à Presidência do MpD.
Para pôr cobro a especulações lançadas a partir de áreas tambarinas desde que se começou a falar no eventual regresso de Veiga, outra afirmação taxativa: “quero também tornar público - explícita e definitivamente - que fica, de todo, afastada a possibilidade de me candidatar às eleições presidenciais de 2011. Agir de outra forma seria politicamente imoral. O MpD saberá encontrar na sociedade cabo-verdiana, de entre as muitas alternativas que existem, a personalidade certa para apoiar nessas eleições”
S. Vicente, 23 Abril – Com “adeus” definitivo à eventualidade de se candidatar às próximas eleições presidenciais, Carlos Veiga acaba de anunciar, aos microfones da RCV, a partir de Mindelo, que regressa à militância partidária, propondo apresentar-se como candidato à liderança do MpD na Convenção que vai decorrer este ano: “Muito preocupado com os graves problemas do País, que a crise internacional tende a agravar, comunico à grande família MpD e a toda a sociedade cabo-verdiana que decidi regressar à militância activa e concorrer às próximas eleições para a presidência do MpD”, disse o antigo Primeiro Ministro.
Com poucas palavras, mas com uma afirmação sem ambigüidades nem rodeios, Veiga deixou claro ao que vem: “Creio poder, conjuntamente com todos, dar um contributo relevante para congregar, mobilizar e galvanizar o partido, as famílias, as empresas e toda a sociedade e constituir uma equipa forte, competente e motivada para ganhar as eleições legislativas de 2011 e garantir uma liderança do país que enfrente as grandes dificuldades deixadas por uma governação já esgotada e os novos desafios que Cabo Verde deve enfrentar com confiança e esperança num futuro melhor”.
Ficou assim colocado ponto final aos ruídos que, nos últimos dias, se têm frito ouvir nos bastidores da política cabo-verdiana. Não há dramatismos, nem perturbações como, desavisadamente, alguns procuraram atingir o que já era dado como certo há semanas: o regresso da figura de referência das hostes ventoinhas. Disse há pouco Carlos Veiga: “Quero frisar que esta é uma candidatura positiva, pelo país e pelo MpD, e não contra quem quer que seja. Muito menos contra os também já anunciados candidatos, Jorge Santos e José Luís Livramento, pessoas que prezo muito, a quem envio um abraço de respeito e companheirismo, e a quem manifesto a minha disponibilidade para trabalharmos em conjunto, em prol dos objectivos do partido”.
Por parte de Veiga, promessa feita, o confronto político não se fará contra companheiros de partido. O adversário fica claramente definido: “a governação já esgotada”, ou seja, o PAICV e José Maria Neves.
Para pôr cobro a especulações lançadas a partir de áreas tambarinas desde que se começou a falar no eventual regresso de Veiga, outra afirmação taxativa: “quero também tornar público - explícita e definitivamente - que fica, de todo, afastada a possibilidade de me candidatar às eleições presidenciais de 2011. Agir de outra forma seria politicamente imoral. O MpD saberá encontrar na sociedade cabo-verdiana, de entre as muitas alternativas que existem, a personalidade certa para apoiar nessas eleições”.
Veiga decidiu-se a atravessar o Rubicão. A cena política de Cabo Verde irá necessariamente redefinir-se.

In Liberal.sapo.cv

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