PRIMEIRO-MINISTRO TURCO FOI O PROTAGONISTA DA CIMEIRA DE DAVOS
Em vez de apontar soluções para resolver a crise que evita este mundo globalizado que pode levar ainda a uma depressão se não forem tomadas medidas correctas para o combater, o forum de Davos ficou marcado pela discussão acolorada entre o primeiro ministro Turco, Recep Tayyip Erdogan e o Presidente de Israel Shimon Peres
Rotterdão, 2 Fevereiro - Várias personalidades (cerca de 2.100), das quais cerca de trinta chefes de Estado e de Governo, tomaram parte no Fórum Económico Mundial que aconteceu neste ano em Davos na Suiça.
O Forum foi presidido, entre outras personalidades, pelo africano Kofi Annan, o ex Secretário Geral a ONU e teve a participação de várias personalidades de todos os quadrantes do Planeta.
A nivel de África, destacam-se as presenças dos Presidentes da África do Sul, Kgalema Motlanthe, do Senegal, Abdoulaye Wade, do Rwanda, Wade, e ainda do Presidente do Partido MDC (Movement for Democratic Change), Morgan Tsvangirai do Zimbabwe.
Da África lusofona apenas houve a presença de Moçambique, através da Primeira Minstra Luisa Dias Diogo.
A cimeira decorreu sob o tema "Segurança e Prosperidade" e tinha como objectivo procurar soluções para a actual crise económica e discutir propostas de uma nova ordem económica mundial para o período pós-crise
Em vez de apontar soluções para resolver a crise que evita este mundo globalizado que pode levar ainda a uma depressão se não forem tomadas medidas correctas para o combater, o forum de Davos ficou marcado pela discussão acolorada entre o primeiro ministro Turco, Recep Tayyip Erdogan e o Presidente de Israel Shimon Peres.
A discussão teve início quando o presidente israelita, Shimon Peres, defendia os ataques de Israel em Gaza. O Estadista hebreu culpou o grupo islâmico Hamas pela escalada da violência na região e pelas perdas humanas palestinianas na última ofensiva, que matou aproximadamente 1.300 pessoas e feriu outras 5 mil.
Na Altura o governante Turco interrompeu, Perez dizendo :"Vocês estão assassinando pessoas" e, irritado e com o tom de voz alterado, o Presidente de Israel apontou o dedo para o primeiro ministro turco e perguntou:”o que o senhor faria se foguetes fossem lançados contra Istambul todas as noites”?
Querendo replicar, Recep Tayyip Erdogan pediu então ao moderador, o colunista do jornal The Washington Post David Ignatius, a permissão para falar novamente. E disse para Shimon Perez: "eu lembro ao senhor que dois ex-primeiros ministros do seu país que disseram que sentiam-se felizes quando podiam entrar no território palestiniano em tanques", disse Erdogan após Ignatius conceder um minuto para ele falar. "Eu acho muito triste que as pessoas aplaudam o que o senhor disse. Muitas pessoas foram assassinadas e eu acho que é muito errado e não é humanitário". O Chefe do governo Turco acabou sendo interrompido pelo moderador que disse que o tempo solicitado se havia esgotado.
"Por favor, me deixe terminar", pediu Erdogan. No entanto, Ignatius respondeu que não havia mais tempo. "Muito obrigado, acho que não voltarei a Davos depois disso", respondeu o primeiro-ministro antes de abandonar, furioso, o debate.
Ao chegar a Turquia Erdogan foi recebido como um heroi e segundo a imprensa turca cerca de três mil pessoas foram esperar o chefe do governo e organizações como o Hamas (palestiano) ou o Presidente do Irão Mahmud Ahmadinejad, saudaram a atitude do primeiro ministro Turco, o protagonista da cimeira de Davos 2009.
A Atitude de Erdogan foi muito bem visto no mundo muçulmano mas já nem tanto nos Países da União Europeia e, segundo alguns analistas politicos, esta atitude do governante turco vai atrasar ainda mais as negociações para uma eventual entrada da Turquia na União Europeia.
Recorda-se que paises como a França e a Alemanha têm feito tudo para atrasar o ingresso deste colosso muçulmano na Europa dos 27.
Para Finalizar dizer que paralelamente ao Forum de Davos, decorreu ao mesmo tempo, em Belém no Brasil, “O Fórum Social” que segundo os seus organizadores era uma resposta ao Fórum Económico e tinha como objectivo propor uma terapêutica alternativa à actual crise Mundial.
Norberto Silva
Rotterdão, 2 Fevereiro - Várias personalidades (cerca de 2.100), das quais cerca de trinta chefes de Estado e de Governo, tomaram parte no Fórum Económico Mundial que aconteceu neste ano em Davos na Suiça.
O Forum foi presidido, entre outras personalidades, pelo africano Kofi Annan, o ex Secretário Geral a ONU e teve a participação de várias personalidades de todos os quadrantes do Planeta.
A nivel de África, destacam-se as presenças dos Presidentes da África do Sul, Kgalema Motlanthe, do Senegal, Abdoulaye Wade, do Rwanda, Wade, e ainda do Presidente do Partido MDC (Movement for Democratic Change), Morgan Tsvangirai do Zimbabwe.
Da África lusofona apenas houve a presença de Moçambique, através da Primeira Minstra Luisa Dias Diogo.
A cimeira decorreu sob o tema "Segurança e Prosperidade" e tinha como objectivo procurar soluções para a actual crise económica e discutir propostas de uma nova ordem económica mundial para o período pós-crise
Em vez de apontar soluções para resolver a crise que evita este mundo globalizado que pode levar ainda a uma depressão se não forem tomadas medidas correctas para o combater, o forum de Davos ficou marcado pela discussão acolorada entre o primeiro ministro Turco, Recep Tayyip Erdogan e o Presidente de Israel Shimon Peres.
A discussão teve início quando o presidente israelita, Shimon Peres, defendia os ataques de Israel em Gaza. O Estadista hebreu culpou o grupo islâmico Hamas pela escalada da violência na região e pelas perdas humanas palestinianas na última ofensiva, que matou aproximadamente 1.300 pessoas e feriu outras 5 mil.
Na Altura o governante Turco interrompeu, Perez dizendo :"Vocês estão assassinando pessoas" e, irritado e com o tom de voz alterado, o Presidente de Israel apontou o dedo para o primeiro ministro turco e perguntou:”o que o senhor faria se foguetes fossem lançados contra Istambul todas as noites”?
Querendo replicar, Recep Tayyip Erdogan pediu então ao moderador, o colunista do jornal The Washington Post David Ignatius, a permissão para falar novamente. E disse para Shimon Perez: "eu lembro ao senhor que dois ex-primeiros ministros do seu país que disseram que sentiam-se felizes quando podiam entrar no território palestiniano em tanques", disse Erdogan após Ignatius conceder um minuto para ele falar. "Eu acho muito triste que as pessoas aplaudam o que o senhor disse. Muitas pessoas foram assassinadas e eu acho que é muito errado e não é humanitário". O Chefe do governo Turco acabou sendo interrompido pelo moderador que disse que o tempo solicitado se havia esgotado.
"Por favor, me deixe terminar", pediu Erdogan. No entanto, Ignatius respondeu que não havia mais tempo. "Muito obrigado, acho que não voltarei a Davos depois disso", respondeu o primeiro-ministro antes de abandonar, furioso, o debate.
Ao chegar a Turquia Erdogan foi recebido como um heroi e segundo a imprensa turca cerca de três mil pessoas foram esperar o chefe do governo e organizações como o Hamas (palestiano) ou o Presidente do Irão Mahmud Ahmadinejad, saudaram a atitude do primeiro ministro Turco, o protagonista da cimeira de Davos 2009.
A Atitude de Erdogan foi muito bem visto no mundo muçulmano mas já nem tanto nos Países da União Europeia e, segundo alguns analistas politicos, esta atitude do governante turco vai atrasar ainda mais as negociações para uma eventual entrada da Turquia na União Europeia.
Recorda-se que paises como a França e a Alemanha têm feito tudo para atrasar o ingresso deste colosso muçulmano na Europa dos 27.
Para Finalizar dizer que paralelamente ao Forum de Davos, decorreu ao mesmo tempo, em Belém no Brasil, “O Fórum Social” que segundo os seus organizadores era uma resposta ao Fórum Económico e tinha como objectivo propor uma terapêutica alternativa à actual crise Mundial.
Norberto Silva
Artigo públicado no Liberalonline
Sem comentários:
Enviar um comentário
Comentar com elegância e com respeito para o próximo.