quarta-feira, 22 de abril de 2009

SITE DO GOVERNO HOLANDÊS DESMENTE JOSÉ BRITO



Holanda termina relação de cooperação com sete países”, entre os quais Cabo Verde


SITE DO GOVERNO HOLANDÊS DESMENTE JOSÉ BRITO
Roterdão, 14 Abril – “Holanda termina relação de cooperação com sete países” (Bosnia-Herzegovina, Eritreia, Sri Lanka, Albânia, Arménia, Cabo-Verde e Macedónia) é o título de uma notícia que confirma à notícia publicada por Liberal e pela Rádio Atlântico, publicada na semana passada no site do Ministério de Desenvolvimento e da Cooperação da Holanda (www.minbuza.nl). José Brito, Ministro dos Negócios Estrangeiros, na altura viria tentar desmentir a notícia através de um outro jornal digital.
Ora, Liberal já havia noticiado que o Ministro Albert Koenders havia comunicado ao Parlamento holandês, no dia 3 de Abril de 2009, por carta, o corte de ajuda a sete países entre os quais Cabo Verde. Esta notícia foi amplamente divulgada em todos os meios de comunicação social na Holanda entre os quais a credível “Elsevier”.
Segundo a notícia do site do Ministério de Desenvolvimento e da Cooperação da Holanda (www.minbuza.nl), esta decisão foi tomada no quadro do programa de avaliação e de transformação dos Acordos de Cooperação e Desenvolvimento. Diz o texto que o Ministro Koenders anuncia sua de decisão de terminar a cooperação com a Bosnia-Herzegovina, Eritreia, Sri Lanka, Albânia, Arménia, Cabo-Verde e Macedónia.
Segundo o ministro, a cooperação não é algo infinito. Defende que, em países como Cabo Verde “já não é necessário uma política de cooperação e desenvolvimento” e que “o governo holandês, a partir de agora, vai dar mais atenção aos países que precisam de ajuda efectiva”.
Mais, no texto, diz-se mesmo que esta não é uma avaliação só da Holanda, mas é também da Noruega, Dinamarca e Suécia.
O ministro Koenders apresentou quatro motivos para terminar efectivamente o programa de cooperação e desenvolvimento com os sete países, entre os quais Cabo Verde: ser-se considerado Pais de Desenvolvimento Médio; no caso de a ajuda efectiva não ser possível por motivos de constrangimentos políticos regionais (violação de direitos humanos por exemplo); no caso de problemas de segurança interna; no caso de se justificar que outros doadores possam contribuir mais eficazmente para o desenvolvimento do país.

Mais do que isso, o ministro Koenders defende a importância se ter em conta outros aspectos considerados ainda hoje de “tabus, como a corrupção, a posição da mulher, os exilados, e o aborto”.
É estranha, por isso, a reacção de José Brito a esta decisão de a Holanda cortar a ajuda de mais de 30 anos a Cabo Verde.
Recorde-se que José Brito inaugurou em Novembro do ano passado a Casa de Cabo Verde (Casa de Cultura) na Holanda sem que a mesma tivesse um corpo gerente, estatutos e sobretudo sem se saber o que fazer com a Casa, estando ainda, até hoje, sem funcionar.
Por outro lado, recordamos que na Holanda nenhum dos representantes dos partidos políticos (PAICV, MpD, UCID) negou a noticia, apesar de se estranhar também o silêncio dos partidos em Cabo Verde, sobretudo os da Oposição.
Também sabe-se que vários são os cidadões cabo-verdianos, na Holanda, de todas as sensibilidades politicas que estão empenhado em sensibilizar o governo holandês a não cortar a ajuda a Cabo Verde, passando por cima da bazofia dos politicos nacionais, o que denota o grau de cidadania dos cabo-verdianos na diáspora e a grande sensibilidade para com os problemas porque passa o País.
Norberto B. C. Silva
Para LIBERAL

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