“Holanda termina relação de cooperação com sete países”, entre os quais Cabo Verde
SITE DO GOVERNO HOLANDÊS DESMENTE JOSÉ BRITO
Roterdão, 14 Abril – “Holanda termina relação de cooperação com sete países” (Bosnia-Herzegovina, Eritreia, Sri Lanka, Albânia, Arménia, Cabo-Verde e Macedónia) é o título de uma notícia que confirma à notícia publicada por Liberal e pela Rádio Atlântico, publicada na semana passada no site do Ministério de Desenvolvimento e da Cooperação da Holanda (www.minbuza.nl). José Brito, Ministro dos Negócios Estrangeiros, na altura viria tentar desmentir a notícia através de um outro jornal digital.
Ora, Liberal já havia noticiado que o Ministro Albert Koenders havia comunicado ao Parlamento holandês, no dia 3 de Abril de 2009, por carta, o corte de ajuda a sete países entre os quais Cabo Verde. Esta notícia foi amplamente divulgada em todos os meios de comunicação social na Holanda entre os quais a credível “Elsevier”.
Segundo a notícia do site do Ministério de Desenvolvimento e da Cooperação da Holanda (www.minbuza.nl), esta decisão foi tomada no quadro do programa de avaliação e de transformação dos Acordos de Cooperação e Desenvolvimento. Diz o texto que o Ministro Koenders anuncia sua de decisão de terminar a cooperação com a Bosnia-Herzegovina, Eritreia, Sri Lanka, Albânia, Arménia, Cabo-Verde e Macedónia.
Segundo o ministro, a cooperação não é algo infinito. Defende que, em países como Cabo Verde “já não é necessário uma política de cooperação e desenvolvimento” e que “o governo holandês, a partir de agora, vai dar mais atenção aos países que precisam de ajuda efectiva”.
Mais, no texto, diz-se mesmo que esta não é uma avaliação só da Holanda, mas é também da Noruega, Dinamarca e Suécia.
O ministro Koenders apresentou quatro motivos para terminar efectivamente o programa de cooperação e desenvolvimento com os sete países, entre os quais Cabo Verde: ser-se considerado Pais de Desenvolvimento Médio; no caso de a ajuda efectiva não ser possível por motivos de constrangimentos políticos regionais (violação de direitos humanos por exemplo); no caso de problemas de segurança interna; no caso de se justificar que outros doadores possam contribuir mais eficazmente para o desenvolvimento do país.
Mais do que isso, o ministro Koenders defende a importância se ter em conta outros aspectos considerados ainda hoje de “tabus, como a corrupção, a posição da mulher, os exilados, e o aborto”.
É estranha, por isso, a reacção de José Brito a esta decisão de a Holanda cortar a ajuda de mais de 30 anos a Cabo Verde.
Recorde-se que José Brito inaugurou em Novembro do ano passado a Casa de Cabo Verde (Casa de Cultura) na Holanda sem que a mesma tivesse um corpo gerente, estatutos e sobretudo sem se saber o que fazer com a Casa, estando ainda, até hoje, sem funcionar.
Por outro lado, recordamos que na Holanda nenhum dos representantes dos partidos políticos (PAICV, MpD, UCID) negou a noticia, apesar de se estranhar também o silêncio dos partidos em Cabo Verde, sobretudo os da Oposição.
Também sabe-se que vários são os cidadões cabo-verdianos, na Holanda, de todas as sensibilidades politicas que estão empenhado em sensibilizar o governo holandês a não cortar a ajuda a Cabo Verde, passando por cima da bazofia dos politicos nacionais, o que denota o grau de cidadania dos cabo-verdianos na diáspora e a grande sensibilidade para com os problemas porque passa o País.
Norberto B. C. Silva
Para LIBERAL
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