Armindo Maurício diz que o País está no bom caminho Apesar das críticas do relatório do FMI, sugerindo inversão da lógica de endividamento externo do Governo, o secretário-geral tambarina defende que está tudo bem. Para Maurício o mal está nas declarações alarmistas da oposição
Para Maurício está tudo no melhor dos caminhos... a culpa é do MpD |
O secretário-geral tambarina, surpreendeu os jornalistas com uma intervenção que indicia já estar em marcha a pré-campanha para as autárquicas, tendo em conta a forma da oratória, assente no acinte ao adversário político e posicionando-se mais como “porta-voz” do Governo do que propriamente como dirigente partidário.
Aludindo a um relatório recente do Fundo Monetário Internacional (FMI), com indicadores alarmantes para o futuro da economia cabo-verdiana, Maurício preferiu atirar o ónus da gravidade da análise da organização internacional para cima do MpD, acusando o partido liderado por Carlos Veiga de causar “alarme” injustificado.
Para o dirigente e deputado do PAICV, "o que o relatório afirma coincide e vem na mesma linha daquilo que se afirmou nos anos anteriores. Não há nada de novo a não ser que se considera que estamos numa fase do aprofundar da crise internacional”, adiantando que “é com base naquilo que acordou com o governo de Cabo Verde, desde há dois ou três anos, que o FMI recomenda que se deve definir, num quadro de médio prazo, medidas orçamentais que permitam baixar a dívida pública externa de Cabo Verde a níveis abaixo dos 50 por cento”, não esclarecendo, porém, as razões de o Executivo não ter seguido as recomendações de relatórios anteriores.
No que respeita à dívida externa, uma das armas de arremesso do MpD contra as políticas financeiras seguidas por José Maria Neves e a sua ministra das Finanças, Maurício desvaloriza as críticas do adversário alegando que o partido ventoinha quer confundir a opinião pública, porém não negando estar a dívida situada em padrões muito elevados, segundo a perspectivas do Governo nos 62,5 por cento, segundo especialistas já a rondar os 80 por cento.
Para o secretário-geral do PAICV, os empréstimos avultados contraídos pelo Estado, nos últimos anos, alguns deles direccionados para obras de discutível utilidade imediata, destinam-se à “infra-estruturação básica de Cabo Verde, preparando o país para o seu melhor desenvolvimento”, defendendo que " foi isso que o relatório do FMI mais uma vez reproduziu", passando de lado à indicação do mesmo que vai no sentido da inversão da linha seguida pelo Governo cabo-verdiano.
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