segunda-feira, 28 de novembro de 2011

CV(LIBERAL):CRISE NÃO CHEGOU ÀS FINANÇAS DA MINISTRA

Está explicada a “blindagem”… 

Não lhe bastando uma espaventosa mansão, Cristina Duarte já vai na construção de outra. Ambas, ao que parece, a menos de 80 metros da orla marítima… o que, aparentemente, será ilegal

Para Cristina Duarte a crise é - mesmo e só - "internacional"...
Para Cristina Duarte a crise é - mesmo e só - "internacional"...
PRAIA – Afinal, quando Cristina Duarte disse, um ano atrás, que a Economia estava blindada à crise internacional, referia-se, seguramente, à sua economia familiar e às suas finanças pessoais… Pelo menos é o que se pode deduzir das informações feitas chegar a Liberal por leitores, embalados por notícias publicadas pelo nosso jornal, que decidiram reagir e dar a conhecer a “fúria edificadora” da ministra.
Efectivamente, a vida sorri e é generosa com responsável pela pasta das Finanças e do Plano. E, como não lhe bastasse a espaventosa casa de Cova Minhoto, ali para os lados da Cidadela (Praia), a senhora resolveu, em plena crise… “internacional”, construir mais uma casita a pouca distância. E esta é, de facto, uma das provas da inexistência de crise… nos bolsos de Cristina.
Mas, não, longe de nós sugerir que as mansões da ministra não foram erigidas com o fruto de trabalho árduo. Claro que não! Mas, mesmo que a laboriosa governante tenha amealhado pé-de-meia considerável quando esteve por Angola, as interrogações são muitas.
... e, já que não há crise nacional, vamos lá construir mais uma casinha
... e, já que não há crise nacional, vamos lá construir mais uma casinha
E a nossas interrogações são estas: as construções, como a Lei estabelece, estarão a 80 metros da orla marítima? Com franqueza, não nos parece! Mais, a Capitania autorizou-as? Mais, ainda: a ter autorizado, fê-lo no cumprimento escrupuloso da Lei? Também não nos parece! E, só mais um pouco, será legítimo que as propriedades imóveis privadas da ministra tapem a vista pública aos comuns cidadãos?
São interrogações legítimas a que Cristina Duarte teria obrigação de responder em qualquer Estado de Direito democrático. A promiscuidade entre o público e o privado tem de acabar de vez em Cabo Verde. Os muros de silêncio que envolvem as vidas dos nossos governantes têm de ser transpostos pelas legítimas interrogações dos cidadãos. E a ministra tem calado, como é do conhecimento público, várias das perguntas que pairam, vários dos rumores que se agigantam sem respostas. E essa opacidade não é boa para a saúde da nossa democracia.
Ministra deveria dar explicações
Ministra deveria dar explicações
E, por falar em rumores, para além de ainda não ter respondido às interrogações sobre o salário de seu marido, Cristina Duarte também não se dignou responder a outra pertinente dúvida: para além dos honorários do cônjuge – ao que se diz -, pagos por uma organização internacional (?!), o cavalheiro beneficia ainda de uma avença paga pelo próprio ministério de que a esposa é líder máxima?
Senhora ministra, esclareça a opinião pública. Este clima de suspeição permanente só persiste como resultante do seu silêncio. A senhora tem alguma coisa a esconder, ou a mudez decorre da arrogância de se considerar acima dos seus concidadãos?
http://liberal.sapo.cv/noticia.asp?idEdicao=64&id=34494&idSeccao=525&Action=noticia

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