terça-feira, 29 de novembro de 2011

CV(ASemana):Maienses reivindicam cimenteira junto do Presidente da República

PRAIA-Um grupo de “jovens quadros” do Maio pediu ajuda ao Presidente da República para usar a magistratura de influência junto do governo de forma a que o executivo de José Maria Neves não leve a cimenteira para Santa Cruz e para que “acabe com o isolamento a que a ilha está" votada, segundo diz o porta-voz, João Dono.

Em pouco mais de meia hora, cinco cidadãos do Maio desabafaram ao Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, as “preocupações agravadas” dos habitantes “como o isolamento da ilha e a transferência da cimenteira da ilha do Maio para Santiago, para o concelho de Santa Cruz, sem nenhuma explicação viável”, como contou aos jornalistas o porta-voz.
João Dono revelou que o chefe de Estado lhes prometeu que “essa preocupação vai ser transmitida ao governo e que vai exercer o seu poder de influência, o que já é muito bom, para ver se o Maio começa, de facto, a tornar-se uma ilha desenvolvida e não esquecida pelo governo”.
Questionado pelos jornalistas sobre o projecto da cimenteira de Santa Cruz, João Dono é peremptório ao afirmar que “a questão central é que a matéria-prima, sendo a cimenteira em Santa Cruz, Maio, São Vicente ou Santo Antão, é sempre do Maio, ou seja, tira-se a matéria-prima do Maio para se levar para Santa Cruz o que vai acarretar mais custos”. “E porquê? Por que não fazê-la no Maio?”, interroga o também candidato à autarquia maiense.
Questionado sobre os eventuais prejuízos para a população, João Dono reage de imediato dizendo que “as pessoas de Santa Cruz não são mais resistentes que as do Maio” e se a questão é a o afastamento dos turistas, “então também os vai afastar em Santa Cruz”.
“Não há nenhum estudo, feito pelo governo, que diga que há esse problema, não diz que é prejudicial para o Turismo. Não nos foi apresentado nenhum estudo sobre a viabilidade económica na ilha do Maio, pode ter sido feito para outras ilhas mas para o Maio não foi com certeza. Nem há um estudo de impacto ambiental”, explica.
Confrontado sobre a existência de um estudo feito pelos privados que querem investir, João Dono reconhece que ele existe mas “é feito para Santa Cruz”. “Se o governo fez para o Maio desconhecemos e se existem vamos solicitá-los”, acrescenta.
João Dono adianta que para a semana vão pedir uma audiência ao governo, até porque “o investimento é privado mas quem faz a gestão do terreno é o governo, não o privado e quem tem poder em matérias em públicas é o governo e a matéria-prima em questão é matéria pública, não é privada, ou seja, a gestão tem de ser pública e sendo a matéria-prima do Maio a população maiense tem de ter uma palavra a dizer”.
Da mesma forma que têm uma palavra a dizer quando se sentem isolados porque, como dizem os “jovens quadros”, como se auto-intitularam, “o Maio está dotado a um isolamento total, neste momento, há duas ligações marítimas por mês para a ilha”. “Há quem não consiga comprar fiambre para o pequeno-almoço”, acrescentam.
IMN

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