Lisboa-Para a investigadora Euridice Monteiro, existe "um claro déficit de participação das mulheres na vida política cabo-verdiana". Durante a apresentação do livro "Mulheres, Democracia e Desafios Pós-Coloniais", na Associação Cabo-verdiana de Lisboa, Eurídice Monteiro fez um retrato demolidor das práticas discriminatórias existentes na sociedade cabo-verdiana.
Algumas, segundo explicou, bastante evidentes, como no caso de mulheres em lugares elegíveis das listas elaboradas pelos partidos políticos, aquando das campanhas eleitorais.
No debate que se seguiu, Eurídice, que focou o seu estudo entre inícios de noventa e 2004, voltou a focar a polémica directiva ministerial que determina a suspenção das alunas grávidas do ensino secundário, no ano lectivo respectivo. Para a autora, "trata-se de uma clara violação dos direitos dessas jovens", e que foi secundada pelo poeta e jurista José Luís Hoppfer Almada, na declaração da inconstitucionalidade da norma em questão.
Presente também na sala, o embaixador Arnaldo Andrade sentiu a necessidade de "esclarecer" alguns pontos mais quentes deixados no ar. Foi o caso da elaboração das listas do PAICV que, explicou Arnaldo Andrade, ao contrário do que foi dito pela autora, "não são elaboradas pela Comissão Política do partido". E apesar da reconhecida qualidade da obra da investigadora, o diplomata deixou no ar a ideia de que "Cabo Verde está muito diferente", e que com a actual lei que institui a paridade, o país vem conhecendo "grandes melhorias" nesta questão.
A apresentação da obra esteve a cargo dos investigadores Cláudio Furtado e Iolanda Évora e foi acolhida por Rui Machado, presidente da Associação Cabo-verdiana.
Algumas, segundo explicou, bastante evidentes, como no caso de mulheres em lugares elegíveis das listas elaboradas pelos partidos políticos, aquando das campanhas eleitorais.
No debate que se seguiu, Eurídice, que focou o seu estudo entre inícios de noventa e 2004, voltou a focar a polémica directiva ministerial que determina a suspenção das alunas grávidas do ensino secundário, no ano lectivo respectivo. Para a autora, "trata-se de uma clara violação dos direitos dessas jovens", e que foi secundada pelo poeta e jurista José Luís Hoppfer Almada, na declaração da inconstitucionalidade da norma em questão.
Presente também na sala, o embaixador Arnaldo Andrade sentiu a necessidade de "esclarecer" alguns pontos mais quentes deixados no ar. Foi o caso da elaboração das listas do PAICV que, explicou Arnaldo Andrade, ao contrário do que foi dito pela autora, "não são elaboradas pela Comissão Política do partido". E apesar da reconhecida qualidade da obra da investigadora, o diplomata deixou no ar a ideia de que "Cabo Verde está muito diferente", e que com a actual lei que institui a paridade, o país vem conhecendo "grandes melhorias" nesta questão.
A apresentação da obra esteve a cargo dos investigadores Cláudio Furtado e Iolanda Évora e foi acolhida por Rui Machado, presidente da Associação Cabo-verdiana.
Fonte:Sapo cv
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