Praia-O Festival da Gambôa 2009, que aconteceu na capital cabo-verdiana neste fim-de-semana, fechou em clima de festa, ao som do reggae dos Israel Vibration.
O alinhamento inicial foi alterado, já que Lura deveria ter encerrado esta noite de sábado, mas conhecendo a apetência dos cabo-verdianos e praienses pelo reggae (todos os anos há uma banda rastafari no Gambôa), decidiu-se que o grupo jamaicano fecharia o festival.Já de idade avançada - os Israel Vibration andam na música há cerca de 30 anos - o grupo conseguiu mesmo assim pôr os festivaleiros em delírio.
Antes, Tito Paris fez um concerto ao seu estilo, passando em revista os seus temas mais conhecidos. Na estreia no Gâmboa, ao fim de 17 edições, Tito trouxe um toque de requinte, incluindo na sua banda um grupo de metais e sopro. O público gostou, aplaudiu e cantou em uníssono com este grande senhor da música de Cabo Verde.
Lura também não desiludiu e mostra-se a cada dia mais madura em palco. Esta noite, repetiu a dose de há três anos, e tocou ferrinhos, dançou e tocou batuque e tchabeta (ritmo tradicional crioulo). Mas, desta vez, a música era outra. Em Maio de 2006, a artista fez um espectáculo quase todo centrado em "Di Korpu ku Alma", o disco que a projectou.
Em 2009, Lura misturou um pouco de todos os seus trabalhos no palco da Gâmboa, trazendo temas do seu último disco "Eclipse", mas apostando, principalmente, nas preciosidades de "M'Bem di Fora", como "Festa di Nha Cumpadri" e "Ponciana".
Em hora de despedida do festival, o balanço é positivo, destacando-se o civismo dos praienses e a pontualidade em todos os concertos.Rita Vaz da Silva
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