sexta-feira, 25 de novembro de 2011

CV(Liberal):DIA INTERNACIONAL DE ELIMINAÇÃO DA VIOLÊNCIA SOBRE AS MULHERES-Comunicado PR

Comunicado do Presidente da República

“AS MULHERES PRECISAM DE MAIOR PROTAGONISMO”
A propósito do Dia Internacional de Eliminação da Violência Sobre as Mulheres - assinalado hoje -, os serviços da Presidência da República emitiram o importante comunicado de Jorge Carlos Fonseca, que reproduzimos na íntegra.
PRAIA-A violência sobre as mulheres, um dos tipos de violação dos direitos humanos mais generalizado no mundo, é considerada pelas Nações Unidas um obstáculo à concretização da igualdade entre mulheres e homens. Declarado por esta organização o dia internacional da eliminação da violência sobre as mulheres, o dia 25 de Novembro deve servir para debater e dar visibilidade a este problema social que compromete a saúde física e psicológica da mulher. Este dia deve representar mais uma oportunidade de reflexão social sobre formas de eliminar este tipo de violência, muitas vezes fundada em certas normas, atitudes culturais e crenças da comunidade que permitem sua ocorrência e continuidade.
Em Cabo Verde, não obstante os progressos na eliminação da violência sobre as mulheres, devendo-se reconhecer a importância que esta luta assumiu já desde a nossa independência e os esforços meritórios que vêm sendo realizados para reagir ao problema com uma abordagem mais "global", número significativo de mulheres continua sendo vítima de violência, impondo, deste modo, a necessidade de respostas mais efectivas em termos de repressão, prevenção e acompanhamento das vítimas e dos autores da violência.
Enquanto parte da estratégia de resposta a este problema, o potenciar a condição das mulheres é, não só uma meta louvável por si só, mas deve impor-se como um plano importante de acção ao contribuir para que as mulheres não dependam dos homens e nem restrinjam sua importância às funções que lhe são socialmente atribuídas. As Mulheres precisam de maior protagonismo em todas as áreas da nossa sociedade e precisam ver seus direitos garantidos, sem qualquer discriminação, sobretudo a originada do facto de serem mulheres. Não podemos legitimar acções que coíbam as mulheres de realizar em pleno as suas potencialidades, expulsando alunas grávidas dos estabelecimentos de ensino, por exemplo. Pelo contrário, políticas deverão ser elaboradas e executadas para promover suas competências, nomeadamente aquelas que possam conter a gravidez precoce que atinge montante significativo das nossas adolescentes.
A educação, a justiça, a saúde, as religiões, as comunidades, a família, os meios de comunicação social são instituições que devem contribuir nesta luta e que muito podem fazer para mudarmos a realidade, promovendo relações pessoais não violentas e criando entre nós novos modelos de relacionamento social onde as mulheres ocupem o lugar de sujeitos iguais e de plenos direitos.
Como disse a activista de direitos humanos Charlotte Bunch: “Somente quando as mulheres e meninas ocuparem o lugar que merecem como membros fortes e iguais da sociedade, a violência contra as mulheres deixará de ser uma norma invisível, tornando-se, ao invés, uma aberração espantosa”.
JORGE CARLOS FONSECA
http://liberal.sapo.cv/noticia.asp?idEdicao=64&id=34477&idSeccao=525&Action=noticia

Sem comentários:

Enviar um comentário

Comentar com elegância e com respeito para o próximo.