segunda-feira, 11 de maio de 2009
BAD estima 50 biliões de dólares de necessidades para fazer face à crise
Dakar, - África necessita de 50 biliões de dólares americanos a curto prazo para manter o seu nível de crescimento face à crise financeira internacional, estimou domingo em Dakar, um responsável do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).
"Os fundos devem servir para minimizar os esfeitos da crise no sector privado e nos lares e manter um nível de investimento nas infra-estruturas", explicou durante uma conferência de imprensa, o economista em chefe do grupo do BAD, Louis Kaskende.
Ele explicou nessa ocasião que a sua instituição dispôs de pelo menos três mecanismos para apoiar os países face à crise financeira.
Kaskende indicou igualmente que o BAD concedeu um bilião de dólares americanos para ajudar os países a fazerem face aos efeitos da crise financeira internacional.
O BAD, acrescentou, colocou à disposição dos países de rendimentos médios, sob forma de emprestímos concessionais, um fundo líquido de emergência estimado em um bilião e 500 milhões de dólares americanos.
Está igualmente efectivo um terceiro mecanismo que permite um financiamento em benefício dos países frágeis com taxas concessionais, indicou Kaskende prevenindo que o crescimento económico na África Subsariana baixará 1,4 por cento em 2009.
Para Guillaume Grosso, conselheiro político no Centro de Desenvolvimento da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), os países africanos devem manter os investimentos no consumo dos lares e nas infra-estruturas.
"É grande em período de crise a tentação de ver os Estados reorientarem as despesas para os sectores que parecem mais urgentes" advertiu Grosso.
Na sua opinião, África será mais forte quando acabar a crise financeira que, a seu ver, é uma oportunidade para desenvolver as trocas comerciais Sul-Sul consideradas muito fracas e muito custosas.
O BAD publicou, domingo último em Dakar, as perspectivas económicas em África edição 2009, em prelúdio às 44ª Assembleias Anuais da instituição previstas na capital senegalesa para 13 e 14 de Maio corrente.
Fonte:ANGOP
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