quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

FR:França e Alemanha "querem um novo tratado europeu"

O Presidente francês Nicolas Sarkozy sublinhou hoje a necessidade de se "refundar" a Europa e restaurar a sua credibilidade e confiança.
"Se a Alemanha e a França se unirem, toda a Europa se une e fortalece", afirmou Sarkozy num discurso perante 5000 pessoas
"Se a Alemanha e a França se unirem, toda a Europa se une e fortalece", afirmou Sarkozy num discurso perante 5000 pessoas
Jean-Paul Pelissier/Reuters
A França e a Alemanha pretendem um novo tratado europeu, afirmou hoje o Presidente francês Nicolas Sarkozy num discurso muito aguardado sobre a crise da dívida na zona euro.
"A França e a Alemanha defendem um novo tratado europeu que refunde e repense a organização da Europa. Mais responsabilidade assumida perante os povos por um verdadeiro governo económico, esta é a nossa visão sobre o futuro da zona euro e a futura reforma dos tratados", explicou.
Nesta perspetiva, Sarkozy sublinhou a necessidade de "refundar" a Europa e restaurar a sua credibilidade e confiança, e disse que na segunda-feira vai de novo reunir-se com a chanceler alemã Angela Merkel para elaborar propostas que garantam "o futuro da Europa".
O chefe de Estado gaulês sublinhou ainda que vai fazer "todo o possível para que França e Alemanha convirjam e sejam o pólo de unidade" na estratégia de reforço do projeto europeu.

Convergência "assegura a paz"



"Se a Alemanha e a França se unirem, toda a Europa se une e fortalece", disse o Presidente perante um auditório de 5.000 pessoas, sublinhando que a convergência "assegura a paz" e não significa que um país fique subordinado a qualquer outro.
O chefe do Eliseu disse estar "convencido" que o Banco Central Europeu (BCE) "é independente e vai permanecer independente", e que "atuará" para contrariar as ameaças da crise da dívida na Europa.
"O BCE é independente. E assim vai permanecer. Estou convencido que o Banco vai atuar face ao risco de deflacionismo que ameaça a Europa", precisando que caberá a esta entidade decidir "quando e com que meios".
O líder gaulês também sugeriu que o acordo de Schengen sobre a livre circulação no interior do espaço europeu deve ser "repensado".  "Não é possível existir uma Europa que faz aplicar no seu interior o princípio da livre circulação e que não controla as suas fronteiras externas", Schengen deve ser repensado", sublinhou.

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