BRUXELAS-O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, congratulou-se hoje com os resultados das eleições para o Parlamento Europeu, saudando a vitória dos "partidos e candidatos que apoiam o projecto europeu".
"A partir de hoje, a Europa deve mais uma vez demonstrar aos eleitores que é capaz de mostrar resultados", declarou Durão Barroso, acrescentando que o projecto europeu deve apontar o caminho para ultrapassar a actual crise económica e financeira. O presidente da Comissão Europeia também desafiou "os políticos nacionais" a converterem-se em "actores políticos não só nacionais, mas também europeus". Segundo uma projecção dos serviços do Parlamento Europeu, em Bruxelas, os partidos nacionais conservadores da família política do Partido Popular Europeu (PPE), que apoia José Manuel Durão Barroso, são os grandes vencedores deste acto eleitoral e voltam a ser o principal agrupamento político europeu. O PPE, do qual faz parte o PSD e o CDS-PP, deverá ter entre 263 e 273 deputados europeus (cerca de 36,5 por cento) num total de 736, o Partido dos Socialistas Europeus (PSE), do qual faz parte o PS, entre 155 e 165 (cerca de 21,5) e os liberais (ALDE) entre 78 e 84 (cerca de 11,0). Os grandes perdedores acabam por ser os socialistas europeus que passam de um peso de cerca de 27,5 na assembleia anterior para os actuais 21,5 por cento. Este resultado mantém a correlação de forças anterior que permitiu a escolha de Durão Barroso para a presidência da Comissão Europeia em 2004. Os chefes dos Estados da UE, que na sua esmagadora maioria são de centro-direita, reunidos na capital belga a 18 e 19 de Junho próximo, deverão voltar a indicar Durão Barroso para se manter no lugar de presidente da Comissão Europeia. Vários líderes socialistas e/ou sociais-democratas também já manifestaram o seu apoio a Durão Barroso, como é o caso de José Sócrates (Portugal), José Luis Rodríguez Zapatero (Espanha) ou Gordon Brown (Reino Unido), para só citar alguns. O novo Parlamento Europeu, que se reúne pela primeira vez de 13 a 16 de Julho, deverá, por seu lado, confirmar o nome que é proposto pelos líderes europeus. Durão Barroso está numa posição de força desde há alguns meses, sendo mesmo o único nome apontado para a presidência da Comissão Europeia, apesar de o próprio ainda não se ter apresentado como candidato ao lugar. O próximo colégio de comissários europeus deveria entrar em funções a partir de 01 de Novembro, mas o referendo na Irlanda, essencial à conclusão do processo de ratificação do Tratado de Lisboa, deverá atrasar em alguns meses essa tomada de posse.
Fonte:SIC
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