TEERÃO-Eleitores da oposição enfrentam a polícia nas ruas de Teerão neste sábado após o anúncio da vitória do presidente conservador Mahmoud Ahmadinejad nas eleições presidenciais de sexta-feira.
Apesar de a polícia ter proibido as manifestações, os partidários da oposição tomaram as ruas da capital gritando palavras de ordem como "liberdade" e acusando o presidente de "ladrão".
A polícia usou cacetetes para tentar dispersar uma multidão de três mil pessoas, a maioria jovens vestidos com a cor verde, da oposição.
Segundo o enviado especial da BBC a Teerão John Simpson, quatro motocicletas da polícia foram incendiadas perto do ministério do Interior.
"O céu ficou pesado com a nuvem de fumaça. A polícia atacou os manifestantes com cacetetes e uma substância que parecia ser gás lacrimogêneo", contou o repórter.
"Eu não acredito que isto seja uma revolução, mas há muita raiva. Tudo vai depender de como o governo vai reagir aos protestos. Se usar violência poderá inflamar a situação".
Ao mesmo tempo, eleitores do presidente tomaram as ruas para comemorar sua reeleição, agitando bandeiras e fazendo buzinaço.
'Doçura'
Mais cedo, o líder supremo do Irão, aiatolá Ali Khamenei parabenizou Ahmedinejad pela vitória e pediu a seus opositores que evitem "provocações".
Em um comunicado, Ali Khamenei elogiou a alta adesão dos eleitores às urnas na sexta-feira, descreveu o pleito como uma "grande celebração" e pediu calma após a divulgação dos resultados.
"Inimigos podem querer estragar a doçura deste evento com algum tipo de provocação", disse o aiatolá.
Com mais de 80% das urnas apuradas, as autoridades eleitorais declararam que Ahmadinejad obteve 62,6% dos votos, quase o dobro de seu principal rival, o reformista Mir Hossein Mousavi (32%).
Em um comunicado divulgado na tarde deste sábado, Mousavi chamou o pleito de "farsa perigosa".
"Eu protesto contra as muitas violações óbvias e aviso que não vou me render a esta farsa perigosa", disse Mousavi.
"O resultado do comportamento de algumas autoridades vai colocar em risco os pilares da República Islâmica e estabelecer a tirania".
O Comitê para Proteger o Voto do Povo, criado pelos três candidatos de oposição, disse que não aceitará os resultados, alegando fraude.
O grupo pediu ao Conselho dos Guardiães do Irão - um poderoso órgão controlado por clérigos conservadores - que anule os resultados e convoque novas eleições.
Após a divulgação dos resultados, a polícia fez uma barreira em frente ao comitê de campanha de Mousavi, impedindo que seus partidários dessem uma conferência de imprensa.
Com BBC Brasil
Apesar de a polícia ter proibido as manifestações, os partidários da oposição tomaram as ruas da capital gritando palavras de ordem como "liberdade" e acusando o presidente de "ladrão".
A polícia usou cacetetes para tentar dispersar uma multidão de três mil pessoas, a maioria jovens vestidos com a cor verde, da oposição.
Segundo o enviado especial da BBC a Teerão John Simpson, quatro motocicletas da polícia foram incendiadas perto do ministério do Interior.
"O céu ficou pesado com a nuvem de fumaça. A polícia atacou os manifestantes com cacetetes e uma substância que parecia ser gás lacrimogêneo", contou o repórter.
"Eu não acredito que isto seja uma revolução, mas há muita raiva. Tudo vai depender de como o governo vai reagir aos protestos. Se usar violência poderá inflamar a situação".
Ao mesmo tempo, eleitores do presidente tomaram as ruas para comemorar sua reeleição, agitando bandeiras e fazendo buzinaço.
'Doçura'
Mais cedo, o líder supremo do Irão, aiatolá Ali Khamenei parabenizou Ahmedinejad pela vitória e pediu a seus opositores que evitem "provocações".
Em um comunicado, Ali Khamenei elogiou a alta adesão dos eleitores às urnas na sexta-feira, descreveu o pleito como uma "grande celebração" e pediu calma após a divulgação dos resultados.
"Inimigos podem querer estragar a doçura deste evento com algum tipo de provocação", disse o aiatolá.
Com mais de 80% das urnas apuradas, as autoridades eleitorais declararam que Ahmadinejad obteve 62,6% dos votos, quase o dobro de seu principal rival, o reformista Mir Hossein Mousavi (32%).
Em um comunicado divulgado na tarde deste sábado, Mousavi chamou o pleito de "farsa perigosa".
"Eu protesto contra as muitas violações óbvias e aviso que não vou me render a esta farsa perigosa", disse Mousavi.
"O resultado do comportamento de algumas autoridades vai colocar em risco os pilares da República Islâmica e estabelecer a tirania".
O Comitê para Proteger o Voto do Povo, criado pelos três candidatos de oposição, disse que não aceitará os resultados, alegando fraude.
O grupo pediu ao Conselho dos Guardiães do Irão - um poderoso órgão controlado por clérigos conservadores - que anule os resultados e convoque novas eleições.
Após a divulgação dos resultados, a polícia fez uma barreira em frente ao comitê de campanha de Mousavi, impedindo que seus partidários dessem uma conferência de imprensa.
Com BBC Brasil
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