MAPUTO-O presidente da FRELIMO, partido no poder em Moçambique, apresentou hoje em Maputo a candidatura às eleições presidenciais de Outubro, que quer ganhar para "continuar a lutar contra a pobreza".
A pobreza ainda não acabou", afirmou Armando Guebuza, acrescentando que é necessário também continuar a capacitar a população, para que esta seja capaz de "poder influenciar suficientemente todo o processo de luta contra a pobreza" e de aumentar o seu bem-estar. O também Presidente da República foi o primeiro candidato a apresentar o processo no Conselho Constitucional, recebido pelo próprio presidente do órgão, Luís António Mondlane. No final da cerimónia, lembrando os recentes incidentes em Nacala-Porto (norte do país), quando um já anunciado candidato presidencial, Daviz Simango, foi atacado quando se preparava para realizar um comício, Armando Guebuza condenou a "violação dos direitos básicos" do cidadão. "Defendo e continuarei a defender sempre a liberdade de expressão. Quando alguém pretende exprimir os seus pontos de vista deve ter essa liberdade, porque é dessa forma que se constrói e se reforça a República de Moçambique", disse Armando Guebuza. No meio de grande aparato de apoiantes da FRELIMO, a documentação necessária, nos termos da lei, para um candidato presidencial foi entregue pela mandatária da candidatura do partido, Verónica Macamo. Além do certificado de registo criminal ou certidão de nascimento, a documentação necessária inclui um máximo de 20 mil assinaturas, número que a FRELIMO entregou, embora Verónica Macamo tenha dito que o partido conseguiu 296.260 assinaturas. Demonstra "muita organização e muita aceitação do candidato", disse a mandatária, acrescentando que se trata "de um número recorde" e um "sinal" de um bom resultado nas eleições. "Confere-nos também mais responsabilidade", disse Verónica Macamo, acrescentando que o partido vai agora preparar as candidaturas às eleições provinciais e "afinar a estratégia para as eleições". Os candidatos presidenciais têm até 29 de Julho para apresentar a documentação necessária no Conselho Constitucional. As eleições presidenciais, legislativas e provinciais realizam-se a 28 de Outubro. A campanha eleitoral dura 45 dias.
SIC PORTUGAL
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