quinta-feira, 18 de junho de 2009

PORTUGAL-RIBEIRO E CASTRO CABEÇA DE LISTA NO PORTO PARA AS LEGISLATIVAS

JOSÉ RIBEIRO E CASTRO UM AMIGO DE CABO VERDE
LISBOA-"O passado é passado", diz José Ribeiro e Castro poucas horas depois de o seu nome ter sido anunciado como cabeça de lista pelo CDS no distrito do Porto para as eleições legislativas.
Ainda durante a campanha para as europeias, o ex-líder centrista produziu comentários muito críticos em relação à estratégia do partido e ao inner-circle de Paulo Portas (visando sobretudo a vice-presidente Teresa Caeiro) - mas diz agora que isso passou.
"O passado é tão poderoso que nem Deus o pode modificar", cita de memória uma frase cujo autor desconhece. E acrescenta: "Mas no presente podem-se sempre fazer escolhas".
O presente, diz Castro, é o pós-7 de Junho, dia em que muita coisa mudou. "Depois das eleições europeias criou-se um novo contexto em Portugal: a questão que se vai colocar nas legislativas já não é tirar a maioria absoluta a José Sócrates, mas criar uma nova maioria e uma alternativa de Governo, como eu sempre defendi. Esse é o desafio feito pelo eleitorado de centro-direita ao PSD e ao CDS. E nesse combate eu alisto-me com gosto", assume ao Expresso, nas primeiras declarações sobre a sua candidatura.
Ribeiro e Castro torna-se, assim, o primeiro responsável do CDS - e já na qualidade de cabeça de lista pelo segundo círculo mais importante do País - a assumir o projecto de uma nova AD. O CDS, diz, deve "trabalhar para essa nova maioria, revelar capacidade agregadora e ser capaz de ser uma peça importante na mobilização dessa alternativa".
Se ainda até há pouco tempo Castro desconfiava que Paulo Portas tinha uma agenda escondida para fazer um entendimento com Sócrates, caso este ficasse em maioria relativa, o agora candidato garante que esse cenário está fora de causa. "Acho que os eleitores nos tiraram isso do caminho. Não querem soluções para que um Governo Sócrates possa continuar, mas uma solução para que o Governo Sócrates vá embora."
E quanto às críticas que fez ao discurso extremista do partido sobre segurança e imigração, ou a algumas posições pouco claras em temas de costumes, Ribeiro e Castro mostra-se pragmático: "Não vou fazer de conta que não há diferenças, porque elas existem. Mas o eleitorado fez uma chamada e o partido deu um sinal. Quem responder à chamada está em sintonia com o tempo."
EXPRESSO

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