sábado, 31 de julho de 2010

CV:Apagões triplicaram em Cabo Verde no segundo mandato do PAICV - Jorge Santos

PRAIA-O número de horas de apagões em Cabo Verde passou de uma média anual de 330, no primeiro mandato da governação do PAICV, para 1445 horas neste segundo mandato e as perdas aumentaram 26 por cento.
Os dados são do vice-presidente do Movimento para a Democracia (MpD - oposição), Jorge Santos, que se referia, no debate sobre o estado da Nação, aos resultados das promessas do primeiro-ministro, José Maria Neves, entre as quais, proporcionar os cabo-verdianos energia sem limites e a preços mais baixos.
“O triplo de horas médias de apagões! Em 2006 foram 859 horas de interrupção no fornecimento de electricidade. Em 2007 foram 1.102 horas e em 2008 subiram a 2.503 horas. Em 2009 foram 1.314 horas”, precisou aquele dirigente do principal partido da oposição.
Segundo Jorge Santos, em 2004 foram perdidos na distribuição de energia cerca de 40.586 megawatts/hora, correspondentes a 18,5 porcento da energia total produzida pela Electra, empresa de produção e distribuição de água e energia. Em 2009 as perdas, em vez de diminuírem, aumentaram para 26 por cento, ou seja, 77.064 megawatts/hora.
O deputado da oposição indicou ainda, que a quantidade de electricidade perdida em 2009 equivale praticamente à totalidade da electricidade vendida pela Electra nas ilhas de São Vicente, Santo Antão e Sal, juntas.
No entender de Jorge Santos, o governo, em vez de reduzir os apagões, aumentou quer o número quer a duração dos apagões e, em vez de reduzir as perdas de energia, aumentou-as, em consequência os preços, em vez de diminuírem, aumentaram.
“Retira mais de meio milhão de contos para pagar os juros e outras despesas correntes da Electra, essa mesma empresa que Vexa prometeu reformar mas que continua sem os recursos necessários aos investimentos de que urgentemente precisa”, referiu.
“Utiliza os fundos que pertencem aos trabalhadores e empresas contribuintes da previdência social, fundos que garantem a cobertura das despesas de saúde e pensões dos trabalhadores, para cobrir os deficits da Electra”, acrescentou Jorge Santos, referindo-se ao investimento de mais de meio milhão de contos do Instituto Nacional de Previdência Social na Electra.
Discurso contrário teve o primeiro-ministro que, reconhece os défices energéticos, particularmente na cidade da Praia, mas diz-se convicto de que os projectos em curso e previstos trarão solução definitiva pondo fim às situações de corte de energia e que darão respostas às previsões de médio e longo prezo.
“Duplicamos a potência eléctrica instalada que passou de 40 megawatts em 2009. Com os projectos curso, teremos um aumento para 155 megawatts até 2011”, fez saber José Maria Neves, segundo o qual estão em curso investimentos estimados em 340 milhões de euros no sector energético, sendo cerca de 120 milhões de euros de investimentos privados.
ZS/Inforpress/fim

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