LISBOA-Deverá ser uma questão de dois ou três meses. até a Justiça alemã extraditar para Portugal o homem suspeito de ter assassinado a amante e a filha bebé, numa praia em Lagos, há menos de duas semanas. Depois do crime, Gunnar Dorries regressou a Munique, mas foi detido, a pedido das autoridades portuguesas.
Georgina e Alexandra vieram da Alemanha para o Algarve , na companhia do pai da bebé, supostamente para uns dias de férias, mas tudo indica que o homem de 43 anos, que sempre tentou fugir à responsabilidade de assumir a filha, tenha programado a viagem para acabar com a vida de ambas. A convicção é partilhada pelas polícias portuguesa e alemã.
"Assumimos que o suspeito cometeu dois homicídios de forma premeditada. Tanto num caso como noutro, o móbil tem a ver com o facto de não querer assumir ou pagar a pensão da criança", explica Elisabeth Ehrl, procuradora alemã.
O crime aconteceu a 10 de Julho, na praia do Canavial. O homem, que já conhecia Lagos, levou a amante e a bebé para uma enseada discreta, de difícil acesso e pouco frequentada enquanto a menina ficou na areia a brincar ele entrou na água e afogou a mãe.
"No sábado, pessoas que estavam na praia viram o casal na água e pensaram que estavam a brincar. Aperceberam-se que o suspeito estava violentamente a empurrar a vitima para baixo de água, até que morreu. Ela tentou defender-se e causou-lhe ferimentos, mas devido á força, não teve hipótese", conta Richard Thiess da polícia de Munique.
Três horas depois de sair da praia, Gunnar Dorries entrou no hotel sozinho já sem a bebé. As autoridades acreditam que a menina de ano e meio terá, nesse espaço de tempo, sido assassinada pelo pai. O alemão deixou a unidade hoteleira á pressa num carro alugado.
Três dias depois apanhou em Lisboa um avião para Munique, onde foi detido a pedido do Ministério Público de Lagos. O processo de extradição, incorporado no mandado de detenção europeu, deverá ser cumprido nas próximas semanas. Apesar do corpo da menina continuar por aparecer, a judiciária não irá desenvolver buscas exaustivas no terreno. O percurso de 7km entre a praia e o hotel já foi analisado, sem êxito. A estratégia passa agora por acções cirúrgicas no âmbito da investigação. uma forma de evitar a mediatização do caso.
http://sic.sapo.pt/online/noticias/pais/Alemao+suspeito+de+matar+filha+e+amante+devera+ser+extraditado+para+Portugal.htm
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