Lies Hebbadj chamou a atenção das autoridades quando uma de suas mulheres foi multada ao dirigir usando a Nicab.
O comerciante Lies Hebbadj é acusado de ter quatro esposas ao mesmo tempo. Ele chamou a atenção das autoridades quando uma de suas mulheres foi multada ao dirigir usando a Nicab, o véu islâmico que deixa apenas os olhos descobertos. A poligamia é proibida na França.
O comerciante argelino naturalizado francês Lies Hebbadj é acusado de ter quatro esposas de 12 filhos. Além de poligamia, ele é suspeito de fraudar o sistema de assistência social, já que cada uma de suas mulheres recebe uma ajuda do governo como mãe solteira. Lies Hebbadj chamou a atenção das autoridades após a mediatização da sanção de sua esposa, Anne Hebbadj, surpreendida pela polícia quando dirigia usando a Nicab, o véu islâmico que deixa apenas os olhos descobertos. Ela recebeu uma multa de 22 euros e contestou a decisão das autoridades.
A retirada da nacionalidade de Lies Hebbadj foi sugerida pelo ministro francês do Interior, Brice Hortefeux, que pediu ao ministro da Imigração, Eric Besson, que estudasse o caso. O Conselho do Estado já se pronunciou e afirma que a nacionalidade francesa só pode ser retirada em caso de crime contra os interesses nacionais, ou em casos de terrorismo. As declarações dos dois ministros provocaram indignação, principalmente junto aos membros dos partidos de oposição. Em apoio ao casal, cinco mesquitas da cidade de Nantes, onde vive o casal, fizeram um protesto contra um governo. Segundo os líderes religiosos, o caso revela uma estigmatização do Islão. Em entrevista à RFI, o ministro da Imigração Eric Besson afirma que os estrangeiros que vivem na França têm que se adaptar aos valores da República francesa.
Na manhã dessa segunda-feira Lies Hebbadj contestou as acusações, confirmando que tem várias amantes, mas que não se casou várias vezes. “Até onde eu sei, as amantes não são proibidas na França. Se a nacionalidade for retirada cada vez que alguém tiver uma amante, vários franceses vão perder sua nacionalidade”, ironizou o comerciante.
RFI EM PORTUGUÊS/AFP / A. JocardSilvano Mendes
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