segunda-feira, 26 de abril de 2010

CV:Cabo Verde tem carteira activa de 64 milhões junto do BAD, limite vai subir para 110 milhões

PRAIA-Cabo Verde tem uma carteira activa de 64,65 milhões de euros junto do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), cujo presidente chega terça-feira ao arquipélago, disse à agência Lusa fonte do Ministério das Finanças cabo-verdiano.
Segundo Alicia Brito, assessora de imprensa da ministra Cristina Duarte, o montante refere-se apenas às cinco operações em curso, e cerca de 80% dessa verba está atribuída à ajuda orçamental e o restante às infra-estruturas e aos sectores rural e social.
Desde 1977 o BAD aprovou 39 operações para Cabo Verde, num montante líquido aproximado de 164,28 milhões de UC (unidades de conta), o que equivale a cerca de 185 milhões de euros.
Este é o balanço feito pelo Ministério das Finanças cabo-verdiano, que recebe, de terça a sexta-feira, o presidente do BAD, Donald Kaberuka, a convite da ministra Cristina Duarte, igualmente governadora de Cabo Verde junto do banco.
"A missão enquadra-se na forte parceria existente entre Cabo Verde e o BAD e serve para mais uma vez demonstrar o empenhamento do banco no apoio contínuo ao processo de crescimento económico e à implementação de projectos de desenvolvimento no país", sublinhou Alícia Brito.
Lembrando o "bom desempenho económico e social" das autoridades cabo-verdianas, a fonte realça que tal permitiu a Cabo Verde conquistar o estatuto de país de rendimento médio em 2008.
Os projectos financiados pelo BAD, tais como a construção do Aeroporto Internacional da Praia, as Bacias Hidrográficas de Picos e Engenhos, a Central Única de Santiago, entre outros, têm contribuído grandemente para a melhoria das infra-estruturas e da competitividade económica do país, sustenta.
Já como país de rendimento médio, Cabo Verde passou a ter acesso tanto aos financiamentos não-concessionais do BAD como aos financiamentos concessionais do Fundo Africano de Desenvolvimento (FAD). Nesta qualidade o limite de crédito para Cabo Verde junto ao BAD é de aproximadamente 98 milhões de UC (cerca de 110,38 milhões de euros) para o período 2009-2013. Simultaneamente o país mantém o acesso ao saldo total de 7 milhões de UC (cerca de 7,88 milhões de euros) no quadro do FAD XI.
Segundo Alicia Brito a actual estratégia do Banco para Cabo Verde "vem ao encontro das ambições de desenvolvimento" do país e procura atenuar o impacto da crise financeira internacional.
"O BAD apoia os ganhos económicos e financeiros de Cabo Verde, suportando projectos que visam fortalecer a gestão das finanças públicas, os esforços do Governo na modernização do país e melhorar o ambiente de negócios e competitividade económica. O Banco irá também contribuir para o desenvolvimento das infra-estruturas, sobretudo de transportes, energia e mobilização de recursos hídricos".
Durante a visita o presidente do BAD terá encontros com as autoridades cabo-verdianas e os membros da comunidade internacional residentes no país, estando ainda previstas deslocações às ilhas de São Vicente e Sal, bem como visita a alguns projectos financiados pelo Banco.
OJE/LUSA

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