quinta-feira, 29 de abril de 2010

UE:Grécia, Portugal e Espanha custam 480 mil milhões

Grécia, Portugal e Espanha custam 480 mil milhões
O resgate da dívida pública de Espanha, Portugal, Irlanda e Grécia poderá custar aos países da zona Euro o equivalente a 8% do PIB global, ou seja, cerca de 600 mil milhões de euros, de acordo com economistas da Goldman Sachs Group, do JP Morgan Chase e do Royal Bank of Scotland Group, citados pela Bloomberg. O Barclays Capital faz contas a eventuais programas de apoio europeu e contabiliza 480 mil milhões de euros, mas apenas inclui Grécia, Portugal e Espanha.
A questão da ajuda imediata à Grécia revelou-se crucial, sob pena de contágio a outros países com dificuldades ao nível do défice público. O corte de rating da S&P foi considerado mais uma "acha na fogueira" e Portugal registou uma espiral ao nível do custo da dívida. A S&P anunciou, ontem, o corte do rating da dívida soberana de Espanha, o que coloca este país no "radar" dos especuladores e torna difícil à Zona Euro resolver a situação.
O encontro de Berlim, que reuniu ontem o ministro das Finanças alemão, o presidente do FMI e o presidente do BCE, pode levar ao desbloqueio rápido das ajudas à Grécia. O ministro alemão Wolfgang Schauble acredita que a Alemanha possa, já nesta segunda-feira, aprovar um projecto-lei e acelerar a aprovação parlamentar da ajuda à Grécia. Argumentou que o que está em causa é a estabilidade de toda a Zona Euro.
Por Vítor Norinha/OJE

Não se deve acreditar demais nas agências de rating, diz FMI

O director-geral do fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, afirma que "não se devia acreditar demais" no que dizem as agências de notação financeira [rating].
As declarações de Strauss-Kahn ocorrem quando Grécia, Portugal e Espanha acabaram de ver revistas em baixa as notas atribuídas às suas dívidas públicas.
Interrogado sobre o papel das agências de notação e o crédito que merecem as suas opiniões, Strauss-Kahn respondeu que "reflectem o que recolhem [como informações] sobre o mercado. Não se deve acreditar demasiado no que dizem, apesar de terem alguma utilidade".
Uma das três principais agências de notação, a Standard and Poor's [as outras são a Moody's e a Fitch], reduziu na terça-feira a nota da Grécia, relegando o investimento nos seus títulos de dívida pública para a categoria de "investimento especulativo".
No mesmo dia a agência degradou também a nota atribuída a Portugal e hoje fez o mesmo a Espanha.
OJE/LUSA

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