Thomas Hagan é socorrido após o crime.(AP)
NOVA IORQUE-O assassino do ativista dos direitos dos negros Malcolm X ganhou liberdade condicional nesta terça-feira (27), depois de ter passado mais de quatro décadas na prisão.
A libertação foi confirmada por Linda Foglia, porta-voz do departamento de serviços penitenciários de Nova York.
Hagan, que confessou ter disparado em Malcolm X em 1965, ainda deverá passar duas noites por semana numa prisão comum, em Manhattan.
Malcolm X, um dos mais carismáticos líderes negros dos Estados Unidos, foi morto a tiros em Nova York durante um discurso, no dia 21 de fevereiro de 1965, quando discursava no Harlem. Ele recebeu 13 tiros, na frente da mulher Betty, que estava grávida, e de suas quatro filhas.
As idéias de Malcolm X foram muito divulgadas principalmente nos anos 1970, por movimentos como "Black Power" e "Panteras Negras". Ganhou documentários e filmes, sendo "Malcolm X", dirigido por Spike Lee, em 1992, o mais famoso.
Enquanto Martin Luther King apostava em uma resistência pacífica como arma para enfrentar o racismo, Malcolm X defendia a separação das raças, a independência econômica e a criação de um Estado autônomo para os negros. Viajava pelos principais estados americanos para pregar suas ideias.
Em 1964 fundou a organização "Muslim Mosque Inc" e, mais tarde, a "Afro-American Unity". Um ano antes, após uma viagem para Meca, cidade sagrada dos muçulmanos, mudou o seu nome para Al Hajj Malik al-Habazz. A partir daí, passou a defender uma posição conciliatória em relação aos brancos, fato que o deixou isolado, sobretudo em relação ao islamismo
GLOBO.COM
Deveria ficar mais 40 anos enjaulado. Tirou a vida de um importante líder do povo negro americano, e porque não de todo o mundo. Quem luta por justiça sempre é assassinado: Malcolm X, Martin Luther King, Mahatma Gandhi, Che Guevara, Lampião, Antônio Conselheiro, Marighella etc.
ResponderEliminar