PRAIA-Carlos Veiga considera que o MpD já neutralizou o PAICV na diáspora e espera dividir o número de deputados nas legislativas de 2011 (3 a 3). Esta convicção do líder ventoinha foi transmitida aos militantes durante o empossamento da Comissão Política Regional de Santiago Sul que decorreu no domingo na Praia.
Para o Presidente do MpD, o partido começa a reorganizar-se, pouco a pouco, o que tem desorientado o seu adversário que não cansa de o perseguir para todos os cantos do mundo.
Veiga foi ao Senegal, Neves foi atrás, foi à Brava, Neves foi atrás - nessas duas últimas viagens do Primeiro Ministro, os bravenses e os cabo-verdianos no Senegal estranharam a ausência do Chefe do Governo durante tanto tempo -; o Jorge Santos foi a S. Tomé, José Maria Neves lá seguiu as suas pisadas; Carlos Veiga regressou agora de França, José Maria Neves lá se encontra. Com uma particularidade: José Maria Neves faz essas viagens com o dinheiro dos contribuintes, dos cabo-verdianos, Carlos Veiga às suas custas ou às custas do partido. Um facto que arrancou aplausos da plateia no cinema da Praia.
Mas Carlos Veiga diz que só isso não chega: “é preciso ganhar a batalha do recenseamento”.
Segundo o Presidente do MpD, a organização do partido passa necessariamente pelas eleições regionais como já vem acontecendo um pouco por todo o lado, e como aconteceu este domingo nos Estados Unidos da América. Se o empate almejado na diáspora é uma meta para 2011, não deixa de ser importante o trabalho que as duas Comissões Políticas Regionais da ilha de Santiago vão ter nos próximos tempos.
Carlos Veiga não teme as sondagens divulgadas recentemente e que dariam vitória aos tambarinas, “porque o MpD também tem sondagens” encomendadas e elas servem como instrumento de trabalho.
A principal arma do MpD, segundo o seu líder, para vencer os próximos embates eleitorais “é a vontade do povo”, daí a necessidade de todos estarem no terreno, porque já deram provas que têm capacidade e condições para governar e bem Cabo Verde.
http://liberal.sapo.cv/noticia.asp?idEdicao=64&id=29074&idSeccao=523&Action=noticia
CARLOS VEIGA QUER MILITANTES NO TERRENO PARA VENCER GOVERNO FALHADO
O Presidente do Movimento para a Democracia voltou hoje a reafirmar que a fórmula para o seu partido ganhar as eleições legislativas em 2011, passa pelo trabalho de todos os seus militantes “no terreno”, conversando com os cabo-verdianos olhos nos olhos, ouvindo os seus problemas e transmitir-lhes uma mensagem de confiança no futuro, tendo em conta que os ventoinhas não podem contar com a comunicação social do Estado para fazer chegar a sua mensagem ao povo.
Esta ideia foi avançada este domingo por Carlos Veiga, durante a tomada de posse dos novos órgãos da Comissão Política Regional de Santiago Sul, no cinema da Praia.
Carlos Veiga que viveu esse mesmo problema em 1990 – não foi entrevistado uma única vez na televisão cabo-verdiana -, considera o cenário vivido hoje diferente, já que existem órgãos de imprensa privadas, e apelou à união de todos para esse “combate”, com objectivo único de desenvolver Cabo Verde, onde os cidadãos se sintam mais seguros e façam parte desse desenvolvimento.
O Presidente do MpD adiantou ainda que o seu partido já deu mostras de que é possível ter um crescimento do país a dois dígitos, como aconteceu no passado mas, com políticas acertadas.
“Nunca se viu tanto investimento público no nosso país como agora. Mesmo assim crescemos a 5 por cento porque a política é errada”, defende Veiga, dando conta do desemprego galopante, do fraco crescimento económico, do aumento da violência e da insegurança em Cabo Verde, alertando para a hipótese do aumento dos impostos devido à política de José Maria Neves que cada vez mais vem endividando o país.
Os exemplos e semelhanças desses erros vêm agora da Grécia, Espanha e Portugal e que já obrigaram os respectivos Executivos a fazer correcções de política com forte revés nas economias das famílias, porque já se fala em diminuir salários dos trabalhadores e redução dos benefícios com a segurança social, como não acontecia há muitos anos.
De acordo com Carlos Veiga, o MpD exige que Cabo Verde se torne um país onde a administração e o Estado sejam menos partidarizadas, apontando o exemplo dos dirigentes que são colocados sem qualificação à frente das estruturas do Estado – precisando apenas do cartão de militante -, e a forma como o Governo vem esvaziando as Câmaras Municipais de todas as suas competências – e o último episódio foi a taxa ecológica.
No entender do líder ventoinha, o nosso país enfrenta neste momento vários problemas de que é preciso ultrapassar: o desemprego, a insegurança, o acesso à saúde, a interferência da política na justiça e o nível de ensino, desajustado em relação a outros países.
“A hora é da juventude, das mulheres, dos homens da cultura”, sublinhou Veiga, pedindo para que todos juntos possam mudar o rumo de Cabo Verde, deixando o repto em fazer com que o nosso país seja conhecido como “o país da música” dado o valor dos artistas que temos.
http://liberal.sapo.cv/noticia.asp?idEdicao=64&id=29068&idSeccao=523&Action=noticia
JOSÉ FILOMENO PROMETE LUTA SEM TRÉGUAS CONTRA “GOVERNO PREGUIÇOSO” DO PAICV
No mesmo dia em que foi empossado no cargo de presidente da Comissão Política Regional em Santiago Sul, do MpD, José Filomeno prometeu não dar tréguas ao PAICV, partido que no seu entender tem governado mal Cabo Verde, e apelou à união no partido para conseguirem juntos uma vitória nas legislativas de 2011.
Com o Cinema da Praia completamente cheio, José Filomeno exigiu explicações ao PAICV pelo fraco desempenho na governação, “tendo habilidade em encontrar um país com um crescimento a 2 dígitos” como o verificado nos anos 90, passando para um crescimento de 3 por cento, com José Maria Neves no poder.
Para aquele responsável ventoinha têm sido os jovens as principais “vítimas” de um “Governo preguiçoso” e de políticas desajustadas, mas não só: são também vítimas do “desleixo e da corrupção” que tem afectado alguns municípios, cujo crescimento desorganizado tem alimentando a delinquência juvenil e a insegurança nalguns bairros.
No seu discurso de empossamento, Filomeno fez questão de lembrar o passado, o passado do MpD, dizendo este é o partido da democracia, da liberdade, o partido que devolveu a dignidade ao povo cabo-verdiano, cá dentro e lá fora; que aprovou a Constituição de 1992 e devolveu o respeito às Instituições do país.
Em nome da nova Comissão Política regional, José Filomeno vincou a ideia de que “começou um novo MpD” a partir de hoje, garantindo de que ele e a sua equipa não vão parar até 2011 e prometeu a Carlos Veiga “lealdade” até ao fim, na luta que vão travar juntos nos próximos tempos.
De referir que a cerimónia deste domingo contou com a presença de todos os altos dirigentes do partido, como os dois Vice-presidentes, Jorge Santos e Ulisses Correia e Silva, com os presidentes das Câmaras Municipais de S. Domingos e Ribeira Grande de Santiago )Fernando Jorge Borges e Manuel de Pina), do líder parlamentar, Fernando Elísio Freire e do Secretário-geral do partido, José Moreira. Ausente esteve Agostinho Lopes.
http://liberal.sapo.cv/noticia.asp?idEdicao=64&id=29072&idSeccao=523&Action=noticia
segunda-feira, 31 de maio de 2010
domingo, 30 de maio de 2010
GP Turquia: Hamilton vence pela primeira vez esta época e consegue "dobradinha" com Button
O britânico Lewis Hamilton (McLaren Mercedes) venceu o Grande Prémio da Turquia e conseguiu a “dobradinha" para a sua equipa ao lado de Jenson Button. Foi a primeira vitória de Hamilton esta época.
Mark Webber (Red Bull-Renault) partiu da “pole position”, mas terminou em terceiro lugar por se ter envolvido num acidente com o colega de equipa Sebastien Vettel, obrigado a abandonar a corrida. Na volta 42, Webber liderava, quando Vettel o tentou ultrapassar. Vettel acabou por abandonar a corrida, apesar de ter reclamado bastante do seu colega de equipa.
Fernando Alonso terminou em sétimo lugar.
Webber segue na liderança do Mundial de Pilotos, com 93 pontos. Atrás dele Jenson Button com menos cinco. Hamilton está em terceiro lugar.
Classificação GP Turquia:
Circuito: Istambul -Hora: Domingo-14:00 h1. Lewis Hamilton (GB, McLaren-Mercedes) 309,396 km em 1h28:47.620 (média: 209,066 km/h)
2. Jenson Button (GB, McLaren-Mercedes) a 2.645
3. Mark Webber (Aus,Red Bull-Renault) a 24.285
4. Michael Schumacher (Ale, Mercedes) a 31.110
5. Nico Rosberg (Ale, Mercedes) a 32.266
6. Robert Kubica (Pol, Renault) a 32.824
7. Felipe Massa (Bra, Ferrari) a 36.635
8. Fernando Alonso (Esp, Ferrari) a 46.544
9. Adrian Sutil (Ale, Force India-Mercedes) a 49.029
10. Kamui Kobayashi (Jap, Sauber-Ferrari) a 1:05.650
Mundial de pilotos:
1. Mark Webber (Aus), 93 pontos
2. Jenson Button (GB), 88 pts
3. Lewis Hamilton (GB), 84 pts
4. Fernando Alonso (Esp), 79 pts
5. Sebastian Vettel (Ale), 78 pts
6. Robert Kubica (Pol) 67 pts
7. Felipe Massa (Bra) 67 pts
8. Nico Rosberg (Ale) 66 pts
9. Michael Schumacher (Ale) 34 pts
10. Adrian Sutil (Ale) 22 pts
FONTE:ABOLA.PT
Mark Webber (Red Bull-Renault) partiu da “pole position”, mas terminou em terceiro lugar por se ter envolvido num acidente com o colega de equipa Sebastien Vettel, obrigado a abandonar a corrida. Na volta 42, Webber liderava, quando Vettel o tentou ultrapassar. Vettel acabou por abandonar a corrida, apesar de ter reclamado bastante do seu colega de equipa.
Fernando Alonso terminou em sétimo lugar.
Webber segue na liderança do Mundial de Pilotos, com 93 pontos. Atrás dele Jenson Button com menos cinco. Hamilton está em terceiro lugar.
Classificação GP Turquia:
Circuito: Istambul -Hora: Domingo-14:00 h1. Lewis Hamilton (GB, McLaren-Mercedes) 309,396 km em 1h28:47.620 (média: 209,066 km/h)
2. Jenson Button (GB, McLaren-Mercedes) a 2.645
3. Mark Webber (Aus,Red Bull-Renault) a 24.285
4. Michael Schumacher (Ale, Mercedes) a 31.110
5. Nico Rosberg (Ale, Mercedes) a 32.266
6. Robert Kubica (Pol, Renault) a 32.824
7. Felipe Massa (Bra, Ferrari) a 36.635
8. Fernando Alonso (Esp, Ferrari) a 46.544
9. Adrian Sutil (Ale, Force India-Mercedes) a 49.029
10. Kamui Kobayashi (Jap, Sauber-Ferrari) a 1:05.650
Mundial de pilotos:
1. Mark Webber (Aus), 93 pontos
2. Jenson Button (GB), 88 pts
3. Lewis Hamilton (GB), 84 pts
4. Fernando Alonso (Esp), 79 pts
5. Sebastian Vettel (Ale), 78 pts
6. Robert Kubica (Pol) 67 pts
7. Felipe Massa (Bra) 67 pts
8. Nico Rosberg (Ale) 66 pts
9. Michael Schumacher (Ale) 34 pts
10. Adrian Sutil (Ale) 22 pts
FONTE:ABOLA.PT
CV:PM de Cabo Verde participa hoje e amanhã na Cimeira França
PARIS-O primeiro-ministro de Cabo Verde está em França onde vai participar na Cimeira França/África, que decorre em Nice (Sul de França) a 30 e 31 deste mês, disse hoje à agência Lusa fonte do seu gabinete.
Segundo a fonte José Maria Neves vai aproveitar a estada em França para se reunir com as autoridades francesas e com representantes das comunidades cabo-verdianas residentes em Paris, Lyon e Nice.
A fonte não referiu mais pormenores, adiantando, porém, que José Maria Neves, antes de partir para Nice, dá, na quarta-feira de manhã, uma conferência de imprensa para falar da cimeira "e da sua agenda internacional".
O primeiro-ministro cabo-verdiano tem ainda agendada uma visita oficial a Portugal de 8 a 13 de Junho próximo.
Fonte:Lusa.pt
Segundo a fonte José Maria Neves vai aproveitar a estada em França para se reunir com as autoridades francesas e com representantes das comunidades cabo-verdianas residentes em Paris, Lyon e Nice.
A fonte não referiu mais pormenores, adiantando, porém, que José Maria Neves, antes de partir para Nice, dá, na quarta-feira de manhã, uma conferência de imprensa para falar da cimeira "e da sua agenda internacional".
O primeiro-ministro cabo-verdiano tem ainda agendada uma visita oficial a Portugal de 8 a 13 de Junho próximo.
Fonte:Lusa.pt
CV(ANAÇÃO):Boeing “Beleza” da TACV suspenso para manutenção
PRAIA-O avião Boeing 757-200 “Beleza”, da TACV, irá ser submetido a pintura, troca de assentos e renovação do seu interior, pelo que as operações com esta aeronave serão suspensas a partir de hoje, 28 de Maio, até o dia 17 de Junho.
De acordo com um comunicado do Departamento de Marketing & Comunicação Empresarial da TACV, durante o período referido, as operações realizadas com esse avião serão substituídas por um avião de terceiros.
A operação a que uma das suas principais unidades vai ser submetida inscreve-se nos cuidados de manutenção do aparelho, bem como de preservação de imagem, e “com o objectivo de melhor servir, continuando a garantir o Prazer de Viajar bem”.
ANAÇÃO
FOTOS:LIBERAL.CV
CV(LIBERAL):SIMPÓSIO INTERNACIONAL SOBRE CIDADE VELHA ARRANCA AMANHÃ
PRAIA-Arranca amanhã o Simpósio Internacional “Cidade Velha e a Cultura Afro-Mundo: o Futuro do Passado II”, iniciativa que vai decorrer no Convento de S. Francisco até 2 de Junho.
Organizado pela Universidade de Cabo Verde e pela Comissão Nacional para a Celebração dos 550 Anos do Achamento, este Simpósio insere-se no vasto programa de comemorações sobre o Descobrimento de Cabo Verde, o 35º Aniversário da Independência e o primeiro aniversário do reconhecimento de Cidade Velha como Património Mundial. Estarão neste Simpósio, investigadores e historiadores de importância internacional.
A sessão de abertura do Simpósio, marcada para as 9H00 de amanhã, vai ser presidida pelo Presidente da Assembleia Nacional, Aristides Lima.
NC-http://liberal.sapo.cv/noticia.asp?idEdicao=64&id=29067&idSeccao=525&Action=noticia
sábado, 29 de maio de 2010
CV(ASEMANA): Carlos Veiga empossa o coordenador da CPR do MpD para Santiago Norte
ASSOMADA-O presidente do MpD empossou hoje a Comissão Política Regional de Santiago Norte. Uma oportunidade para Carlos Veiga anunciar os grandes desafios para o seu partido, caso vença as eleições em 2011. Veiga afirmou que a grande aposta do seu partido será combater o desemprego. Perto de duas centenas de militantes assistiram hoje, no auditório da Escola Técnica da Assomada, ao acto de empossamento do coordenador da Comissão Política Regional (CPR)do MpD, Mário Silva. O primeiro a usar da palavra foi o coordenador concelhio do MpD em Santa Catarina, Pedro Monteiro, que sublinhou a importância da Região Norte “na vitória do seu partido em 2011”. Segundo o mesmo, Santiago Norte constitui, por isso, um grande desafio e exige uma “luta árdua, sem medo e sem trégua”.
Mário Silva, o agora coordenador da CPR do MpD por Santiago Norte, diz-se consciente dos desafios pelo que apela ao contributo de todos os militantes e simpatizantes do partido. “O MpD necessita da participação activa e empenhada de todos os militantes. Cabo Verde exige que todos dêem o seu contributo. É necessário mudar de políticas, para isso é necessário mudar de governo. E só se muda de governo com a vitória do MpD nas próximas eleições legislativas de 2011”, afirma Silva que já elegeu as prioridades da sua equipa.
“Vamos abrir até Agosto, todas as sedes do partido, vamos renovar a legitimidade do eleitos concelhios e dinamizar a actividade política na região. No centro das nossas actividades estará a comunicação política, que assume na moderna sociedade de comunicação um papel vital. Por essa razão vamos publicar, no final deste mês, o nº 1 do Boletim Informativo. Até Outubro, iremos realizar um conjunto de encontros de coesão política, nomeadamente com os eleitos municipais, especialmente nos concelhos onde somos oposição. Dinamizaremos, ainda, encontros com os eleitores uma vez que o partido deve estar aberto à sociedade civil”, assegura Mário Silva.
Portugal, Grécia e Espanha
O presidente do MpD, Carlos Veiga, também iniciou o seu discurso fazendo referência “à grande responsabilidade” que a CPR Santiago Norte para depois enumerar as “falhas” do governo de José Maria Neves. Veiga afirmou que o principal problema é o desemprego que Neves “não conseguiu melhorar”.
“Estamos a ver onde é que a política do governo nos está a conduzir. Grécia, Portugal e Espanha, países muito mais poderosos que Cabo Verde, sabemos como é que estão. E são as mesmas políticas que estamos a seguir. Estamos a contrair cada vez mais dívidas em Cabo Verde”, acusa Veiga que anunciou os cinco desafios do seu partido, caso vença as eleições em 2011: um estado de direito democrático eficaz e moderno, lutar contra o desemprego, maior qualidade no ensino, mais Segurança e Justiça e, ainda, maior aposta na família.
Na cerimónia estiveram presentes várias figuras do MpD, nomeadamente Elísio Freire, José Moreira, Miguel Monteiro, Agostinho Lopes e José Filomeno Monteiro.
Raquel Mendes
http://asemana.sapo.cv/spip.php?article53271&ak=1
Mário Silva, o agora coordenador da CPR do MpD por Santiago Norte, diz-se consciente dos desafios pelo que apela ao contributo de todos os militantes e simpatizantes do partido. “O MpD necessita da participação activa e empenhada de todos os militantes. Cabo Verde exige que todos dêem o seu contributo. É necessário mudar de políticas, para isso é necessário mudar de governo. E só se muda de governo com a vitória do MpD nas próximas eleições legislativas de 2011”, afirma Silva que já elegeu as prioridades da sua equipa.
“Vamos abrir até Agosto, todas as sedes do partido, vamos renovar a legitimidade do eleitos concelhios e dinamizar a actividade política na região. No centro das nossas actividades estará a comunicação política, que assume na moderna sociedade de comunicação um papel vital. Por essa razão vamos publicar, no final deste mês, o nº 1 do Boletim Informativo. Até Outubro, iremos realizar um conjunto de encontros de coesão política, nomeadamente com os eleitos municipais, especialmente nos concelhos onde somos oposição. Dinamizaremos, ainda, encontros com os eleitores uma vez que o partido deve estar aberto à sociedade civil”, assegura Mário Silva.
Portugal, Grécia e Espanha
O presidente do MpD, Carlos Veiga, também iniciou o seu discurso fazendo referência “à grande responsabilidade” que a CPR Santiago Norte para depois enumerar as “falhas” do governo de José Maria Neves. Veiga afirmou que o principal problema é o desemprego que Neves “não conseguiu melhorar”.
“Estamos a ver onde é que a política do governo nos está a conduzir. Grécia, Portugal e Espanha, países muito mais poderosos que Cabo Verde, sabemos como é que estão. E são as mesmas políticas que estamos a seguir. Estamos a contrair cada vez mais dívidas em Cabo Verde”, acusa Veiga que anunciou os cinco desafios do seu partido, caso vença as eleições em 2011: um estado de direito democrático eficaz e moderno, lutar contra o desemprego, maior qualidade no ensino, mais Segurança e Justiça e, ainda, maior aposta na família.
Na cerimónia estiveram presentes várias figuras do MpD, nomeadamente Elísio Freire, José Moreira, Miguel Monteiro, Agostinho Lopes e José Filomeno Monteiro.
Raquel Mendes
http://asemana.sapo.cv/spip.php?article53271&ak=1
CV(LIBERAL):CARLOS VEIGA DÁ POSSE A JOSÉ FILOMENO E MÁRIO SILVA
PRAIA-O Presidente do Movimento para a Democracia (MpD), Carlos Veiga, preside neste fim-de-semana, às cerimónias de empossamento das Comissões Políticas Regionais, eleitas a 2 de Maio passado, lideradas pelo Mário Silva, em Santiago Norte e José Filomeno Monteiro, em Santiago Sul, este último em disputa com a lista liderada por Agostinho Lopes.
A cerimónia em Santiago Norte terá lugar no sábado, 29 de Maio, pelas 11 horas, no Anfiteatro da Escola Técnica da Cidade de Assomada, Santa Catarina.
O acto de empossamento da lista de José Filomeno Carvalho está marcado para domingo, 30, no Cinema da Praia, pelas 11 horas.
LIBERAL.CV
A cerimónia em Santiago Norte terá lugar no sábado, 29 de Maio, pelas 11 horas, no Anfiteatro da Escola Técnica da Cidade de Assomada, Santa Catarina.
O acto de empossamento da lista de José Filomeno Carvalho está marcado para domingo, 30, no Cinema da Praia, pelas 11 horas.
LIBERAL.CV
CV(RTC):Contribuir para decisões políticas acertadas é o que se espera do IAO
CV(RTC):Contribuir para decisões políticas acertadas é o que se espera do IAO
PRAIA-Tolentino explicou que o IAO é uma instituição independente e completamente novo na sua configuração e que irá contribuir com estudos e ideias para a compreensão das dinâmicas de integração regional da África Ocidental.
Contribuir para a produção de conhecimento na sub-região e apoiar os decisores no processo de desenvolvimento dos países é o que se espera do Instituto da África Ocidental (IAO) inaugurado, ontem (29), na Praia, conforme o Director Interino, o diplomata cabo-verdiano, Corsino Tolentino.
Tolentino explicou que o IAO é uma instituição independente e completamente novo na sua configuração e que irá contribuir com estudos e ideias para a compreensão das dinâmicas de integração regional da África Ocidental.
O Director Interino, também adiantou que a criação do instituto, decorre da constatação de instituições de pesquisa da sub-região, de existência de um défice de conhecimento da realidade, o que constitui um grande travão ao desenvolvimento.
"Por isso, com outros parceiros, aceitamos o desafio de criar o IAO, que vai formar, investigar e proceder a uma comunicação sistemática sobre a relação entre a investigação e o conhecimento e a boa tomada de decisão", justificou.
A inauguração oficial do instituto que tem como parceiros, a União Económica e Monetária Oeste-Africana, a UNESCO, o Ecobank e o Governo de Cabo Verde, está prevista para setembro, altura em que estarão constituídos os órgãos de gestão. Uma conferência internacional e a definição do plano de ação devem acontecer no próximo ano.
A instalação do secretariado do IAO, criado por Cabo Verde, Guiné-Bissau, Benin, Burkina Faso, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné-Conacri, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo e que provisoriamente, vai funcionar na Casa das Nações Unidas, aconteceu no Dia da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
RTC.CV
PRAIA-Tolentino explicou que o IAO é uma instituição independente e completamente novo na sua configuração e que irá contribuir com estudos e ideias para a compreensão das dinâmicas de integração regional da África Ocidental.
Contribuir para a produção de conhecimento na sub-região e apoiar os decisores no processo de desenvolvimento dos países é o que se espera do Instituto da África Ocidental (IAO) inaugurado, ontem (29), na Praia, conforme o Director Interino, o diplomata cabo-verdiano, Corsino Tolentino.
Tolentino explicou que o IAO é uma instituição independente e completamente novo na sua configuração e que irá contribuir com estudos e ideias para a compreensão das dinâmicas de integração regional da África Ocidental.
O Director Interino, também adiantou que a criação do instituto, decorre da constatação de instituições de pesquisa da sub-região, de existência de um défice de conhecimento da realidade, o que constitui um grande travão ao desenvolvimento.
"Por isso, com outros parceiros, aceitamos o desafio de criar o IAO, que vai formar, investigar e proceder a uma comunicação sistemática sobre a relação entre a investigação e o conhecimento e a boa tomada de decisão", justificou.
A inauguração oficial do instituto que tem como parceiros, a União Económica e Monetária Oeste-Africana, a UNESCO, o Ecobank e o Governo de Cabo Verde, está prevista para setembro, altura em que estarão constituídos os órgãos de gestão. Uma conferência internacional e a definição do plano de ação devem acontecer no próximo ano.
A instalação do secretariado do IAO, criado por Cabo Verde, Guiné-Bissau, Benin, Burkina Faso, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné-Conacri, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo e que provisoriamente, vai funcionar na Casa das Nações Unidas, aconteceu no Dia da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
RTC.CV
CV(INFORPRESS):Casimiro de Pina oficializa no domingo candidatura à liderança do MpD no Fogo
SÃO FILIPE-O jurista e militante do Movimento para a Democracia (MpD), Casimiro de Pina, oficializa, este domingo, a sua candidatura à presidência da Comissão Politica Regional do partido na ilha do Fogo.
O acto terá lugar nas instalações da Casa das Bandeiras, na Cidade de São Filipe, e servirá para Casimiro de Pina apresentar a sua candidatura, equipa e as razões que o levam a concorrer.
Casimiro de Pina disse recentemente à Inforpress que a sua decisão não tem nada a ver com as outras candidaturas e deixou claro que a disputa interna é saudável para o partido.
Casimiro de Pina irá ter como ‘adversário’, o actual deputado nacional Jorge Nogueira, que também anunciou a sua disponibilidade para liderar a Comissão Politica Regional do MpD, na região do Fogo.
A eleição da Comissão Politica Regional do MpD, uma estrutura única para a ilha que continuará com as Comissões Politicas Concelhias (São Filipe, Mosteiros e Santa Catarina do Fogo), foi inicialmente marcada para o dia 2 de Maio e conheceu sucessivos adiamentos.
O primeiro adiamento deveu-se a coincidência com as festas do Primeiro de Maio e os outros deveram-se a problemas relacionados com a confecção dos cadernos eleitores.
Amadeu Barbosa, integrante da lista de Casimiro de Pina garantiu à Inforpress que as eleições serão a 20 de Junho e que todos os constrangimentos estão ultrapassados.
Uma semana antes da data marcada para a realização das eleições, o presidente do MpD, Carlos Veiga, estará de visita a ilha do Fogo para empossar o novo coordenador concelhio do MpD em São Filipe, Filipe Santos.
Inforpress/JR/Fim
O acto terá lugar nas instalações da Casa das Bandeiras, na Cidade de São Filipe, e servirá para Casimiro de Pina apresentar a sua candidatura, equipa e as razões que o levam a concorrer.
Casimiro de Pina disse recentemente à Inforpress que a sua decisão não tem nada a ver com as outras candidaturas e deixou claro que a disputa interna é saudável para o partido.
Casimiro de Pina irá ter como ‘adversário’, o actual deputado nacional Jorge Nogueira, que também anunciou a sua disponibilidade para liderar a Comissão Politica Regional do MpD, na região do Fogo.
A eleição da Comissão Politica Regional do MpD, uma estrutura única para a ilha que continuará com as Comissões Politicas Concelhias (São Filipe, Mosteiros e Santa Catarina do Fogo), foi inicialmente marcada para o dia 2 de Maio e conheceu sucessivos adiamentos.
O primeiro adiamento deveu-se a coincidência com as festas do Primeiro de Maio e os outros deveram-se a problemas relacionados com a confecção dos cadernos eleitores.
Amadeu Barbosa, integrante da lista de Casimiro de Pina garantiu à Inforpress que as eleições serão a 20 de Junho e que todos os constrangimentos estão ultrapassados.
Uma semana antes da data marcada para a realização das eleições, o presidente do MpD, Carlos Veiga, estará de visita a ilha do Fogo para empossar o novo coordenador concelhio do MpD em São Filipe, Filipe Santos.
Inforpress/JR/Fim
sexta-feira, 28 de maio de 2010
JOSÉ MARIA NEVES: A PERSONIFICAÇÃO DA DEMOCRACIA DE FACHADA-POR CASIMIRO DE PINA
PRAIA-JMN propõe a “anestesia” social como método do Governo. Mete no “governo” um grandessíssimo falsificador de atestados médicos (S.M.) e uma Ministra da Justiça envolvida na trapaça do “saco azul” (M.M.), sem descurar um Ministro dos Transportes notoriamente corrupto (M.I.), cuja empresa familiar, num grave caso de conflito de interesses, participa (e ganha, ooops!) concursos realizados pelo próprio Estado (“L’État, c’est moi!”)
De uma coisa ninguém pode acusar Pedro Pires, Aristides Pereira e todos aqueles “camaradas do povo” que instauraram, a partir da LOPE e das demais leis draconianas da década de 70, o totalitarismo em Cabo Verde: cinismo legal e “doublethink”.
Não. Essa primeira “geração totalitária” era honesta. Demasiado honesta.
Dizia ao que vinha e praticava a sua visão do mundo com uma coerência acima de qualquer suspeita.
Tudo batia certo, da Lei do Boato aos aparelhos de repressão (tribunais de zona, milícias, etc.) entrementes criados, os quais, conduzidos serenamente pelos esbirros da ditadura, impunham a lei e a ordem naqueles dias de provação. Os dias das “Calças Roladas”, na satírica expressão de Germano Almeida, em que o povo cabo-verdiano comeu o pão que o diabo amassou.
José Maria Neves, o primeiro “estadista” cabo-verdiano que, em 550 anos de história, cometeu meia dúzia de crimes e continua a monte, fugindo da Justiça mediante a alegação sorrateira de um “non liquet” constitucional, é diferente. Bastante diferente.
Ele não sufraga o totalitarismo explícito de outrora. A sua doutrina não é, desenganem-se, o porno-marxismo: é o socialismo light inventado pela escola de Frankfurt.
JMN propõe a “anestesia” social como método do Governo. Mete no “governo” um grandessíssimo falsificador de atestados médicos (S.M.) e uma Ministra da Justiça envolvida na trapaça do “saco azul” (M.M.), sem descurar um Ministro dos Transportes notoriamente corrupto (M.I.), cuja empresa familiar, num grave caso de conflito de interesses, participa (e ganha, ooops!) concursos realizados pelo próprio Estado (“L’État, c’est moi!”).
José Maria Pereira Neves é a personificação da democracia de fachada.
De fininho, actuando com aquela esperteza perversa que a Criminologia, em estudos de referência, já esclareceu, subverteu as instituições fundamentais do Estado de Direito, minando, a um tempo, os valores decisivos e tudo aquilo que sustenta uma sociedade de homens livres.
Nenhum sector escapou à sua voracidade controleira: os municípios são manietados por leis imbecis (vide a questão da cooperação internacional e as limitações impostas em sede do orçamento anual do Estado) e por associações (QUANGO,s, como bem explicou David Andersen) cuja única utilidade social é violar a lei e concorrer com os órgãos democraticamente eleitos pelas populações; a economia é surripiada pelo défice público e por um Estado esmagador cujo peso não para de aumentar; a iniciativa privada é estrangulada num complexo jogo de favores e cumplicidades burocráticas; a segurança, de direito fundamental e obrigação primeira de qualquer Governo sério, resvalou numa miríade de “encontros de reflexão” e de conciliação com os criminosos, numa espiral perigosa, sem critério, em que as boas intenções substituem as responsabilidades.
Tudo, em José Maria Neves, é fingimento e hipocrisia, “doublethink” (“duplipensar”, em português: usar a lógica contra a lógica), tal como previra George Orwell, em que as palavras mascaram a realidade e significam exactamente o contrário daquilo que aparentemente dizem. Escutai!
Amor, esse pseudo-amor vendido a metro nas revistas cor-de-rosa, é apenas Ódio (leiam, por favor, o A Semana e o espaço Zig Zag do jornal A Nação) e Exclusão daqueles que, sem temor nem honrarias, com custos pessoais elevados, combatem o “status quo” e a Espiral do Silêncio; Verdade é Mentira; Liberdade é Opressão; Transformação é Decadência; Desemprego é Prosperidade!
O Sistema, tão amavelmente sustentado pelos escritórios de propaganda, é, afinal, um rodopio de piruetas e mistificações. Isto é, a Segunda Realidade, que é justamente a essência diabólica, central, indispensável, do Contra-Iluminismo e do pensamento totalitário.
O totalitarismo não é tanto o Gulag ou a supressão das liberdades imaginadas pelo “século educador” de que falava Ortega Y Gasset. Isso é apenas a amplificação máxima da loucura, a “nemesis” da planificação central.
O totalitarismo é, sobretudo, uma Doença de Alma, a vontade doentia de suprimir a realidade e impor, se possível, e no seu lugar, o Império da Mentira.
Mais um exemplo soberbo: S. Excelência José Maria Neves declarou ao jornal “Oje” (edição de 26 de Maio de 2010, p. 13) o seguinte: “A taxa de desemprego é elevada. Temos de continuar a trabalhar para densificar o sector privado…”.
Ora, como é possível fazer isso, se o Estado, hoje, é cada vez mais forte e expansivo?!!
São metas incompatíveis, mutuamente excludentes: se o Estado cresce em tamanho, o sector privado definha e perde terreno.
A “planificação” crescente das questões económicas, como bem o mostrou Hayek, produz inevitavelmente duas coisas: decréscimo da prosperidade material e mitigação gradual das liberdades individuais.
Esta é, aliás, uma constante na história política das nações. É o Caminho para a Servidão!
A democracia de fachada é um biombo, o mais horrível sistema de dominação já inventado pelo Homem.
É uma promessa que nunca se concretiza, uma esperança que desfralda a bandeira da cidadania plena e só oferece, na prática, precariedade e retrocesso social. Qual é o Índice de Desenvolvimento Humano de Cabo Verde?
O MpD tem de perceber uma coisa: não pode continuar, numa “bravata” par(a)lamentar inútil, a discutir questiúnculas administrativas com o dr. José Maria Neves.
É preciso fazer o retrato desse homem, o “anjo do amor”, tiranete vibrante, fugidio e superenganador.
Sentá-lo no divã da República. Mostrar ao País, com rigor e profundidade analítica, QUEM é, afinal, o homem do leme, o profeta das mil transformações e demagogias! As negociatas que permite e as manigâncias que, no remanso do gabinete, incentiva…
No dia em que o fizer, tudo estará decidido. O partido ganhará densidade e não haverá servicinho de nenhuma empresa de sondagem capaz de impedir uma sua vitória expressiva nas próximas eleições.
O MpD tem de fazer isso urgentemente, e tem de aprender, também, a diferença crucial entre Poder e Eleições, duas realidades radicalmente distintas. O PAICV deseja as duas coisas; o MpD, apenas a segunda.
É esta a diferença.
Eleições sem Poder é a ilusão beata de tecnocratas sem visão. É um beco sem saída.
http://liberal.sapo.cv/noticia.asp?idEdicao=64&id=29050&idSeccao=527&Action=noticia
De uma coisa ninguém pode acusar Pedro Pires, Aristides Pereira e todos aqueles “camaradas do povo” que instauraram, a partir da LOPE e das demais leis draconianas da década de 70, o totalitarismo em Cabo Verde: cinismo legal e “doublethink”.
Não. Essa primeira “geração totalitária” era honesta. Demasiado honesta.
Dizia ao que vinha e praticava a sua visão do mundo com uma coerência acima de qualquer suspeita.
Tudo batia certo, da Lei do Boato aos aparelhos de repressão (tribunais de zona, milícias, etc.) entrementes criados, os quais, conduzidos serenamente pelos esbirros da ditadura, impunham a lei e a ordem naqueles dias de provação. Os dias das “Calças Roladas”, na satírica expressão de Germano Almeida, em que o povo cabo-verdiano comeu o pão que o diabo amassou.
José Maria Neves, o primeiro “estadista” cabo-verdiano que, em 550 anos de história, cometeu meia dúzia de crimes e continua a monte, fugindo da Justiça mediante a alegação sorrateira de um “non liquet” constitucional, é diferente. Bastante diferente.
Ele não sufraga o totalitarismo explícito de outrora. A sua doutrina não é, desenganem-se, o porno-marxismo: é o socialismo light inventado pela escola de Frankfurt.
JMN propõe a “anestesia” social como método do Governo. Mete no “governo” um grandessíssimo falsificador de atestados médicos (S.M.) e uma Ministra da Justiça envolvida na trapaça do “saco azul” (M.M.), sem descurar um Ministro dos Transportes notoriamente corrupto (M.I.), cuja empresa familiar, num grave caso de conflito de interesses, participa (e ganha, ooops!) concursos realizados pelo próprio Estado (“L’État, c’est moi!”).
José Maria Pereira Neves é a personificação da democracia de fachada.
De fininho, actuando com aquela esperteza perversa que a Criminologia, em estudos de referência, já esclareceu, subverteu as instituições fundamentais do Estado de Direito, minando, a um tempo, os valores decisivos e tudo aquilo que sustenta uma sociedade de homens livres.
Nenhum sector escapou à sua voracidade controleira: os municípios são manietados por leis imbecis (vide a questão da cooperação internacional e as limitações impostas em sede do orçamento anual do Estado) e por associações (QUANGO,s, como bem explicou David Andersen) cuja única utilidade social é violar a lei e concorrer com os órgãos democraticamente eleitos pelas populações; a economia é surripiada pelo défice público e por um Estado esmagador cujo peso não para de aumentar; a iniciativa privada é estrangulada num complexo jogo de favores e cumplicidades burocráticas; a segurança, de direito fundamental e obrigação primeira de qualquer Governo sério, resvalou numa miríade de “encontros de reflexão” e de conciliação com os criminosos, numa espiral perigosa, sem critério, em que as boas intenções substituem as responsabilidades.
Tudo, em José Maria Neves, é fingimento e hipocrisia, “doublethink” (“duplipensar”, em português: usar a lógica contra a lógica), tal como previra George Orwell, em que as palavras mascaram a realidade e significam exactamente o contrário daquilo que aparentemente dizem. Escutai!
Amor, esse pseudo-amor vendido a metro nas revistas cor-de-rosa, é apenas Ódio (leiam, por favor, o A Semana e o espaço Zig Zag do jornal A Nação) e Exclusão daqueles que, sem temor nem honrarias, com custos pessoais elevados, combatem o “status quo” e a Espiral do Silêncio; Verdade é Mentira; Liberdade é Opressão; Transformação é Decadência; Desemprego é Prosperidade!
O Sistema, tão amavelmente sustentado pelos escritórios de propaganda, é, afinal, um rodopio de piruetas e mistificações. Isto é, a Segunda Realidade, que é justamente a essência diabólica, central, indispensável, do Contra-Iluminismo e do pensamento totalitário.
O totalitarismo não é tanto o Gulag ou a supressão das liberdades imaginadas pelo “século educador” de que falava Ortega Y Gasset. Isso é apenas a amplificação máxima da loucura, a “nemesis” da planificação central.
O totalitarismo é, sobretudo, uma Doença de Alma, a vontade doentia de suprimir a realidade e impor, se possível, e no seu lugar, o Império da Mentira.
Mais um exemplo soberbo: S. Excelência José Maria Neves declarou ao jornal “Oje” (edição de 26 de Maio de 2010, p. 13) o seguinte: “A taxa de desemprego é elevada. Temos de continuar a trabalhar para densificar o sector privado…”.
Ora, como é possível fazer isso, se o Estado, hoje, é cada vez mais forte e expansivo?!!
São metas incompatíveis, mutuamente excludentes: se o Estado cresce em tamanho, o sector privado definha e perde terreno.
A “planificação” crescente das questões económicas, como bem o mostrou Hayek, produz inevitavelmente duas coisas: decréscimo da prosperidade material e mitigação gradual das liberdades individuais.
Esta é, aliás, uma constante na história política das nações. É o Caminho para a Servidão!
A democracia de fachada é um biombo, o mais horrível sistema de dominação já inventado pelo Homem.
É uma promessa que nunca se concretiza, uma esperança que desfralda a bandeira da cidadania plena e só oferece, na prática, precariedade e retrocesso social. Qual é o Índice de Desenvolvimento Humano de Cabo Verde?
O MpD tem de perceber uma coisa: não pode continuar, numa “bravata” par(a)lamentar inútil, a discutir questiúnculas administrativas com o dr. José Maria Neves.
É preciso fazer o retrato desse homem, o “anjo do amor”, tiranete vibrante, fugidio e superenganador.
Sentá-lo no divã da República. Mostrar ao País, com rigor e profundidade analítica, QUEM é, afinal, o homem do leme, o profeta das mil transformações e demagogias! As negociatas que permite e as manigâncias que, no remanso do gabinete, incentiva…
No dia em que o fizer, tudo estará decidido. O partido ganhará densidade e não haverá servicinho de nenhuma empresa de sondagem capaz de impedir uma sua vitória expressiva nas próximas eleições.
O MpD tem de fazer isso urgentemente, e tem de aprender, também, a diferença crucial entre Poder e Eleições, duas realidades radicalmente distintas. O PAICV deseja as duas coisas; o MpD, apenas a segunda.
É esta a diferença.
Eleições sem Poder é a ilusão beata de tecnocratas sem visão. É um beco sem saída.
http://liberal.sapo.cv/noticia.asp?idEdicao=64&id=29050&idSeccao=527&Action=noticia
FUTEBOL:FRANÇA É ESCOLHIDA PARA SEDIAR EUROCOPA 2016
GENEBRA-A decisão foi anunciada nesta sexta-feira, em Genebra, pelo presidente da UEFA , o francês Michel Platini. Três países chegaram à fase final da disputa: além da França, a Itália e a Turquia também tinham a ambição de acolher o evento que é disputado a cada 4 anos e que reúne as melhores seleções europeias.
A presença do presidente francês Nicolas Sarkozy na cerimônia foi considerada decisiva. "Creio que a vinda do presidente da República foi importante. A presença de Nicolas Sarkozy pesou na balança", afirmou Platini.
A delegação francesa contou ainda com o apoio e a presença do ex-craque Zinedine Zidane, campeão mundial de 98.
"E' um grande alívio para o futebol francês que vai precisar renovar seus estádios até 2015 e assim poder rivalizar com outros países europeus", disse Platini durante uma entrevista coletiva após o anúncio.
Segundo o presidente da UEFA, a escolha revela uma decisão democrática. O francês Michel Platini, presidente da UEFA , o turco Senes Erzik e o italiano Giancarlo Abete, membros do comitê executivo, não participaram da votação.
A decisão foi tomada em dois turnos. No primeiro, realizado após a apresentação das candidaturas, a Itália foi eliminada. No segundo e decisivo turno, os 13 representantes do comitê executivo da UEFA deram 7 votos para a França e 6 para a Turquia.
"Como francês estou feliz, mas como presidente da UEFA sou neutro", afirmou Platini para uma emissora francesa de televisão.
Cumprir promessas
"Em 2016 a França acolherá a Europa do futebol e fará o que prometeu fazer" , disse o Jean-Pierre Escalettes, presidente da Federação Francesa de Futebol ao ser chamado ao palco para reagir ao anúncio.
Ele prometeu não "trair" a confiança depositada pelo comitê executivo da UEFA. A França contava com a organização da Eurocopa de 2016 para iniciar um amplo projeto de renovação de seus estádios, como as Arenas construídas na Alemanha para o Mundial de 2006.
O país terá 6 anos para renovar 8 estádios e construir outros 4 novinhos em folha, o que vai exigir investimentos avaliados em 1 bilhão e 700 milhões de euros.
A Eurocopa de 2016 vai ser a primeira a ser disputada com 24 equipes.
RFI BRASIL-Por Elcio Ramalho
A presença do presidente francês Nicolas Sarkozy na cerimônia foi considerada decisiva. "Creio que a vinda do presidente da República foi importante. A presença de Nicolas Sarkozy pesou na balança", afirmou Platini.
A delegação francesa contou ainda com o apoio e a presença do ex-craque Zinedine Zidane, campeão mundial de 98.
"E' um grande alívio para o futebol francês que vai precisar renovar seus estádios até 2015 e assim poder rivalizar com outros países europeus", disse Platini durante uma entrevista coletiva após o anúncio.
Segundo o presidente da UEFA, a escolha revela uma decisão democrática. O francês Michel Platini, presidente da UEFA , o turco Senes Erzik e o italiano Giancarlo Abete, membros do comitê executivo, não participaram da votação.
A decisão foi tomada em dois turnos. No primeiro, realizado após a apresentação das candidaturas, a Itália foi eliminada. No segundo e decisivo turno, os 13 representantes do comitê executivo da UEFA deram 7 votos para a França e 6 para a Turquia.
"Como francês estou feliz, mas como presidente da UEFA sou neutro", afirmou Platini para uma emissora francesa de televisão.
Cumprir promessas
"Em 2016 a França acolherá a Europa do futebol e fará o que prometeu fazer" , disse o Jean-Pierre Escalettes, presidente da Federação Francesa de Futebol ao ser chamado ao palco para reagir ao anúncio.
Ele prometeu não "trair" a confiança depositada pelo comitê executivo da UEFA. A França contava com a organização da Eurocopa de 2016 para iniciar um amplo projeto de renovação de seus estádios, como as Arenas construídas na Alemanha para o Mundial de 2006.
O país terá 6 anos para renovar 8 estádios e construir outros 4 novinhos em folha, o que vai exigir investimentos avaliados em 1 bilhão e 700 milhões de euros.
A Eurocopa de 2016 vai ser a primeira a ser disputada com 24 equipes.
RFI BRASIL-Por Elcio Ramalho
FUTEBOL:CABO VERDE JOGA COM O CHILE NO PRÓXIMO DIA 04 DE JUNHO
PRAIA-A Selecção Nacional de Futebol defronta a sua congénere do Chile, no dia 04 do próximo mês de Junho, em Santiago, capital chilena, num jogo que serve de preparação daquela selecção sul-americana, para o Mundial que arranca dentro de dias, na África do Sul.
Logo após o jogo com Portugal, o representante da selecção chilena estabeleceu contactos com a Federação Cabo-verdiana de Futebol, que deu o seu aval, depois de acertar todos os pormenores em relação à organização e logística para a realização do jogo.
O presidente da FCF, Mário Semedo, diz que esta é uma oportunidade que tem que ser aproveitada, tendo em conta, que para além do aspecto desportivo em si, a Federação Chilena assume todas as despesas e não só, relativas à deslocação da Selecção Nacional a Santiago de Chile.
O Chile com quem Cabo Verde vai jogar no dia 04 de Junho é 18º no ranking da FIFA e integra o grupo H, do Mundial da África do Sul juntamente com as selecções de Espanha, Espanha, Suiça e Honduras.
De recordar que Cabo Verde melhorou 3 lugares no ranking da FIFA, passando de 117 para 114, depois do empate frente a Portugal.
DA, Expresso das Ilhas
Logo após o jogo com Portugal, o representante da selecção chilena estabeleceu contactos com a Federação Cabo-verdiana de Futebol, que deu o seu aval, depois de acertar todos os pormenores em relação à organização e logística para a realização do jogo.
O presidente da FCF, Mário Semedo, diz que esta é uma oportunidade que tem que ser aproveitada, tendo em conta, que para além do aspecto desportivo em si, a Federação Chilena assume todas as despesas e não só, relativas à deslocação da Selecção Nacional a Santiago de Chile.
O Chile com quem Cabo Verde vai jogar no dia 04 de Junho é 18º no ranking da FIFA e integra o grupo H, do Mundial da África do Sul juntamente com as selecções de Espanha, Espanha, Suiça e Honduras.
De recordar que Cabo Verde melhorou 3 lugares no ranking da FIFA, passando de 117 para 114, depois do empate frente a Portugal.
DA, Expresso das Ilhas
FUTEBOL:José Mourinho já é treinador do Real Madrid
MILÃO-O Inter Milão confirmou esta sexta-feira o acordo com o Real Madrid quanto à rescisão do vínculo laboral que José Mourinho tinha com o clube milanês.
Florentino Pérez tinha-se deslocado a Milão pela manhã e a sua visita teve os frutos desejados. O presidente dos merengues conseguiu garantir a rescisão do técnico português por um valor a rondar os 8 milhões de euros, metade da verba exigida na cláusula de rescisão, de acordo com a imprensa espanhola.
Em comunicado emitido no site oficial, o clube italiano confirma o negócio, assegurando que as boas relações existentes entre os dois clubes foram determinantes. Massimo Moratti, presidente do Inter, aproveitou também para agradecer a Florentino Pérez por se ter deslocado a Milão de modo a resolver a situação, o que demonstra "a excelente relação entre os dois clubes".
A apresentação do técnico português, segundo a "Marca" está agendada para a próxima segunda-feira, pelas 12 horas.
http://www.record.xl.pt/noticia.aspx?id=280aecee-a02e-468a-acd0-c1af20bd31e0&idCanal=00000292-0000-0000-0000-000000000292&h=1
Florentino Pérez tinha-se deslocado a Milão pela manhã e a sua visita teve os frutos desejados. O presidente dos merengues conseguiu garantir a rescisão do técnico português por um valor a rondar os 8 milhões de euros, metade da verba exigida na cláusula de rescisão, de acordo com a imprensa espanhola.
Em comunicado emitido no site oficial, o clube italiano confirma o negócio, assegurando que as boas relações existentes entre os dois clubes foram determinantes. Massimo Moratti, presidente do Inter, aproveitou também para agradecer a Florentino Pérez por se ter deslocado a Milão de modo a resolver a situação, o que demonstra "a excelente relação entre os dois clubes".
A apresentação do técnico português, segundo a "Marca" está agendada para a próxima segunda-feira, pelas 12 horas.
http://www.record.xl.pt/noticia.aspx?id=280aecee-a02e-468a-acd0-c1af20bd31e0&idCanal=00000292-0000-0000-0000-000000000292&h=1
HOLANDA:COMEÇA JULGAMENTO DE PIRATAS SOMALIS EM ROTERDÃO
ROTERDÃO-justiça Um tribunal de Roterdão começou dia Segunda(25) a julgar cinco piratas somalis pela tentativa de assalto a um cargueiro no final do golfo de Áden, no início de 2009, naquele que é o primeiro julgamento de piratas daquela nacionalidade na Europa.
Os somalis foram capturados por um barco de guerra holandês, que interceptou a sua lancha rápida quando estes preparavam a abordagem do cargueiro, que viajava com bandeira das Antilhas Holandesas. Este é um dos principais argumentos dos advogados de defesa dos somalis, que consideram não se aplicar a jurisdição holandesa, mas a das Antilhas Holandesas, já que estas possuem o seu próprio sistema jurídico.
Com idades entre 25 e 45 anos, os somalis podem ser condenados a 12 anos de prisão cada um; o julgamento deve prolongar-se por cerca de uma semana, com a sentença a ser proferida em Junho.
Os piratas desenvolvem há vários anos assaltos a navios cargueiros ao largo da Somália, tendo ampliado estes ataques ao golfo de Áden desde finais de 2008. Só em 2009 verificaram-se 215 ataques a embarcações ao largo deste país africano, isto num total de 409 em todo o mundo.
Segunda feira, um tribunal iemenita condenou seis piratas somalis à pena de morte e outros seis a dez anos de prisão pelo assalto a um petroleiro daquele país em Abril de 2009.
http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1578392&seccao=%C1frica
Os somalis foram capturados por um barco de guerra holandês, que interceptou a sua lancha rápida quando estes preparavam a abordagem do cargueiro, que viajava com bandeira das Antilhas Holandesas. Este é um dos principais argumentos dos advogados de defesa dos somalis, que consideram não se aplicar a jurisdição holandesa, mas a das Antilhas Holandesas, já que estas possuem o seu próprio sistema jurídico.
Com idades entre 25 e 45 anos, os somalis podem ser condenados a 12 anos de prisão cada um; o julgamento deve prolongar-se por cerca de uma semana, com a sentença a ser proferida em Junho.
Os piratas desenvolvem há vários anos assaltos a navios cargueiros ao largo da Somália, tendo ampliado estes ataques ao golfo de Áden desde finais de 2008. Só em 2009 verificaram-se 215 ataques a embarcações ao largo deste país africano, isto num total de 409 em todo o mundo.
Segunda feira, um tribunal iemenita condenou seis piratas somalis à pena de morte e outros seis a dez anos de prisão pelo assalto a um petroleiro daquele país em Abril de 2009.
http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1578392&seccao=%C1frica
ÁFRICA:PRESIDENTE DO BAD REELEITO
ABIDJAN-Ex-ministro das Finanças do seu país, Kaberuka, de 58 anos, formado na Universidade de Glasgow, na Escócia, teve forte apoio de Cabo Verde que está representado na capital marfinense, pela Ministra das Finanças, Cristina Duarte.
O ruandês Donald Kaberuka, único candidato a sua própria sucessão, foi reeleito ontem (27), para um novo mandato de cinco anos, como Presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAfD), durante a assembleia anual da instituição, em Abidjan, Costa do Marfim.
Ex-ministro das Finanças do seu país, Kaberuka, de 58 anos, formado na Universidade de Glasgow, na Escócia, teve forte apoio de Cabo Verde que está representado na capital marfinense, pela Ministra das Finanças, Cristina Duarte.
Antes, de ser reeleito, no seu discurso, Kaberuka lembrou que o BAfD tinha ajudado vários países africanos a contornarem a crise económica e financeira global e comparou os valores do apoio. "No final de 2009, prestámos ajuda no valor de 12.6 mil milhões de dólares, contra os 5.5 mil milhões do ano anterior", disse.
Há cerca de um mês, o agora reeleito presidente, esteve em Cabo Verde e identificou junto com o Presidente da República, Pedro Pires, as energias renováveis, a água e a agricultura, como áreas criticas em que o Banco Africano de Desenvolvimento irá continuar a cooperar com Cabo Verde.
Na ocasião, Kaberuka também felicitou o Presidente da República pelas conquistas na governação do País, desde a independência. Ainda destacou ao que chamou de modesta contribuição do BAfD, na ascensão de Cabo Verde, á País de Desenvolvimento Médio.
RTC.CV
O ruandês Donald Kaberuka, único candidato a sua própria sucessão, foi reeleito ontem (27), para um novo mandato de cinco anos, como Presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAfD), durante a assembleia anual da instituição, em Abidjan, Costa do Marfim.
Ex-ministro das Finanças do seu país, Kaberuka, de 58 anos, formado na Universidade de Glasgow, na Escócia, teve forte apoio de Cabo Verde que está representado na capital marfinense, pela Ministra das Finanças, Cristina Duarte.
Antes, de ser reeleito, no seu discurso, Kaberuka lembrou que o BAfD tinha ajudado vários países africanos a contornarem a crise económica e financeira global e comparou os valores do apoio. "No final de 2009, prestámos ajuda no valor de 12.6 mil milhões de dólares, contra os 5.5 mil milhões do ano anterior", disse.
Há cerca de um mês, o agora reeleito presidente, esteve em Cabo Verde e identificou junto com o Presidente da República, Pedro Pires, as energias renováveis, a água e a agricultura, como áreas criticas em que o Banco Africano de Desenvolvimento irá continuar a cooperar com Cabo Verde.
Na ocasião, Kaberuka também felicitou o Presidente da República pelas conquistas na governação do País, desde a independência. Ainda destacou ao que chamou de modesta contribuição do BAfD, na ascensão de Cabo Verde, á País de Desenvolvimento Médio.
RTC.CV
CV(LIBERAL):CÂMARA RECORRE A EMPRÉSTIMO BANCÁRIO PARA REPOR ESTRAGOS PROVOCADOS PELAS CHUVAS DE 2009
MINDELO-A Assembleia Municipal de S. Vicente reuniu-se na quinta-feira, em sessão ordinária, para apresentação das actividades realizadas e das contas de gerência de 2009 e a aprovação do um orçamento rectificativo para o ano de 2010, marcada por uma queda de receitas a rondar os 27%, de acordo com a conta de gerência de 2009, muito por culpa da conjuntura económica internacional e as chuvas que assolaram a ilha, e os estragos verificados.
Da avaliação dos partidos, o PAICV, pelo seu líder da bancada, Baltasar Ramos, avaliou pela negativa o desempenho da Câmara, defendendo que a equipa de Isaura Gomes podia ter optado por melhores opções. Já a UCID reconhece que a CMSV cometeu algumas falhas, mas não culpa a Câmara de não conseguir angariar mais receitas, lembrando que 2009 foi “um ano difícil”.
A avaliação da bancada do MPD foi de que “a taxa de realização não foi o que tinha sido prevista mas foi bastante satisfatória”.
Outro ponto da ordem do dia foi a aprovação do orçamento rectificativo para o ano de 2010. Esse orçamento vem em resposta as situações que ocorreram no ano passado e que mereceu atenção especial. Como exemplifica o Presidente Substituto, “no ano passado São Vicente foi fustigado por fortes chuvas que provocaram estragos na ilha”.
Esse orçamento prevê um empréstimo de 250 mil contos que será utilizado nas acessibilidades da ilha, na construção de diques para drenagem de águas pluviais, habitações sociais, no desporto, arranjos urbanísticos e outros. Augusto Neves espera que esses investimentos possam gerar novos postos de trabalho” em S. Vicente, a ilha mais fustigada com o desemprego em Cabo Verde, segundo o INE.
Sobre este orçamento o PAICV mostrou-se preocupado com o endividamento da Câmara, tendo Baltasar Ramos indagado se o empréstimo bancário é a melhor via para solucionar os problemas de S. Vicente.
http://liberal.sapo.cv/noticia.asp?idEdicao=64&id=29051&idSeccao=517&Action=noticia
Da avaliação dos partidos, o PAICV, pelo seu líder da bancada, Baltasar Ramos, avaliou pela negativa o desempenho da Câmara, defendendo que a equipa de Isaura Gomes podia ter optado por melhores opções. Já a UCID reconhece que a CMSV cometeu algumas falhas, mas não culpa a Câmara de não conseguir angariar mais receitas, lembrando que 2009 foi “um ano difícil”.
A avaliação da bancada do MPD foi de que “a taxa de realização não foi o que tinha sido prevista mas foi bastante satisfatória”.
Outro ponto da ordem do dia foi a aprovação do orçamento rectificativo para o ano de 2010. Esse orçamento vem em resposta as situações que ocorreram no ano passado e que mereceu atenção especial. Como exemplifica o Presidente Substituto, “no ano passado São Vicente foi fustigado por fortes chuvas que provocaram estragos na ilha”.
Esse orçamento prevê um empréstimo de 250 mil contos que será utilizado nas acessibilidades da ilha, na construção de diques para drenagem de águas pluviais, habitações sociais, no desporto, arranjos urbanísticos e outros. Augusto Neves espera que esses investimentos possam gerar novos postos de trabalho” em S. Vicente, a ilha mais fustigada com o desemprego em Cabo Verde, segundo o INE.
Sobre este orçamento o PAICV mostrou-se preocupado com o endividamento da Câmara, tendo Baltasar Ramos indagado se o empréstimo bancário é a melhor via para solucionar os problemas de S. Vicente.
http://liberal.sapo.cv/noticia.asp?idEdicao=64&id=29051&idSeccao=517&Action=noticia
DIÁSPORA CV PORTUGAL:Lisboa, Ciclo de Tertúlias: Eleições Legislativas em Debate
LISBOA-“Quem Governará Cabo Verde: MPD, PAICV ou UCID?” é o tema em discussão na terceira sessão do Ciclo de Tertúlias “Cabo Verde em Debate”, que terá lugar este sábado, dia 29 de Maio, às 18h00, na Livraria Trama, em Lisboa (Rato).
Segundo os promotores da iniciativa, este ciclo de tertúlias pretende ser um fórum debate aberto, reflexão intelectual e de crítica intersubjectiva entre jovens universitários e pretende discutir questões estruturantes, e quiçá fracturantes, atinentes à governação política, social, económica e cultural de Cabo Verde, assim como aspectos relacionados com a actualidade política internacional.
De acordo com o coordenador, Suzano Costa, esta iniciativa constitui um “espaço de engajamento cívico, reflexão crítica e de participação cidadã susceptível de empoderar a juventude cabo-verdiana e desencadear um olhar autocrítico sobre problemáticas transversais à realidade do arquipélago”.
Acrescenta, ainda, que este ciclo de tertúlias pretende “socializar os jovens universitários com o princípio do contraditório e edificar um novo paradigma de acção e participação assente na crítica responsável, construtiva e virada para a apresentação de soluções e recomendações concretas”.
Para reflectir sobre a problemática e os contornos das próximas eleições legislativas em Cabo Verde, a organização do evento convidou a jurista Mircea Delgado (facilitadora) e o engenheiro físico Sandro Veiga (relator).
Segundo Suzano Costa, “as próximas eleições legislativas serão das mais disputadas, competitivas e participadas da história política e eleitoral cabo-verdiana porque estarão em confronto as duas figuras mais proeminentes do panorama político cabo-verdiano”.
Além do “efeito personalização das candidaturas, o aliciante destas consultas eleitorais é que introduzirão uma nova dinâmica tanto nos níveis de participação política, já que as tradicionais taxas de abstenção eleitoral irão diminuir substancialmente, como nos mecanismos de competitividade eleitoral, uma vez que os partidos continuarão a ser o principal factor de mobilização eleitoral”.
A relação entre os jovens e a participação política, a problemática da regionalização, os contornos da oficialização do crioulo, as dinâmicas de governação política, as próximas eleições legislativas e presidenciais, a violência urbana e a criminalidade juvenil, a especulação imobiliária, o brain drain e o retorno de quadros a Cabo Verde, bem como o modelo de desenvolvimento turístico a seguir no arquipélago, serão alguns dos temas propostos e que serão submetidos à discussão num calendário anual e sistematizado.
A organização adverte, ainda, que a discussão das temáticas em apreço será suportada por estudos, investigações e sugestões de leitura previamente enviados aos tertulianos com o intuito de direccionar e melhor orientar o espírito do debate. São parceiros institucionais desta iniciativa o Sapo CV, a Embaixada de Cabo Verde em Portugal, a Associação de Jovens Investigadores Cabo-verdianos (AJIC), a Conexão Lusófona, e a Livraria Trama.
Estrutura e Organização
O Ciclo de Tertúlias “Cabo Verde em Debate” terá uma periodicidade mensal e estará aberta à participação de todos, independentemente da proveniência social, orientação política ou credo religioso. Este Ciclo de Tertúlias terá, ainda, um coordenador geral permanente que define os temas, organiza a logística, apresenta o facilitador do evento, e modera o debate; um facilitador rotativo que apresentará o tema, as linhas gerais do debate e anima a discussão (10 minutos), endereçando algumas questões que serão, posteriormente, rebatidas e amplamente discutidas pelos Tertulianos (intervenção dos participantes).
SAPO CV
Segundo os promotores da iniciativa, este ciclo de tertúlias pretende ser um fórum debate aberto, reflexão intelectual e de crítica intersubjectiva entre jovens universitários e pretende discutir questões estruturantes, e quiçá fracturantes, atinentes à governação política, social, económica e cultural de Cabo Verde, assim como aspectos relacionados com a actualidade política internacional.
De acordo com o coordenador, Suzano Costa, esta iniciativa constitui um “espaço de engajamento cívico, reflexão crítica e de participação cidadã susceptível de empoderar a juventude cabo-verdiana e desencadear um olhar autocrítico sobre problemáticas transversais à realidade do arquipélago”.
Acrescenta, ainda, que este ciclo de tertúlias pretende “socializar os jovens universitários com o princípio do contraditório e edificar um novo paradigma de acção e participação assente na crítica responsável, construtiva e virada para a apresentação de soluções e recomendações concretas”.
Para reflectir sobre a problemática e os contornos das próximas eleições legislativas em Cabo Verde, a organização do evento convidou a jurista Mircea Delgado (facilitadora) e o engenheiro físico Sandro Veiga (relator).
Segundo Suzano Costa, “as próximas eleições legislativas serão das mais disputadas, competitivas e participadas da história política e eleitoral cabo-verdiana porque estarão em confronto as duas figuras mais proeminentes do panorama político cabo-verdiano”.
Além do “efeito personalização das candidaturas, o aliciante destas consultas eleitorais é que introduzirão uma nova dinâmica tanto nos níveis de participação política, já que as tradicionais taxas de abstenção eleitoral irão diminuir substancialmente, como nos mecanismos de competitividade eleitoral, uma vez que os partidos continuarão a ser o principal factor de mobilização eleitoral”.
A relação entre os jovens e a participação política, a problemática da regionalização, os contornos da oficialização do crioulo, as dinâmicas de governação política, as próximas eleições legislativas e presidenciais, a violência urbana e a criminalidade juvenil, a especulação imobiliária, o brain drain e o retorno de quadros a Cabo Verde, bem como o modelo de desenvolvimento turístico a seguir no arquipélago, serão alguns dos temas propostos e que serão submetidos à discussão num calendário anual e sistematizado.
A organização adverte, ainda, que a discussão das temáticas em apreço será suportada por estudos, investigações e sugestões de leitura previamente enviados aos tertulianos com o intuito de direccionar e melhor orientar o espírito do debate. São parceiros institucionais desta iniciativa o Sapo CV, a Embaixada de Cabo Verde em Portugal, a Associação de Jovens Investigadores Cabo-verdianos (AJIC), a Conexão Lusófona, e a Livraria Trama.
Estrutura e Organização
O Ciclo de Tertúlias “Cabo Verde em Debate” terá uma periodicidade mensal e estará aberta à participação de todos, independentemente da proveniência social, orientação política ou credo religioso. Este Ciclo de Tertúlias terá, ainda, um coordenador geral permanente que define os temas, organiza a logística, apresenta o facilitador do evento, e modera o debate; um facilitador rotativo que apresentará o tema, as linhas gerais do debate e anima a discussão (10 minutos), endereçando algumas questões que serão, posteriormente, rebatidas e amplamente discutidas pelos Tertulianos (intervenção dos participantes).
SAPO CV
CV(INFORPRESS):Aprovada na generalidade a lei que dá categoria administrativa de cidade às sedes dos Municípios
PRAIA-A proposta de lei que estabelece a divisão, designação e determinação das categorias administrativas e que vai transformar todas as sedes do concelho em cidades foi aprovada, quinta-feira, na generalidade, pelo parlamento, com votos contra da oposição.
Com esta medida de elevar todas as sedes dos municípios à categoria de cidade, explica a ministra da Descentralização, Habitação e Ordenamento do Território, Sara Lopes, o governo pretende dar uma maior dinâmica às capitais dos concelhos e, desta feita, promover o desenvolvimento o local.
A proposta mereceu votos desfavoráveis da bancada parlamentar do Movimento para a Democracia (MPD).
O deputado Eurico Monteiro disse que o seu partido votou contra por considerar que as construções das cidades não devem passar apenas pela via do Boletim Oficial, mas sim pelo trabalho e esforço para criação de condições.
“Todos os cabo-verdianos desejam que os seus aglomerados populacionais se venham a transformar um dia na cidade. Resta apenas fazer uma opção de fundo. Se optarmos por uma opção utópica de criar cidades via boletim oficial, ou se criamos cidades via trabalho e esforço, ou, ainda, via a construção de equipamentos colectivos”, referiu o deputado.
Os deputados da UCID que, também votaram contra, igualmente são de opinião que as construções das cidades não devem ser feitas por publicação ou por decreto e ainda consideram a medida eleitoralista.
“Entendemos que cidade é um meio onde tudo deve ser organizado e não é por decreto, ou publicação no Boletim Oficial que conseguiremos transformar uma povoação em cidade”, explicou o deputado António Monteiro acrescentado que para tal “é preciso um trabalho aturado, dedicação dos cidadãos e disponibilização de meios para construção das infra-estruturas”.
A bancada do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), que deu o seu aval à proposta, acredita que com esta medida vai ser possível impulsionar ainda mais o desenvolvimento e modernização de Cabo Verde.
“Nós todos hoje acreditamos efectivamente em Cabo Verde (…), e nós queremos as nossas populações com vilas, com cidades, convencidos que os municípios e o governo vão estar juntos na dinâmica da sua transformação”, disse o deputado Armindo Maurício.
Aprovada na generalidade, a proposta de lei vai descer agora para as comissões especializadas.
INFORPRESS/MJB/Inforpress/Fim
Com esta medida de elevar todas as sedes dos municípios à categoria de cidade, explica a ministra da Descentralização, Habitação e Ordenamento do Território, Sara Lopes, o governo pretende dar uma maior dinâmica às capitais dos concelhos e, desta feita, promover o desenvolvimento o local.
A proposta mereceu votos desfavoráveis da bancada parlamentar do Movimento para a Democracia (MPD).
O deputado Eurico Monteiro disse que o seu partido votou contra por considerar que as construções das cidades não devem passar apenas pela via do Boletim Oficial, mas sim pelo trabalho e esforço para criação de condições.
“Todos os cabo-verdianos desejam que os seus aglomerados populacionais se venham a transformar um dia na cidade. Resta apenas fazer uma opção de fundo. Se optarmos por uma opção utópica de criar cidades via boletim oficial, ou se criamos cidades via trabalho e esforço, ou, ainda, via a construção de equipamentos colectivos”, referiu o deputado.
Os deputados da UCID que, também votaram contra, igualmente são de opinião que as construções das cidades não devem ser feitas por publicação ou por decreto e ainda consideram a medida eleitoralista.
“Entendemos que cidade é um meio onde tudo deve ser organizado e não é por decreto, ou publicação no Boletim Oficial que conseguiremos transformar uma povoação em cidade”, explicou o deputado António Monteiro acrescentado que para tal “é preciso um trabalho aturado, dedicação dos cidadãos e disponibilização de meios para construção das infra-estruturas”.
A bancada do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), que deu o seu aval à proposta, acredita que com esta medida vai ser possível impulsionar ainda mais o desenvolvimento e modernização de Cabo Verde.
“Nós todos hoje acreditamos efectivamente em Cabo Verde (…), e nós queremos as nossas populações com vilas, com cidades, convencidos que os municípios e o governo vão estar juntos na dinâmica da sua transformação”, disse o deputado Armindo Maurício.
Aprovada na generalidade, a proposta de lei vai descer agora para as comissões especializadas.
INFORPRESS/MJB/Inforpress/Fim
COPA10:Van Marwijk divulga convocatória definitiva sem Mendes da Silva
O seleccionador holandês, Bert van Marwijk, revelou esta quinta-feira a lista de 23 jogadores convocados para o Mundial-2010. Sem surpresas, os nomes de Orlando Engelaar, Vurnon Anita, Jeremaine Lens e Ron Vlaar foram retirados da convocatória anterior.
Vlaar lesionou-se durante um treino num tornozelo. Engelaar e Anita não convenceram durante o particular com o México (2-1) e Lens enfrentava demasiada concorrência no ataque.
Ryan Babel mantém-se entre os eleitos de Van Marwijk. Apesar de estar lesionado num tornozelo, o avançado estará «apto para jogar no Mundial», assegurou o técnico.
Eis a lista da Holanda:
Guarda-redes: Michel Vorm (Utrecht), Maarten Stekelenburg (Ajax) e Sander Boschker (Twente);
Defesas: Khalid Boulahrouz (Estugarda / ALE), John Heitinga (Everton / ING), Joris Mathijsen (Hamburg / ALE), Andre Ooijer (PSV), Giovanni van Bronckhorst (Feyenoord), Gregory van der Wiel (Ajax), Edson Braafheid (Celtic / ESC)
Médios: Ibrahim Afellay (PSV), Nigel de Jong (Manchester City / ING), Wesley Sneijder (Inter / ITA), Stijn Schaars (AZ Alkmaar), Demy de Zeeuw (Ajax), Mark van Bommel (Bayern Munique / ALE) e Rafael van der Vaart (Real Madrid / ESP);
Avançados: Ryan Babel (Liverpool / ING), Eljero Elia (Hamburg / ALE), Klaas-Jan Huntelaar (Milan / ITA), Dirk Kuyt (Liverpool / ING), Robin van Persie (Arsenal / ING) e Arjen Robben ( Bayern Munique / ALE).
ABOLA.PT
quinta-feira, 27 de maio de 2010
CV(ASEMANA):População cabo-verdiana: “57% dos genes são de origem africana e 43 %, de origem europeia”
PRAIA-"A população cabo-verdiana é das mais miscigenadas do planeta", em que “57 por cento dos genes são de origem africana e 43 por cento são de origem europeia”. Esta é a conclusão do estudo “A diversidade genética de Cabo Verde”, realizada por Jorge Rocha, do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (Portugal).
O investigador apresentou esta semana ao público os resultados de um projecto, desenvolvido com a cooperação da Universidade de Cabo Verde, que visa a caracterização da biodiversidade do arquipélago. De acordo com o site Ciência Hoje, no que concerne à espécie humana, “as ilhas são um ponto de encontro de populações provenientes de várias regiões muito diversificadas”.
Tendo em conta que, quando foi descoberto, este arquipélago era desabitado e foi colonizado por indivíduos de origem europeia e mão de obra escrava das regiões adjacentes do continente africano, Cabo Verde tornou-se numa amálgama de populações que, noutras condições, estiveram muito diferenciadas.
Essa amálgama é visível na espécie humana a vários níveis, desde o biológico ao cultural. Visto que houve a “geração de uma enorme quantidade de biodiversidade ou uma reorganização da diversidade, muitas características que estavam separadas aparecem miscigenadas”, sublinhou o investigador do IPATIMUP.
Ilha do Fogo é a mais miscigenada
Jorge Rocha acrescentou que a distribuição da miscigenação também pode ser avaliada de ilha para ilha. A mais africana é a ilha de Santiago, a primeira a ser colonizada e onde desembarcou a grande massa dos escravos, sendo que muitas outras ilhas já foram povoadas por pessoas que eram mestiças. Já a ilha mais miscigenada é a do Fogo, a segunda a ser colonizada a partir de famílias emergentes da aristocracia mestiça local.
Relativamente aos colonos de Cabo Verde, a maior parte dos indivíduos europeus era de origem portuguesa e a maior parte dos africanos proveio, em termos históricos, da África Ocidental. A população mais africana do arquipélago é muito provavelmente originária de escravos vindos dos povos Mandinga, um dos maiores grupos étnicos da África Ocidental.
Além disso, a miscigenação deu-se quase sempre com o cruzamento de homens europeus com mulheres africanas, o que está de acordo com o povoamento uma vez que havia falta de mulheres europeias durante a colonização de Cabo Verde.
Pigmentação e cor de olhos
Uma das características mais evidentes dessa miscigenação é a pigmentação, sendo essa uma parte fulcral deste trabalho sobre a diversidade genética de Cabo Verde. Nas populações miscigenadas do arquipélago, há uma série de combinatórias dentro da mesma população que não são encontradas em outras populações africanas ou europeias. Esta variação foi estudada de uma forma quantificada através da medição da pigmentação. “É possível fazer um índice de melanina – a substância que dá cor à pele – e fazer uma distribuição da melanina”, sustentou o autor do estudo.
À descoberta dos genes
Os investigadores envolvidos neste trabalho caracterizaram 364 indivíduos de Cabo Verde, cada um deles com um milhão de marcadores genéticos. “Os indivíduos das mesmas ilhas tendem a estar mais parecidos geneticamente”, acrescenta.
A miscigenação pode ser avaliada também ao nível dos genes. Segundo as estimativas dos investigadores do IPATIMUP, “57 por cento dos genes são de origem africana e 43 por cento são de origem europeia”, o que faz de Cabo Verde uma das populações que representam mais miscigenação na Terra, “muito mais do que até em certas zonas do Brasil”.
“Sabemos que a cor da pele é hereditária, mas não sabemos muito bem quais os genes que a influenciam”, referiu Jorge Rocha. Como tal, uma das partes centrais deste trabalho tem sido usar a população de Cabo Verde para saber quais são os genes que influenciam a cor da pele e a cor dos olhos.
Recorreram assim ao marcamento por miscigenação e verificaram que pelo menos cinco genes estão responsáveis por 40 por cento da variação da cor da pele em Cabo Verde, ou seja, das diferenças entre europeus e africanos na cor da pele.
http://asemana.sapo.cv/spip.php?article53126&ak=1
O investigador apresentou esta semana ao público os resultados de um projecto, desenvolvido com a cooperação da Universidade de Cabo Verde, que visa a caracterização da biodiversidade do arquipélago. De acordo com o site Ciência Hoje, no que concerne à espécie humana, “as ilhas são um ponto de encontro de populações provenientes de várias regiões muito diversificadas”.
Tendo em conta que, quando foi descoberto, este arquipélago era desabitado e foi colonizado por indivíduos de origem europeia e mão de obra escrava das regiões adjacentes do continente africano, Cabo Verde tornou-se numa amálgama de populações que, noutras condições, estiveram muito diferenciadas.
Essa amálgama é visível na espécie humana a vários níveis, desde o biológico ao cultural. Visto que houve a “geração de uma enorme quantidade de biodiversidade ou uma reorganização da diversidade, muitas características que estavam separadas aparecem miscigenadas”, sublinhou o investigador do IPATIMUP.
Ilha do Fogo é a mais miscigenada
Jorge Rocha acrescentou que a distribuição da miscigenação também pode ser avaliada de ilha para ilha. A mais africana é a ilha de Santiago, a primeira a ser colonizada e onde desembarcou a grande massa dos escravos, sendo que muitas outras ilhas já foram povoadas por pessoas que eram mestiças. Já a ilha mais miscigenada é a do Fogo, a segunda a ser colonizada a partir de famílias emergentes da aristocracia mestiça local.
Relativamente aos colonos de Cabo Verde, a maior parte dos indivíduos europeus era de origem portuguesa e a maior parte dos africanos proveio, em termos históricos, da África Ocidental. A população mais africana do arquipélago é muito provavelmente originária de escravos vindos dos povos Mandinga, um dos maiores grupos étnicos da África Ocidental.
Além disso, a miscigenação deu-se quase sempre com o cruzamento de homens europeus com mulheres africanas, o que está de acordo com o povoamento uma vez que havia falta de mulheres europeias durante a colonização de Cabo Verde.
Pigmentação e cor de olhos
Uma das características mais evidentes dessa miscigenação é a pigmentação, sendo essa uma parte fulcral deste trabalho sobre a diversidade genética de Cabo Verde. Nas populações miscigenadas do arquipélago, há uma série de combinatórias dentro da mesma população que não são encontradas em outras populações africanas ou europeias. Esta variação foi estudada de uma forma quantificada através da medição da pigmentação. “É possível fazer um índice de melanina – a substância que dá cor à pele – e fazer uma distribuição da melanina”, sustentou o autor do estudo.
À descoberta dos genes
Os investigadores envolvidos neste trabalho caracterizaram 364 indivíduos de Cabo Verde, cada um deles com um milhão de marcadores genéticos. “Os indivíduos das mesmas ilhas tendem a estar mais parecidos geneticamente”, acrescenta.
A miscigenação pode ser avaliada também ao nível dos genes. Segundo as estimativas dos investigadores do IPATIMUP, “57 por cento dos genes são de origem africana e 43 por cento são de origem europeia”, o que faz de Cabo Verde uma das populações que representam mais miscigenação na Terra, “muito mais do que até em certas zonas do Brasil”.
“Sabemos que a cor da pele é hereditária, mas não sabemos muito bem quais os genes que a influenciam”, referiu Jorge Rocha. Como tal, uma das partes centrais deste trabalho tem sido usar a população de Cabo Verde para saber quais são os genes que influenciam a cor da pele e a cor dos olhos.
Recorreram assim ao marcamento por miscigenação e verificaram que pelo menos cinco genes estão responsáveis por 40 por cento da variação da cor da pele em Cabo Verde, ou seja, das diferenças entre europeus e africanos na cor da pele.
http://asemana.sapo.cv/spip.php?article53126&ak=1
CV/UE:Cabo Verde pondera acordo aéreo com a UE
PRAIA-O governo de Cabo Verde deverá, em breve, assinar um "acordo aéreo horizontal" com a União Europeia (UE), primeiro passo de um processo que levará a uma política de "céus abertos" à navegação aérea com os "27".
A iniciativa foi anunciada segunda-feira no Parlamento pelo ministro de Estado e das Infra-estruturas, Transportes e Telecomunicações de Cabo Verde, Manuel Inocêncio de Sousa, ao ser interpelado sobre a política de transporte e circulação de pessoas e bens.
Inocêncio de Sousa, que não adiantou mais informações sobre o acordo, sublinhou que o Estado, através da assinatura de quatro "pacotes", abriu o espaço aéreo cabo-verdiano às companhias dos principais países europeus precursores do turismo para o arquipélago.
"De uma situação em que as ligações aéreas intercontinentais de Cabo Verde eram garantidas só a partir da ilha do Sal, exclusivamente por duas companhias aéreas, para três ou quatro capitais europeias, temos hoje cerca de 20 companhias a ligar quatro aeroportos do arquipélago", disse o ministro, acrescentando que os resultados da política em discussão "são inquestionáveis".
No entender de Inocêncio de Sousa, citado pela agência cabo-verdiana Inforpress, as melhorias são conhecidas também a nível dos transportes aéreos domésticos.
Nesse sentido, lembrou que a frota doméstica dos Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV) foi renovada, tendo aumentando a sua capacidade de 144 para 184 lugares, e a entrada no mercado local de uma nova companhia, a Halcyonair.
Quanto ao processo de privatização da transportadora aérea de bandeira, a TACV, Inocêncio de Sousa sublinhou que a crise da aviação civil internacional e as dificuldades internas da própria companhia não permitiram ao governo conclui-lo, pelo que, disse, continua-se à procura de parceiros interessados.
OJE/LUSA
A iniciativa foi anunciada segunda-feira no Parlamento pelo ministro de Estado e das Infra-estruturas, Transportes e Telecomunicações de Cabo Verde, Manuel Inocêncio de Sousa, ao ser interpelado sobre a política de transporte e circulação de pessoas e bens.
Inocêncio de Sousa, que não adiantou mais informações sobre o acordo, sublinhou que o Estado, através da assinatura de quatro "pacotes", abriu o espaço aéreo cabo-verdiano às companhias dos principais países europeus precursores do turismo para o arquipélago.
"De uma situação em que as ligações aéreas intercontinentais de Cabo Verde eram garantidas só a partir da ilha do Sal, exclusivamente por duas companhias aéreas, para três ou quatro capitais europeias, temos hoje cerca de 20 companhias a ligar quatro aeroportos do arquipélago", disse o ministro, acrescentando que os resultados da política em discussão "são inquestionáveis".
No entender de Inocêncio de Sousa, citado pela agência cabo-verdiana Inforpress, as melhorias são conhecidas também a nível dos transportes aéreos domésticos.
Nesse sentido, lembrou que a frota doméstica dos Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV) foi renovada, tendo aumentando a sua capacidade de 144 para 184 lugares, e a entrada no mercado local de uma nova companhia, a Halcyonair.
Quanto ao processo de privatização da transportadora aérea de bandeira, a TACV, Inocêncio de Sousa sublinhou que a crise da aviação civil internacional e as dificuldades internas da própria companhia não permitiram ao governo conclui-lo, pelo que, disse, continua-se à procura de parceiros interessados.
OJE/LUSA
HOLANDA:Max Havelaar continua actual, 150 anos depois
AMSTERDAM-“O livro Max Havelaar, de Eduard Douwes Dekker, é tão importante para as ciências sociais na Holanda quanto o livro A Origem das Espécies, de Darwin, para a biologia”, ressalta o estudante Pablo Moleman na abertura do Simpósio Max Havelaar e Comércio Justo, organizado pela Universidade Livre de Amesterdão em 18 de Maio.
Em 2010 completam-se 150 anos que o livro Max Havelaar, escrito pelo holandês Douwes Dekker, foi publicado. O romance, considerado um clássico da literatura holandesa, foi traduzido para 140 idiomas. Chegou a Portugal, mas não ao Brasil.
No entanto, o objectivo de Douwes Dekker não era se tornar famoso como escritor. Tanto é que escreveu o livro sob o pseudónimo de Multatuli. O autor considerava sua obra como um panfleto mal redigido. A única coisa que queria com o romance, em 1860, era agitar a opinião pública em relação à opressão aos javaneses pelos colonos holandeses.
Colonização à força
Tom Pfijfer, da Sociedade Multatuli, falou ao auditório universitário sobre o poder de influência que a Holanda exercia nas Índias Orientais Holandesas (actual Indonésia) quando Douwes Dekker ali vivia. Um tempo em que 200 funcionários holandeses controlavam à força 20 milhões de habitantes. “Os nativos eram obrigados a trabalhar arduamente nas plantações e não podiam sequer ficar doentes,” contou Pfijfer.
Douwes Dekker estava à serviço do governo holandês na ilha de Java, então colónia holandesa. Quando percebeu que seu país estava enriquecendo às custas da exploração da população local, pediu demissão, se exilou na Bélgica e escreveu Max Havelaar, narrando em forma de romance o que viu e adiantando a preocupação pelo comércio justo na Holanda. Sinalizou condições que só melhoraram para os agricultores de países pobres com o passar dos séculos.
Max Havelaar
Desde 1988, Max Havelaar dá nome ao selo que garante aos consumidores de 23 países que o café ou a banana que adquirem foram produzidos de uma maneira justa em países de desenvolvimento. No ano passado, 2,9 dos 7,31 milhões de lares holandeses adquiriram produtos de comércio justo.
Peter D’Angremond, director da Associação Max Havelaar, também participou do simpósio. Ele ressaltou que o comércio justo proporciona melhores condições de trabalho aos agricultores, ajuda a igualar os direitos dos homens e das mulheres e reduz o trabalho infantil no campo. D’Angremond também afirmou que esse tipo de produção contribui com o meio ambiente por estimular a agricultura orgânica e reduzir ao mínimo o uso de pesticidas no solo.
A contribuição do comércio justo para o meio ambiente foi questionada pelo professor Michiel Keyzer, da Universidade Livre de Amesterdão. Keyzer diz que a Associação Max Havelaar não apresenta nenhum dado concreto sobre essa questão.
Na opinião de Keyzer, o comércio justo ajuda principalmente um grupo de agricultores que já está estabelecido. Como exemplo, cita que a produção de bananas e café é proveniente, em sua maioria, da América Latina e não dos países dos continentes africanos e asiáticos que são os que mais sofrem com a fome no mundo.
De volta às origens
O estudante Martin Van ‘t Veld, da Universidade de Amesterdão, foi convidado pela Universidade Livre para apresentar dados do estudo que realizou. O estudante entrevistou nove responsáveis pelo processo do estabelecimento de comércio justo na Holanda.
Para Van ‘t Veld, o mercado de comércio justo contribui para que o objectivo de Douwes Dekker seja atingido, ou seja, faz com que aumente a consciência dos consumidores para o fato de que aqueles que plantam os alimentos que vão parar na mesa dos holandeses devam ter seus direitos humanos, sociais e trabalhistas respeitados, já que a exploração, como nos temos do herói Max Havelaar, continua existindo.
RWN- Por Daniela Stefano (Foto: Nagillum)
Em 2010 completam-se 150 anos que o livro Max Havelaar, escrito pelo holandês Douwes Dekker, foi publicado. O romance, considerado um clássico da literatura holandesa, foi traduzido para 140 idiomas. Chegou a Portugal, mas não ao Brasil.
No entanto, o objectivo de Douwes Dekker não era se tornar famoso como escritor. Tanto é que escreveu o livro sob o pseudónimo de Multatuli. O autor considerava sua obra como um panfleto mal redigido. A única coisa que queria com o romance, em 1860, era agitar a opinião pública em relação à opressão aos javaneses pelos colonos holandeses.
Colonização à força
Tom Pfijfer, da Sociedade Multatuli, falou ao auditório universitário sobre o poder de influência que a Holanda exercia nas Índias Orientais Holandesas (actual Indonésia) quando Douwes Dekker ali vivia. Um tempo em que 200 funcionários holandeses controlavam à força 20 milhões de habitantes. “Os nativos eram obrigados a trabalhar arduamente nas plantações e não podiam sequer ficar doentes,” contou Pfijfer.
Douwes Dekker estava à serviço do governo holandês na ilha de Java, então colónia holandesa. Quando percebeu que seu país estava enriquecendo às custas da exploração da população local, pediu demissão, se exilou na Bélgica e escreveu Max Havelaar, narrando em forma de romance o que viu e adiantando a preocupação pelo comércio justo na Holanda. Sinalizou condições que só melhoraram para os agricultores de países pobres com o passar dos séculos.
Max Havelaar
Desde 1988, Max Havelaar dá nome ao selo que garante aos consumidores de 23 países que o café ou a banana que adquirem foram produzidos de uma maneira justa em países de desenvolvimento. No ano passado, 2,9 dos 7,31 milhões de lares holandeses adquiriram produtos de comércio justo.
Peter D’Angremond, director da Associação Max Havelaar, também participou do simpósio. Ele ressaltou que o comércio justo proporciona melhores condições de trabalho aos agricultores, ajuda a igualar os direitos dos homens e das mulheres e reduz o trabalho infantil no campo. D’Angremond também afirmou que esse tipo de produção contribui com o meio ambiente por estimular a agricultura orgânica e reduzir ao mínimo o uso de pesticidas no solo.
A contribuição do comércio justo para o meio ambiente foi questionada pelo professor Michiel Keyzer, da Universidade Livre de Amesterdão. Keyzer diz que a Associação Max Havelaar não apresenta nenhum dado concreto sobre essa questão.
Na opinião de Keyzer, o comércio justo ajuda principalmente um grupo de agricultores que já está estabelecido. Como exemplo, cita que a produção de bananas e café é proveniente, em sua maioria, da América Latina e não dos países dos continentes africanos e asiáticos que são os que mais sofrem com a fome no mundo.
De volta às origens
O estudante Martin Van ‘t Veld, da Universidade de Amesterdão, foi convidado pela Universidade Livre para apresentar dados do estudo que realizou. O estudante entrevistou nove responsáveis pelo processo do estabelecimento de comércio justo na Holanda.
Para Van ‘t Veld, o mercado de comércio justo contribui para que o objectivo de Douwes Dekker seja atingido, ou seja, faz com que aumente a consciência dos consumidores para o fato de que aqueles que plantam os alimentos que vão parar na mesa dos holandeses devam ter seus direitos humanos, sociais e trabalhistas respeitados, já que a exploração, como nos temos do herói Max Havelaar, continua existindo.
RWN- Por Daniela Stefano (Foto: Nagillum)
CV:Cabo Verde aprova taxa ecológica
PRAIA-O Parlamento de Cabo Verde aprovou, com os votos contra do Movimento para a Democracia (MpD) e da União Independente e Democrática (UCID), a taxa ecológica, que vai incidir sobre a importação de produtos nocivos ao ambiente.
O Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), que sustenta o governo, explicou o seu voto a favor com o facto de esta medida legislativa servir para aproximar as leis cabo-verdianas às regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), de que o país faz parte desde 2008.
"Esta medida vai desincentivar a importação de embalagens não biodegradáveis. Votamos a favor da convergência normativa, já que a adesão de Cabo Verde à OMC requer a adaptação da nossa legislação às normas desta organização", argumentou a deputada Eva Ortet.
O MpD explicou o seu voto contra pelo facto de a proposta estipular que as receitas recolhidas pela aplicação da taxa sejam divididas em maior percentagem para o governo, que receberá 60%, do que para os municípios, que ficarão com os restantes 40%.
O projeto de lei que cria a taxa ecológica, inicialmente apresentado no Parlamento cabo-verdiano na sessão de março de 2009, prevê a obtenção de receitas das cobranças realizadas sobre as embalagens das bebidas alcoólicas, cobrança que estará sob alçada dos serviços aduaneiros.
Segundo a proposta que o governo então apresentou, a receita dessa taxa reverteria a favor do saneamento básico e da proteção do meio ambiente, sendo rateada em 50% para o Fundo do Ambiente e a outra metade para os 22 municípios do país.
Para o deputado do MpD António Pascoal Santos, a medida "só vai servir para sufocar os municípios" cabo-verdianos, no total de 22.
"A proposta de lei, que já tinha sido retirada pelo governo para ser melhorada, não melhorou em nada, continuou a mesma e vai sufocar os municípios. Para o governo, estas receitas são insignificantes, mas para os municípios são importantes e, mesmo ao nível de protecção ao ambiente, esta proposta é uma falácia", disse.
Segundo o MpD, no orçamento dos municípios a taxa significa actualmente uma receita anual a rondar os 250 a 280 mil contos (entre 2,2 e 2,5 milhões de euros).
Para o deputado e líder da UCID, António Monteiro, a proposta, além de retirar receitas aos municípios, não resolve o problema das embalagens que são importadas.
"Não traz novidades em termos de criação de condições para que, em Cabo Verde, as embalagens importadas ou aqui produzidas tenham um destino diferente. Votamos contra porque a única novidade vem contra os interesses dos municípios. Se, na lei de 2004, os colectáveis eram destinados aos municípios, o governo resolve partir ao meio as receitas, minguando as receitas municipais", disse.
Ainda durante o dia de ontem os deputados aprovaram, em votação final global, o pacote legislativo relativo à comunicação social, que inclui o novo Estatuto do Jornalista, a Lei de Radiodifusão, alterações à Lei de Imprensa e a lei que regula o sector da televisão.
OJE/LUSA
O Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), que sustenta o governo, explicou o seu voto a favor com o facto de esta medida legislativa servir para aproximar as leis cabo-verdianas às regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), de que o país faz parte desde 2008.
"Esta medida vai desincentivar a importação de embalagens não biodegradáveis. Votamos a favor da convergência normativa, já que a adesão de Cabo Verde à OMC requer a adaptação da nossa legislação às normas desta organização", argumentou a deputada Eva Ortet.
O MpD explicou o seu voto contra pelo facto de a proposta estipular que as receitas recolhidas pela aplicação da taxa sejam divididas em maior percentagem para o governo, que receberá 60%, do que para os municípios, que ficarão com os restantes 40%.
O projeto de lei que cria a taxa ecológica, inicialmente apresentado no Parlamento cabo-verdiano na sessão de março de 2009, prevê a obtenção de receitas das cobranças realizadas sobre as embalagens das bebidas alcoólicas, cobrança que estará sob alçada dos serviços aduaneiros.
Segundo a proposta que o governo então apresentou, a receita dessa taxa reverteria a favor do saneamento básico e da proteção do meio ambiente, sendo rateada em 50% para o Fundo do Ambiente e a outra metade para os 22 municípios do país.
Para o deputado do MpD António Pascoal Santos, a medida "só vai servir para sufocar os municípios" cabo-verdianos, no total de 22.
"A proposta de lei, que já tinha sido retirada pelo governo para ser melhorada, não melhorou em nada, continuou a mesma e vai sufocar os municípios. Para o governo, estas receitas são insignificantes, mas para os municípios são importantes e, mesmo ao nível de protecção ao ambiente, esta proposta é uma falácia", disse.
Segundo o MpD, no orçamento dos municípios a taxa significa actualmente uma receita anual a rondar os 250 a 280 mil contos (entre 2,2 e 2,5 milhões de euros).
Para o deputado e líder da UCID, António Monteiro, a proposta, além de retirar receitas aos municípios, não resolve o problema das embalagens que são importadas.
"Não traz novidades em termos de criação de condições para que, em Cabo Verde, as embalagens importadas ou aqui produzidas tenham um destino diferente. Votamos contra porque a única novidade vem contra os interesses dos municípios. Se, na lei de 2004, os colectáveis eram destinados aos municípios, o governo resolve partir ao meio as receitas, minguando as receitas municipais", disse.
Ainda durante o dia de ontem os deputados aprovaram, em votação final global, o pacote legislativo relativo à comunicação social, que inclui o novo Estatuto do Jornalista, a Lei de Radiodifusão, alterações à Lei de Imprensa e a lei que regula o sector da televisão.
OJE/LUSA
FUTEBOL:Com show de Van Persie, Holanda derruba o cansado México
Atacante marca dois golos na vitória de 2 a 1 sobre o adversário, que havia sido derrotado pela Inglaterra na segunda-feira
FREIBURG-A Holanda derrotou o México por 2 a 1, nesta quarta-feira, em amistoso disputado no Badenova Stadium, em Freiburg, na Alemanha. Foi o segundo jogo dos mexicanos em três dias. Na segunda-feira, eles foram derrotados por 3 a 1 pelos ingleses no estádio de Wembley. Gâmbia e Itália serão os adversários dos próximos amistosos. Já a Holanda ainda fará jogos contra Gana e Hungria, antes da estreia na Copa do Mundo.
Os mexicanos entraram em campo visivelmente cansados, devido ao compromisso com a Inglaterra, na segunda-feira, e tiveram muitas dificuldades para segurar o ímpeto da jovem equipa da Holanda. E a seleção laranja aproveitou para abrir o marcador aos 16 minutos, por intermédio do atacante Van Persie.
Apesar de um primeiro tempo de amplo domínio, o time europeu ampliou a vantagem somente aos 41 minutos, com um belo gol de Van Persie. O atacante holandês acertou um chute de primeira, após cruzamento pela direita de ataque.
Na etapa final, o panorama se manteve nos primeiros minutos. E, aos poucos, o México foi demonstrando mais força. E esse aumento de volume de jogo resultou no gol de Javier Hernadéz, de cabeça, na pequena área da Holanda, aos 28 minutos. O time mexicano ainda tentou o gol de empate, mas a defesa laranja se postou com firmeza, garantindo a vitória.
A seleção do México está no Grupo A da Copa, com a África do Sul, a França e o Uruguai. Já a Holanda terá de enfrentar, pelo grupo E, Dinamarca, Japão e Camarões.
FONTE: GLOBOESPORTE.COM
quarta-feira, 26 de maio de 2010
ENTREVISTA COM PEDRO PIRES-por ABEL COELHO DE MORAIS e LEONÍDIO PAULO FERREIRA
"Spínola foi completamente derrotado na Guiné"
LISBOA-Combateu na Guiné pelo PAIGC de Amílcar Cabral. Foi primeiro-ministro e agora é Presidente desse Cabo Verde que merece elogios pelo seu apego à democracia. Hoje, Pedro Pires é feito doutor 'honoris causa' pela Universidade Técnica de Lisboa. Aos 74 anos, este homem exemplar fala do seu país, da ligação a Portugal, da lusofonia e até de futebol .
Enquanto combatente da luta anticolonialista e governante que balanço faz deste meio século de independências na África?
Creio que não se deve generalizar porque são realidades culturais e étnicas diferentes, são experiências históricas diferentes. É nessa base que a experiência africana dos Estados independentes deve ser vista, na sua complexidade, na sua dificuldade e também naquilo que podemos dizer ser uma falta de tradição de exercício do poder soberano. Podemos analisar o papel dos partidos que dirigiram os países ou participaram nas lutas de libertação, dos seus líderes e do contexto internacional, não só do contexto africano mas também do mundial.
Mas há casos evidentes de sucesso e casos evidentes de fracasso...
Podemos analisar os sucessos, podemos ver as rupturas, as mudanças de liderança, forçadas ou normais, durante o caminho, e a partir daí ver as diferenças. Entendo que os países que poderão ter maior sucesso, isso depende da cultura e da tradição: se durante a colonização tiveram a possibilidade de adquirir os conhecimentos e instrumentos indispensáveis para a gestão do país; se puderam exercer de alguma forma a gestão do país. Caso não tenha sido assim, é todo um caminho por descobrir. E às vezes as próprias lideranças desconhecem o seu país. Pela sua cultura, pelos locais onde adquiriram o saber, o conhecimento, este nem sempre traduz o conhecimento da própria realidade. Daí que o caminho dos países soberanos africanos tenha sido condicionado por isso. Será que as instituições estatais reflectem a realidade do próprio país ou será uma colagem? Penso que é aqui que estará a grande fraqueza.
O que leva alguém a pensar este é o momento da ruptura, de lutar por uma pátria independente?
Qualquer um está influenciado pela sua vivência, pelo seu país, por aquilo que nota nele, pelo que aí encontra de injustiça, pelo que encontra de bloqueio e nas soluções que se lhe oferecem. É preciso romper o bloqueio da discriminação.
Recorda-se do momento em que tomou essa decisão?
Não... A minha visão é a de que as pessoas crescem, vão tomando consciência da sua realidade, vão tomando consciência de si próprias, e a partir daí chega o momento de decidir. Eu, quando decidi integrar o Movimento de Libertação de Cabo Verde, estava aqui em Lisboa. Nesse momento tinha muitos amigos, pessoas com quem trocava impressões. Portanto, cresci politicamente aqui e foi aqui que tomei a decisão.
Como é que um jovem de Cabo Verde está a estudar em Portugal e, de repente, é guerrilheiro nas matas da Guiné? Nunca tinha estado na Guiné antes?
É verdade, nunca tinha estado. Mas outras pessoas com as quais eu me identificava tinham feito essa opção. E eu faço a mesma no quadro de uma luta comum, no quadro de uma nova visão para África, para o mundo, no quadro da ruptura com o colonialismo. No caso concreto, com o colonialismo português.
Diz-se que a guerra na Guiné foi diferente, que era a única ex-colónia portuguesa em que a guerrilha podia impor a independência. Sentia a vitória próxima?
Não, não tinha ideia de que estava próxima. Tinha ideia de que era possível, mas a ideia da iminência eu pessoalmente não tinha. E estou convencido de que os outros também não tinham. Mas, no momento em que houve aquilo que podemos considerar a ruptura do equilíbrio de forças a favor da guerrilha, sabia que estaria próximo. O que foi a ruptura do equilíbrio de forças? É quando o PAIGC consegue ter mísseis antiaéreos que neutralizaram a força aérea portuguesa. A partir daí reduziu-se a mobilidade das forças portuguesas. Estas, sobretudo as forças especiais, utilizavam como cobertura o avião e o helicóptero na deslocação. A partir do momento em que perdem a mobilidade fixam- -se e, claro, eram obrigados a abandonar grandes espaços. Depois do 16 de Março, nas Caldas da Rainha, creio que a partir daí estava evidente que sim, que o fim estava próximo. A data certa, jamais.
A guerra na Guiné é associada ao general Spínola. Ele era um militar temido pelo PAIGC?
Tenho dúvidas quanto a isso.
Mas era um nome importante na Guiné?
Claro que sim. Spínola construiu e trabalhou a sua imagem de grande militar. Mas, e este é um ponto de vista pessoal, Spínola foi completamente derrotado na Guiné. É desta forma que ele sai da Guiné, é desta forma que alguns dos seus colaboradores próximos também saem da Guiné. Eles foram militarmente derrotados. Se nós tínhamos respeito por ele? Claro, tem-se respeito por qualquer chefe militar, sobretudo aquele que temos à nossa frente.
Era inevitável a ruptura entre Cabo Verde e a Guiné?
Não sei. As coisas evoluem: ou vão para a convergência ou vão para a separação. Entendo que, se assim foi, é porque as coisas estavam a ir para a separação. Do nosso lado, porquê a ruptura? Entendemos que os golpes de Estado devem ser sempre evitados: quem dá o primeiro golpe de Estado justifica o segundo, e assim sucessivamente. E nós dissemos: nessa direcção não vamos.
Esse golpe em 1980 foi o prenúncio do destino trágico de Nino Vieira? Pode ser visto como o início do ciclo de golpes, contragolpes e assassínios na Guiné?
Podia não ser. É complicado...
Que memória tem de Nino?
É complicado estar a tirar esse tipo de conclusões, porque procuro ser seguro naquilo que digo, procuro compreender as razões, não tiro conclusões fáceis sobre esta ou aquela pessoa. Se se quiser, que se faça uma investigação sobre a personalidade da pessoa para chegar a uma conclusão. Agora que o golpe de Estado abre o caminho à violência é evidente. E o mal da Guiné foi o seguinte: não se soube gerir a transição de um movimento de libertação para partido político e também não se conseguiu gerir convenientemente a transformação de um movimento de libertação, de uma guerrilha, num exército regular. Até hoje, a Guiné sofre disso. Para resumir, diria que na Guiné o erro está em que não souberam civilizar o regime. Civilizar entre aspas.
Não existe o receio, atendendo à profunda crise na Guiné-Bissau, de que o problema do narcotráfico possa estender-se na região e afectar a estabilidade de Cabo Verde?
Ninguém está seguro se os seus vizinhos não estiverem seguros, a nossa segurança depende em parte da segurança da nossa região. Daí que haja necessidade de, de um lado, combater o narcotráfico no nosso país, de outro lado, combater o narcotráfico no plano regional. Mas o narcotráfico não é um fenómeno africano nem regional, é mundial. O narcotráfico põe em causa as instituições do Estado de direito e é um poder subterrâneo que quer impor as suas regras. Cabo Verde coopera com vários países e várias instituições, e colocou essa questão da segurança regional e do combate ao narcotráfico em debate. O combate ao narcotráfico tem de ser coordenado e há que ir nessa direcção.
Um elogio que se faz a Cabo Verde é a alternância democrática que conseguiu. O Presidente é disso exemplo. Como é estar no poder como primeiro-ministro, passar pela oposição e voltar a ganhar umas eleições e ser presidente?
É o combate por um sentido de vida. No seguinte sentido: lutei com sinceridade, com lealdade e com empenho para que o meu país fosse independente, trabalhei da mesma forma para que ele avançasse e se construísse o Estado soberano, para se lançarem as bases do desenvolvimento do país. Chegámos depois à conclusão de que era necessário liberalizar a economia e também politicamente o país. E assim foi.
Falou na liberalização económica e política. Pode afirmar que a democracia está estabelecida e enraizada em Cabo Verde?
Penso, pela prova que temos, que é o dia-a-dia dos cabo-verdianos. Isso já não se discute: é cultura, é o hábito. Não vejo a possibilidade de qualquer mudança ou regressão nessa questão, porque é natural.
Aí nada vai mudar?
Nada. Devemos é ter a preocupação da consolidação e aperfeiçoamento das instituições do Estado democrático. Deve haver um esforço no sentido de as tornar mais sólidas e eficientes para que sirvam o melhor possível à sociedade.
Há pouco tempo, o ex-presidente Mário Soares afirmou que talvez a independência de Cabo Verde em 1975 não devesse ter sido feita. Que comentário faz?
Acho que é a forma de o dr. Mário Soares ver as coisas. É uma opinião pessoal e talvez até seja um gesto de amizade e de valorização. Amizade e valorização de Cabo Verde e dos cabo-verdianos.
DN.PT-Combateu na Guiné pelo PAIGC de Amílcar Cabral. Foi primeiro-ministro e agora é Presidente desse Cabo Verde que merece elogios pelo seu apego à democracia. Hoje, Pedro Pires é feito doutor 'honoris causa' pela Universidade Técnica de Lisboa. Aos 74 anos, este homem exemplar fala do seu país, da ligação a Portugal, da lusofonia e até de futebol .
Angola é a grande promessa da lusofonia"
Participa de 27 a 29 no 3.º Fórum da Aliança das Civilizações no Rio de Janeiro. Enquanto estadista africano, quais considera serem no contexto do diálogo das civilizações os desafios mais relevantes ?
É preciso pensar que a guerra já não serve, não resolve os problemas da humanidade e que há uma grande maioria de pessoas que deseja um mundo diferente, ordenado, gerido de forma diferente. É fundamental que se faça a reforma das instituições internacionais, como é o caso das Nações Unidas, para que traduza este novo mundo, com os seus novos actores, porque os actores de 1945 [os cinco membros do Conselho de Segurança] continuam a dominar, mas estão a surgir novos actores, com peso, com ideias e com capacidade de intervenção. É também preciso vencer os preconceitos ancestrais, vencer os factores de desconfiança e abrir perspectivas para relações de confiança e de compreensão entre os povos, entre as culturas, entre as religiões.
Que papel pode a lusofonia, como espaço cultural e como CPLP, desempenhar nesse processo?
Cada um e todos podem dar uma contribuição. Entendo que no espaço da lusofonia podíamos escolher o Brasil para, precisamente, trabalhar para esse novo mundo. O Brasil é um espaço territorial e humano onde se encontra de tudo em matéria de culturas, de religiões, de povos. O Brasil pode representar esse novo mundo em gestação, da mesma forma que considero os Estados Unidos também esse novo mundo em gestação. Veja a esposa do Presidente, a primeira dama dos EUA, Michelle Obama, vive num palácio onde há uma lista dos trabalhadores escravos que construíram aquele palácio. O que devemos é tratar a questão e debater a questão. Vamos ver como será proximamente a realidade angolana, por exemplo. A realidade cabo-verdiana já sabemos que é uma sociedade mestiça, que a sua integração, a sua fusão já se deu. Agora poderá melhorar, mas já se deu.
Referiu Angola porque pensa que é a grande potência emergente do mundo lusófono? Ou seja, o Brasil é a certeza e Angola é uma promessa?
Acho que Angola sim, é uma promessa. Sabe porquê? Para mim, o elemento fundamental nos Estados independentes e para o seu futuro é serem capazes de pôr de pé um Estado soberano, eficaz, eficiente, estratega e inclusivo .
Na sua opinião, Angola está a conseguir isso?
Do meu ponto de vista, vai nessa direcção. Porque, vejamos, faça uma comparação entre Angola e a República Democrática do Congo. E tire a conclusão!
Estudou em Portugal, recebe hoje um doutoramento honoris causa na Universidade Técnica de Lisboa. Que ligação sentimental tem a este país? Costuma ler escritores, jornais portugueses?
Sim. Leio livros e vejo a televisão portuguesa.
Há algum escritor que aprecie?
Não gosto de ler romances, prefiro contos, ensaios. Nesse aspecto, há vários. De toda a maneira, gosto do Saramago, na medida em que a leitura dos livros dele é um autêntico exercício de conhecimento da língua, é muito complicado, a meu ver, mas é um exercício interessante para ver se a gente conhece e domina a língua.
"Não fustiguem Queiroz"
O empate da selecção de Cabo Verde com Portugal surpreendeu-o?
Foi um jogo de treino e nos jogos de treino geralmente não vemos os grandes argumentos das equipas. Mas acho que o treinador de Cabo Verde arranjou bem a defesa. E isso é muito bom, porque vamos poder arranjar o que tem sido a nossa falha nos jogos internacionais e, sobretudo, com os países africanos.
Há muitos jogadores cabo-verdianos que vivem cá. Como é relação com a comunidade emigrante?
A diáspora cabo-verdiana é uma coisa interessante. Na equipa portuguesa há, no mínimo, três: Nani, Rolando e Miguel. Poderia haver outro se viesse o Eliseu. Na equipa da Holanda há um cabo-verdiano. Na equipa da Suíça há outro. São cinco que estarão no mundial.
Já davam para meia equipa...
Não é tanto isso. De todas as maneiras, há uns 70 cabo-verdianos que jogam aqui em Portugal, um bom número para se encontrar uma equipa razoável.
Está satisfeito, mesmo fora do futebol, com a integração dos cabo- -verdianos em Portugal?
Certamente que sim. A cultura cabo- -verdiana, sobretudo através da música e da gastronomia, faz parte do quotidiano lisboeta. Agrada-me.
Voltemos ao futebol. Acha que a equipa portuguesa tem hipóteses?
Eu não tenho competência nessa matéria para estar a transformar o meu desejo em realidade. O que os portugueses devem fazer... Escolheram um treinador, deixem que o homem trabalhe, não o fustiguem.
DN.PT-Por ABEL COELHO DE MORAIS e LEONÍDIO PAULO FERREIRA
LISBOA-Combateu na Guiné pelo PAIGC de Amílcar Cabral. Foi primeiro-ministro e agora é Presidente desse Cabo Verde que merece elogios pelo seu apego à democracia. Hoje, Pedro Pires é feito doutor 'honoris causa' pela Universidade Técnica de Lisboa. Aos 74 anos, este homem exemplar fala do seu país, da ligação a Portugal, da lusofonia e até de futebol .
Enquanto combatente da luta anticolonialista e governante que balanço faz deste meio século de independências na África?
Creio que não se deve generalizar porque são realidades culturais e étnicas diferentes, são experiências históricas diferentes. É nessa base que a experiência africana dos Estados independentes deve ser vista, na sua complexidade, na sua dificuldade e também naquilo que podemos dizer ser uma falta de tradição de exercício do poder soberano. Podemos analisar o papel dos partidos que dirigiram os países ou participaram nas lutas de libertação, dos seus líderes e do contexto internacional, não só do contexto africano mas também do mundial.
Mas há casos evidentes de sucesso e casos evidentes de fracasso...
Podemos analisar os sucessos, podemos ver as rupturas, as mudanças de liderança, forçadas ou normais, durante o caminho, e a partir daí ver as diferenças. Entendo que os países que poderão ter maior sucesso, isso depende da cultura e da tradição: se durante a colonização tiveram a possibilidade de adquirir os conhecimentos e instrumentos indispensáveis para a gestão do país; se puderam exercer de alguma forma a gestão do país. Caso não tenha sido assim, é todo um caminho por descobrir. E às vezes as próprias lideranças desconhecem o seu país. Pela sua cultura, pelos locais onde adquiriram o saber, o conhecimento, este nem sempre traduz o conhecimento da própria realidade. Daí que o caminho dos países soberanos africanos tenha sido condicionado por isso. Será que as instituições estatais reflectem a realidade do próprio país ou será uma colagem? Penso que é aqui que estará a grande fraqueza.
O que leva alguém a pensar este é o momento da ruptura, de lutar por uma pátria independente?
Qualquer um está influenciado pela sua vivência, pelo seu país, por aquilo que nota nele, pelo que aí encontra de injustiça, pelo que encontra de bloqueio e nas soluções que se lhe oferecem. É preciso romper o bloqueio da discriminação.
Recorda-se do momento em que tomou essa decisão?
Não... A minha visão é a de que as pessoas crescem, vão tomando consciência da sua realidade, vão tomando consciência de si próprias, e a partir daí chega o momento de decidir. Eu, quando decidi integrar o Movimento de Libertação de Cabo Verde, estava aqui em Lisboa. Nesse momento tinha muitos amigos, pessoas com quem trocava impressões. Portanto, cresci politicamente aqui e foi aqui que tomei a decisão.
Como é que um jovem de Cabo Verde está a estudar em Portugal e, de repente, é guerrilheiro nas matas da Guiné? Nunca tinha estado na Guiné antes?
É verdade, nunca tinha estado. Mas outras pessoas com as quais eu me identificava tinham feito essa opção. E eu faço a mesma no quadro de uma luta comum, no quadro de uma nova visão para África, para o mundo, no quadro da ruptura com o colonialismo. No caso concreto, com o colonialismo português.
Diz-se que a guerra na Guiné foi diferente, que era a única ex-colónia portuguesa em que a guerrilha podia impor a independência. Sentia a vitória próxima?
Não, não tinha ideia de que estava próxima. Tinha ideia de que era possível, mas a ideia da iminência eu pessoalmente não tinha. E estou convencido de que os outros também não tinham. Mas, no momento em que houve aquilo que podemos considerar a ruptura do equilíbrio de forças a favor da guerrilha, sabia que estaria próximo. O que foi a ruptura do equilíbrio de forças? É quando o PAIGC consegue ter mísseis antiaéreos que neutralizaram a força aérea portuguesa. A partir daí reduziu-se a mobilidade das forças portuguesas. Estas, sobretudo as forças especiais, utilizavam como cobertura o avião e o helicóptero na deslocação. A partir do momento em que perdem a mobilidade fixam- -se e, claro, eram obrigados a abandonar grandes espaços. Depois do 16 de Março, nas Caldas da Rainha, creio que a partir daí estava evidente que sim, que o fim estava próximo. A data certa, jamais.
A guerra na Guiné é associada ao general Spínola. Ele era um militar temido pelo PAIGC?
Tenho dúvidas quanto a isso.
Mas era um nome importante na Guiné?
Claro que sim. Spínola construiu e trabalhou a sua imagem de grande militar. Mas, e este é um ponto de vista pessoal, Spínola foi completamente derrotado na Guiné. É desta forma que ele sai da Guiné, é desta forma que alguns dos seus colaboradores próximos também saem da Guiné. Eles foram militarmente derrotados. Se nós tínhamos respeito por ele? Claro, tem-se respeito por qualquer chefe militar, sobretudo aquele que temos à nossa frente.
Era inevitável a ruptura entre Cabo Verde e a Guiné?
Não sei. As coisas evoluem: ou vão para a convergência ou vão para a separação. Entendo que, se assim foi, é porque as coisas estavam a ir para a separação. Do nosso lado, porquê a ruptura? Entendemos que os golpes de Estado devem ser sempre evitados: quem dá o primeiro golpe de Estado justifica o segundo, e assim sucessivamente. E nós dissemos: nessa direcção não vamos.
Esse golpe em 1980 foi o prenúncio do destino trágico de Nino Vieira? Pode ser visto como o início do ciclo de golpes, contragolpes e assassínios na Guiné?
Podia não ser. É complicado...
Que memória tem de Nino?
É complicado estar a tirar esse tipo de conclusões, porque procuro ser seguro naquilo que digo, procuro compreender as razões, não tiro conclusões fáceis sobre esta ou aquela pessoa. Se se quiser, que se faça uma investigação sobre a personalidade da pessoa para chegar a uma conclusão. Agora que o golpe de Estado abre o caminho à violência é evidente. E o mal da Guiné foi o seguinte: não se soube gerir a transição de um movimento de libertação para partido político e também não se conseguiu gerir convenientemente a transformação de um movimento de libertação, de uma guerrilha, num exército regular. Até hoje, a Guiné sofre disso. Para resumir, diria que na Guiné o erro está em que não souberam civilizar o regime. Civilizar entre aspas.
Não existe o receio, atendendo à profunda crise na Guiné-Bissau, de que o problema do narcotráfico possa estender-se na região e afectar a estabilidade de Cabo Verde?
Ninguém está seguro se os seus vizinhos não estiverem seguros, a nossa segurança depende em parte da segurança da nossa região. Daí que haja necessidade de, de um lado, combater o narcotráfico no nosso país, de outro lado, combater o narcotráfico no plano regional. Mas o narcotráfico não é um fenómeno africano nem regional, é mundial. O narcotráfico põe em causa as instituições do Estado de direito e é um poder subterrâneo que quer impor as suas regras. Cabo Verde coopera com vários países e várias instituições, e colocou essa questão da segurança regional e do combate ao narcotráfico em debate. O combate ao narcotráfico tem de ser coordenado e há que ir nessa direcção.
Um elogio que se faz a Cabo Verde é a alternância democrática que conseguiu. O Presidente é disso exemplo. Como é estar no poder como primeiro-ministro, passar pela oposição e voltar a ganhar umas eleições e ser presidente?
É o combate por um sentido de vida. No seguinte sentido: lutei com sinceridade, com lealdade e com empenho para que o meu país fosse independente, trabalhei da mesma forma para que ele avançasse e se construísse o Estado soberano, para se lançarem as bases do desenvolvimento do país. Chegámos depois à conclusão de que era necessário liberalizar a economia e também politicamente o país. E assim foi.
Falou na liberalização económica e política. Pode afirmar que a democracia está estabelecida e enraizada em Cabo Verde?
Penso, pela prova que temos, que é o dia-a-dia dos cabo-verdianos. Isso já não se discute: é cultura, é o hábito. Não vejo a possibilidade de qualquer mudança ou regressão nessa questão, porque é natural.
Aí nada vai mudar?
Nada. Devemos é ter a preocupação da consolidação e aperfeiçoamento das instituições do Estado democrático. Deve haver um esforço no sentido de as tornar mais sólidas e eficientes para que sirvam o melhor possível à sociedade.
Há pouco tempo, o ex-presidente Mário Soares afirmou que talvez a independência de Cabo Verde em 1975 não devesse ter sido feita. Que comentário faz?
Acho que é a forma de o dr. Mário Soares ver as coisas. É uma opinião pessoal e talvez até seja um gesto de amizade e de valorização. Amizade e valorização de Cabo Verde e dos cabo-verdianos.
DN.PT-Combateu na Guiné pelo PAIGC de Amílcar Cabral. Foi primeiro-ministro e agora é Presidente desse Cabo Verde que merece elogios pelo seu apego à democracia. Hoje, Pedro Pires é feito doutor 'honoris causa' pela Universidade Técnica de Lisboa. Aos 74 anos, este homem exemplar fala do seu país, da ligação a Portugal, da lusofonia e até de futebol .
Angola é a grande promessa da lusofonia"
Participa de 27 a 29 no 3.º Fórum da Aliança das Civilizações no Rio de Janeiro. Enquanto estadista africano, quais considera serem no contexto do diálogo das civilizações os desafios mais relevantes ?
É preciso pensar que a guerra já não serve, não resolve os problemas da humanidade e que há uma grande maioria de pessoas que deseja um mundo diferente, ordenado, gerido de forma diferente. É fundamental que se faça a reforma das instituições internacionais, como é o caso das Nações Unidas, para que traduza este novo mundo, com os seus novos actores, porque os actores de 1945 [os cinco membros do Conselho de Segurança] continuam a dominar, mas estão a surgir novos actores, com peso, com ideias e com capacidade de intervenção. É também preciso vencer os preconceitos ancestrais, vencer os factores de desconfiança e abrir perspectivas para relações de confiança e de compreensão entre os povos, entre as culturas, entre as religiões.
Que papel pode a lusofonia, como espaço cultural e como CPLP, desempenhar nesse processo?
Cada um e todos podem dar uma contribuição. Entendo que no espaço da lusofonia podíamos escolher o Brasil para, precisamente, trabalhar para esse novo mundo. O Brasil é um espaço territorial e humano onde se encontra de tudo em matéria de culturas, de religiões, de povos. O Brasil pode representar esse novo mundo em gestação, da mesma forma que considero os Estados Unidos também esse novo mundo em gestação. Veja a esposa do Presidente, a primeira dama dos EUA, Michelle Obama, vive num palácio onde há uma lista dos trabalhadores escravos que construíram aquele palácio. O que devemos é tratar a questão e debater a questão. Vamos ver como será proximamente a realidade angolana, por exemplo. A realidade cabo-verdiana já sabemos que é uma sociedade mestiça, que a sua integração, a sua fusão já se deu. Agora poderá melhorar, mas já se deu.
Referiu Angola porque pensa que é a grande potência emergente do mundo lusófono? Ou seja, o Brasil é a certeza e Angola é uma promessa?
Acho que Angola sim, é uma promessa. Sabe porquê? Para mim, o elemento fundamental nos Estados independentes e para o seu futuro é serem capazes de pôr de pé um Estado soberano, eficaz, eficiente, estratega e inclusivo .
Na sua opinião, Angola está a conseguir isso?
Do meu ponto de vista, vai nessa direcção. Porque, vejamos, faça uma comparação entre Angola e a República Democrática do Congo. E tire a conclusão!
Estudou em Portugal, recebe hoje um doutoramento honoris causa na Universidade Técnica de Lisboa. Que ligação sentimental tem a este país? Costuma ler escritores, jornais portugueses?
Sim. Leio livros e vejo a televisão portuguesa.
Há algum escritor que aprecie?
Não gosto de ler romances, prefiro contos, ensaios. Nesse aspecto, há vários. De toda a maneira, gosto do Saramago, na medida em que a leitura dos livros dele é um autêntico exercício de conhecimento da língua, é muito complicado, a meu ver, mas é um exercício interessante para ver se a gente conhece e domina a língua.
"Não fustiguem Queiroz"
O empate da selecção de Cabo Verde com Portugal surpreendeu-o?
Foi um jogo de treino e nos jogos de treino geralmente não vemos os grandes argumentos das equipas. Mas acho que o treinador de Cabo Verde arranjou bem a defesa. E isso é muito bom, porque vamos poder arranjar o que tem sido a nossa falha nos jogos internacionais e, sobretudo, com os países africanos.
Há muitos jogadores cabo-verdianos que vivem cá. Como é relação com a comunidade emigrante?
A diáspora cabo-verdiana é uma coisa interessante. Na equipa portuguesa há, no mínimo, três: Nani, Rolando e Miguel. Poderia haver outro se viesse o Eliseu. Na equipa da Holanda há um cabo-verdiano. Na equipa da Suíça há outro. São cinco que estarão no mundial.
Já davam para meia equipa...
Não é tanto isso. De todas as maneiras, há uns 70 cabo-verdianos que jogam aqui em Portugal, um bom número para se encontrar uma equipa razoável.
Está satisfeito, mesmo fora do futebol, com a integração dos cabo- -verdianos em Portugal?
Certamente que sim. A cultura cabo- -verdiana, sobretudo através da música e da gastronomia, faz parte do quotidiano lisboeta. Agrada-me.
Voltemos ao futebol. Acha que a equipa portuguesa tem hipóteses?
Eu não tenho competência nessa matéria para estar a transformar o meu desejo em realidade. O que os portugueses devem fazer... Escolheram um treinador, deixem que o homem trabalhe, não o fustiguem.
DN.PT-Por ABEL COELHO DE MORAIS e LEONÍDIO PAULO FERREIRA
ENTREVISTA COM JOSÉ MARIA NEVES-Por José Sousa Dias
"Economia cabo-verdiana tem resistido de forma forte à crise internacional"Cauteloso, o primeiro-ministro cabo-verdiano sabe que a volatilidade da economia mundial pode afectar seriamente Cabo Verde. Mas José Maria Neves não vê sinais nem evidências de se estar a caminhar para um colapso. Pelo contrário, os dados económicos mais recentes, divulgados pelo Banco de Cabo Verde (BCV), apontam para uma ligeira retoma. O défice está sob controlo, a inflação é baixa e o país está a caminhar para uma grande transformação, alicerçada na confiança internacional. Os "clusters" Mar e Céu estão em preparação, as energias renováveis também e o "sonho" de tornar o arquipélago um "hub" tecnológico é concretizável. Portugal, bem como as empresas portuguesas, continua e continuará a ser um parceiro estratégico que poderá sair reforçado na visita oficial que José Maria Neves vai efectuar a Portugal entre 8 e 13 de Junho.
Qual é o estado de saúde da economia cabo-verdiana?
A economia cabo-verdiana tem resistido de forma forte à crise internacional. Nós tínhamos os fundamentos da economia sólidos e tomámos medidas preventivas a tempo. Conseguimos fazer face à crise e diria que, globalmente, a economia cabo--verdiana está a comportar-se bem, tendo em atenção a sua grande vulnerabilidade a choques externos e à debilidade financeira do país.
O governador do Banco de Cabo Verde diz que, em 2009, registou uma ligeira melhoria ou uma ligeira retoma. Como é que isto pode ser interpretado?
A economia cabo-verdiana, apesar da crise, está a crescer. A dívida pública global está sob controlo, a inflação é baixa, o défice público também está sob controlo e o turismo tem continuado a crescer, ainda que a um ritmo mais lento. Temos apenas a crise do sector do imobiliário turístico, com reflexos também na construção civil e que emprega uma grande quantidade de pessoas. Mas, globalmente, a economia cabo-verdiana continua a crescer, ainda que a um ritmo mais lento. Os fundamentos da economia continuam ainda sólidos e resistentes à crise.
O défice orçamental, apesar de estar nos 12,9%, traz riscos ao próprio país. Pelo facto de estar dependente da União Europeia, há o risco de, eventualmente, a economia cabo-verdiana entrar em colapso?
Os dados neste momento não nos apontam para qualquer colapso da economia cabo-verdiana. Bem pelo contrário. Mas, tendo em atenção que esta crise global tem um impacto grande na mudança da geografia económica do mundo, temos de fazer um gestão sã e prudente das finanças públicas. Temos de continuar a trabalhar para garantir o equilíbrio dos fundamentos da economia, para que tenhamos uma dívida pública global controlada de modo a que o défice público se mantenha a um nível que possamos controlar. O nosso défice público é financiado fundamentalmente com recursos externos, empréstimos concessionais e, portanto, com condições para o país poder fazer face a todos os seus compromissos internacionais. De modo que não vejo nenhum nem qualquer sinal que seja de colapso da economia cabo-verdiana.
De qualquer forma, quer as receitas quer as remessas dos emigrantes diminuíram em 2009. Há alguma perspectiva para que haja uma retoma em 2010?
Isso é reflexo da crise nos países de acolhimento. Apesar da diminuição, mantém-se ainda um nível muito aceitável.
Está agora na ordem do dia a questão do desemprego, com a apresentação dos novos métodos de cálculo da respectiva taxa. A nova metodologia aponta para 13,1%, mas o INE (Instituto Nacional de Estatística) assume que, segundo a velha fórmula, a taxa era de 20,9%. Em que ficamos?
Veja: os dois indicadores foram apresentados com toda a transparência. Há uma metodologia anterior, que contava os estudantes entre os 15 e os 18 anos que não estavam a procurar emprego e inactivos como desempregados, o que empolava grandemente a taxa de desemprego em Cabo Verde. A nova metodologia é a usada em países como Portugal e França e que não contabiliza os inactivos. A nova metodologia faz uma convergência com os países da União Europeia (UE) e daí que os dados actuais são mais próximos dos dados da UE. De todo o modo, e por uma questão de transparência, estamos a apresentar os dois dados. Para mostrar aos cabo-verdianos que não temos nada a esconder relativamente à taxa de desemprego.
Mas a taxa de desemprego continua elevada e acima dos dois dígitos?
A taxa de desemprego é elevada. Temos de continuar a trabalhar para densificar o sector privado, para convocar novos sectores que são nucleares para a criação de emprego, como a agricultura e pecuária, a indústria agro-alimentar, as energias renováveis, as tecnologias de informação e comunicação e as indústrias culturais como alavancas para gerarmos novas dinâmicas de crescimento e desenvolvimento, para gerarmos novos empregos e melhorarmos a qualidade de vida dos cabo-verdianos.
Em curso estão projectos estruturantes para a economia de Cabo Verde, nomeadamente os "clusters" "Mar" e "Céu", além da reforma administrativa e da modernização económica e administrativa. Que benefícios trarão para Cabo Verde todas estas iniciativas?
O "Cluster Mar", que se integra na nossa agenda de transformação do país, tem a ver com o aproveitamento de todas as potencialidades ligadas ao mar, desde a água, às pescas, às indústrias, ao turismo, aos desportos. Aqui, vejo a possibilidade de aproveitar todas estas potencialidades para criarmos empresas, gerarmos negócios, gerarmos empregos e criarmos novas dinâmicas que possam acelerar o ritmo de crescimento da economia cabo-verdiana. Em relação ao "Cluster Céu", temos os transportes aéreos, a nossa companhia aérea, os novos aeroportos em construção e queremos criar negócios e aproveitar esta dinâmica também para haver mais empresas e haver mais empregos em Cabo Verde. Esses são sectores que poderão contribuir para acelerar o ritmo de crescimento da economia cabo-verdiana nos próximos anos.
Transformar Cabo Verde num "hub" tecnológico é um sonho ou vai ser uma realidade?
Acho que vai ser uma realidade. Estamos a lançar as bases para a criação deste "cluster" tecnológico. Temos o Plano Estratégico para a Sociedade de Informação, temos o Plano de Acção para a Governação Tecnológica, temos o programa "Mundu Novu" e já lançámos as obras do parque tecnológico. Já há novas empresas que estão a surgir no domínio das tecnologias de informação e comunicação. Já estamos a gerir directamente o domínio ".cv" e, à volta disso, poderão surgir empresas e negócios e empregos. Está ao nosso alcance e estamos a trabalhar claramente neste sentido.
Passando agora para a questão das energias renováveis. Cabo Verde acabou de ver concedido, pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), 15 milhões de euros para o projecto das centrais eólicas nas ilhas de Santiago, Sal, São Vicente e Boavista. Quais são as metas das energias renováveis para Cabo Verde?
Até 2011, as metas são ter 25% de penetração de energias renováveis e 50% em 2020. Os quatro parques eólicos que vão ser construídos no Sal, Praia, São Vicente e Boavista integram um programa financiado pelo BEI (Banco Europeu de Investimento) e pelo BAD. É um programa de mais ou menos 65 milhões (de euros). O BAD financia 15 milhões e o BEI os restantes 50 milhões. São programas que já estão lançados, já há todo o financiamento e vamos arrancar imediatamente. E há o programa de energias renováveis, financiado por uma linha de crédito com Portugal no valor de 80 a 100 milhões de euros, que vai desenvolver um conjunto de projectos no domínio das centrais fotovoltaicas. As obras já se iniciaram aqui, na Praia e no Sal. Vai haver algumas experiências de iluminação em avenidas, aqui na Praia e em Santo Antão, e estamos a ver também a possibilidade de desenvolver estudos de geotermia para ver a possibilidade de produção de energia geotérmica também em Cabo Verde. Há a micro geração em prédios públicos, que vamos também desenvolver a nível do país, e, nesse sentido, vamos aprovar uma lei que vai permitir a micro geração de energia por famílias e empresas. Tal generalizará a produção de energias renováveis em Cabo Verde.
E para quando esta nova lei?
Este ano estaremos a lançar todos esses programas e projectos e a lançar um grande apelo aos cidadãos, às empresas e à sociedade cabo-verdiana para aproveitarmos toda esta potencialidade que temos no domínio das energias renováveis, sobretudo o sol e vento, para produzirmos energias limpas.
Portugal é e sempre foi um parceiro importante na cooperação com Cabo Verde. Vai continuar a ser assim? É um destino?
Portugal é um parceiro estratégico de Cabo Verde. Nos últimos anos houve um aumento extraordinário nas relações económicas e empresariais com Portugal. Portugal tem tido um papel fundamental no financiamento de projectos estruturantes para o desenvolvimento de Cabo Verde e penso que, em breve, vamos dar um salto muito grande, pois irei efectuar uma visita oficial a Portugal. Temos parcerias que têm funcionado muito bem. A CV Telecom, todo o grupo da Caixa Geral de Depósitos em Cabo Verde, por exemplo. De modo que as coisas estão a funcionar muito bem. São relações de um nível de excelência e temos condições de continuar nesta linha.
Quais são as datas da visita a Portugal?
Estarei em Portugal de 8 a 13, sendo que a visita oficial será 8 e 9, mas participarei nas festas do Dia de Portugal e outras comemorações.
Há a informação de que há cerca de sete mil empresas portuguesas que estão em Cabo Verde, maioritariamente em parceria com empresas cabo-verdianas. O que é que representa este número?
É uma presença muito forte. Mesmo o volume de negócios com Portugal tem aumentado muito e ultrapassa até a dimensão do país, se compararmos o peso relativo das trocas comerciais, das parcerias e dos negócios que são realizados entre os dois países. Penso que devemos continuar a trabalhar para reforçar estas parcerias que existem. A presença de empresas portuguesas em Cabo Verde tem feito um trabalho a todos os títulos muito bom e devemos encorajá-las e acompanhá-las, para que estas empresas sejam cada vez mais fortes e competitivas.
Mudando radicalmente. O que é que falta, no seu entender, fazer até ao final desta legislatura (termina em Janeiro de 2011)? O que é que ainda está por fazer até lá?
Estamos fundamentalmente a cumprir. Até ao final da legislatura, vamos ter o país 95% electrificado, vamos arrancar com o programa "Casa Para Todos", teremos o programa "Mundu Novu" em plena implementação, teremos o essencial das energias renováveis já a funcionar, teremos grandes barragens novas em construção, teremos muitos milhões de metros cúbicos de água que poderão por esta via ser mobilizados; teremos as bases essenciais para a industrialização da cultura e uma maior participação da cultura no PIB (Produto Interno Bruto) nacional e Cabo Verde estará com os alicerces para o desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação. O essencial dos nossos objectivos para esta legislatura estará cumprido se descontarmos todos os impactos da crise internacional na economia cabo-verdiana.
OJE Cabo Verde - 1º Aniversário
OJE CABO VERDE TROUXE "GRANDE ENRIQUECIMENTO" À ECONOMIA CABO-VERDIANA
José Maria Neves defende que o OJE Cabo Verde, nas bancas no arquipélago há precisamente um ano, trouxe "um grande enriquecimento" à economia e aos empresários cabo-verdianos. "Acho que é um enriquecimento grande pelos temas que o OJE Cabo Verde aborda e pela interdisciplinaridade das questões. Mais, permite a troca de informações entre o espaço lusófono, o que é extremamente importante para o desenvolvimento de negócios, para a criação de empresas e para a construção de factores de competitividade". O chefe do executivo cabo-verdiano acredita que o OJE Cabo Verde tem sido "mais um contributo" para a criação de condições para "mais dinâmica económica, mais empresas, mais negócios e mais competitividade em Cabo Verde".
OJE.PT-Por José Sousa Dias (texto) e Omar Camilo (fotos), da Agência Lusa
Qual é o estado de saúde da economia cabo-verdiana?
A economia cabo-verdiana tem resistido de forma forte à crise internacional. Nós tínhamos os fundamentos da economia sólidos e tomámos medidas preventivas a tempo. Conseguimos fazer face à crise e diria que, globalmente, a economia cabo--verdiana está a comportar-se bem, tendo em atenção a sua grande vulnerabilidade a choques externos e à debilidade financeira do país.
O governador do Banco de Cabo Verde diz que, em 2009, registou uma ligeira melhoria ou uma ligeira retoma. Como é que isto pode ser interpretado?
A economia cabo-verdiana, apesar da crise, está a crescer. A dívida pública global está sob controlo, a inflação é baixa, o défice público também está sob controlo e o turismo tem continuado a crescer, ainda que a um ritmo mais lento. Temos apenas a crise do sector do imobiliário turístico, com reflexos também na construção civil e que emprega uma grande quantidade de pessoas. Mas, globalmente, a economia cabo-verdiana continua a crescer, ainda que a um ritmo mais lento. Os fundamentos da economia continuam ainda sólidos e resistentes à crise.
O défice orçamental, apesar de estar nos 12,9%, traz riscos ao próprio país. Pelo facto de estar dependente da União Europeia, há o risco de, eventualmente, a economia cabo-verdiana entrar em colapso?
Os dados neste momento não nos apontam para qualquer colapso da economia cabo-verdiana. Bem pelo contrário. Mas, tendo em atenção que esta crise global tem um impacto grande na mudança da geografia económica do mundo, temos de fazer um gestão sã e prudente das finanças públicas. Temos de continuar a trabalhar para garantir o equilíbrio dos fundamentos da economia, para que tenhamos uma dívida pública global controlada de modo a que o défice público se mantenha a um nível que possamos controlar. O nosso défice público é financiado fundamentalmente com recursos externos, empréstimos concessionais e, portanto, com condições para o país poder fazer face a todos os seus compromissos internacionais. De modo que não vejo nenhum nem qualquer sinal que seja de colapso da economia cabo-verdiana.
De qualquer forma, quer as receitas quer as remessas dos emigrantes diminuíram em 2009. Há alguma perspectiva para que haja uma retoma em 2010?
Isso é reflexo da crise nos países de acolhimento. Apesar da diminuição, mantém-se ainda um nível muito aceitável.
Está agora na ordem do dia a questão do desemprego, com a apresentação dos novos métodos de cálculo da respectiva taxa. A nova metodologia aponta para 13,1%, mas o INE (Instituto Nacional de Estatística) assume que, segundo a velha fórmula, a taxa era de 20,9%. Em que ficamos?
Veja: os dois indicadores foram apresentados com toda a transparência. Há uma metodologia anterior, que contava os estudantes entre os 15 e os 18 anos que não estavam a procurar emprego e inactivos como desempregados, o que empolava grandemente a taxa de desemprego em Cabo Verde. A nova metodologia é a usada em países como Portugal e França e que não contabiliza os inactivos. A nova metodologia faz uma convergência com os países da União Europeia (UE) e daí que os dados actuais são mais próximos dos dados da UE. De todo o modo, e por uma questão de transparência, estamos a apresentar os dois dados. Para mostrar aos cabo-verdianos que não temos nada a esconder relativamente à taxa de desemprego.
Mas a taxa de desemprego continua elevada e acima dos dois dígitos?
A taxa de desemprego é elevada. Temos de continuar a trabalhar para densificar o sector privado, para convocar novos sectores que são nucleares para a criação de emprego, como a agricultura e pecuária, a indústria agro-alimentar, as energias renováveis, as tecnologias de informação e comunicação e as indústrias culturais como alavancas para gerarmos novas dinâmicas de crescimento e desenvolvimento, para gerarmos novos empregos e melhorarmos a qualidade de vida dos cabo-verdianos.
Em curso estão projectos estruturantes para a economia de Cabo Verde, nomeadamente os "clusters" "Mar" e "Céu", além da reforma administrativa e da modernização económica e administrativa. Que benefícios trarão para Cabo Verde todas estas iniciativas?
O "Cluster Mar", que se integra na nossa agenda de transformação do país, tem a ver com o aproveitamento de todas as potencialidades ligadas ao mar, desde a água, às pescas, às indústrias, ao turismo, aos desportos. Aqui, vejo a possibilidade de aproveitar todas estas potencialidades para criarmos empresas, gerarmos negócios, gerarmos empregos e criarmos novas dinâmicas que possam acelerar o ritmo de crescimento da economia cabo-verdiana. Em relação ao "Cluster Céu", temos os transportes aéreos, a nossa companhia aérea, os novos aeroportos em construção e queremos criar negócios e aproveitar esta dinâmica também para haver mais empresas e haver mais empregos em Cabo Verde. Esses são sectores que poderão contribuir para acelerar o ritmo de crescimento da economia cabo-verdiana nos próximos anos.
Transformar Cabo Verde num "hub" tecnológico é um sonho ou vai ser uma realidade?
Acho que vai ser uma realidade. Estamos a lançar as bases para a criação deste "cluster" tecnológico. Temos o Plano Estratégico para a Sociedade de Informação, temos o Plano de Acção para a Governação Tecnológica, temos o programa "Mundu Novu" e já lançámos as obras do parque tecnológico. Já há novas empresas que estão a surgir no domínio das tecnologias de informação e comunicação. Já estamos a gerir directamente o domínio ".cv" e, à volta disso, poderão surgir empresas e negócios e empregos. Está ao nosso alcance e estamos a trabalhar claramente neste sentido.
Passando agora para a questão das energias renováveis. Cabo Verde acabou de ver concedido, pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), 15 milhões de euros para o projecto das centrais eólicas nas ilhas de Santiago, Sal, São Vicente e Boavista. Quais são as metas das energias renováveis para Cabo Verde?
Até 2011, as metas são ter 25% de penetração de energias renováveis e 50% em 2020. Os quatro parques eólicos que vão ser construídos no Sal, Praia, São Vicente e Boavista integram um programa financiado pelo BEI (Banco Europeu de Investimento) e pelo BAD. É um programa de mais ou menos 65 milhões (de euros). O BAD financia 15 milhões e o BEI os restantes 50 milhões. São programas que já estão lançados, já há todo o financiamento e vamos arrancar imediatamente. E há o programa de energias renováveis, financiado por uma linha de crédito com Portugal no valor de 80 a 100 milhões de euros, que vai desenvolver um conjunto de projectos no domínio das centrais fotovoltaicas. As obras já se iniciaram aqui, na Praia e no Sal. Vai haver algumas experiências de iluminação em avenidas, aqui na Praia e em Santo Antão, e estamos a ver também a possibilidade de desenvolver estudos de geotermia para ver a possibilidade de produção de energia geotérmica também em Cabo Verde. Há a micro geração em prédios públicos, que vamos também desenvolver a nível do país, e, nesse sentido, vamos aprovar uma lei que vai permitir a micro geração de energia por famílias e empresas. Tal generalizará a produção de energias renováveis em Cabo Verde.
E para quando esta nova lei?
Este ano estaremos a lançar todos esses programas e projectos e a lançar um grande apelo aos cidadãos, às empresas e à sociedade cabo-verdiana para aproveitarmos toda esta potencialidade que temos no domínio das energias renováveis, sobretudo o sol e vento, para produzirmos energias limpas.
Portugal é e sempre foi um parceiro importante na cooperação com Cabo Verde. Vai continuar a ser assim? É um destino?
Portugal é um parceiro estratégico de Cabo Verde. Nos últimos anos houve um aumento extraordinário nas relações económicas e empresariais com Portugal. Portugal tem tido um papel fundamental no financiamento de projectos estruturantes para o desenvolvimento de Cabo Verde e penso que, em breve, vamos dar um salto muito grande, pois irei efectuar uma visita oficial a Portugal. Temos parcerias que têm funcionado muito bem. A CV Telecom, todo o grupo da Caixa Geral de Depósitos em Cabo Verde, por exemplo. De modo que as coisas estão a funcionar muito bem. São relações de um nível de excelência e temos condições de continuar nesta linha.
Quais são as datas da visita a Portugal?
Estarei em Portugal de 8 a 13, sendo que a visita oficial será 8 e 9, mas participarei nas festas do Dia de Portugal e outras comemorações.
Há a informação de que há cerca de sete mil empresas portuguesas que estão em Cabo Verde, maioritariamente em parceria com empresas cabo-verdianas. O que é que representa este número?
É uma presença muito forte. Mesmo o volume de negócios com Portugal tem aumentado muito e ultrapassa até a dimensão do país, se compararmos o peso relativo das trocas comerciais, das parcerias e dos negócios que são realizados entre os dois países. Penso que devemos continuar a trabalhar para reforçar estas parcerias que existem. A presença de empresas portuguesas em Cabo Verde tem feito um trabalho a todos os títulos muito bom e devemos encorajá-las e acompanhá-las, para que estas empresas sejam cada vez mais fortes e competitivas.
Mudando radicalmente. O que é que falta, no seu entender, fazer até ao final desta legislatura (termina em Janeiro de 2011)? O que é que ainda está por fazer até lá?
Estamos fundamentalmente a cumprir. Até ao final da legislatura, vamos ter o país 95% electrificado, vamos arrancar com o programa "Casa Para Todos", teremos o programa "Mundu Novu" em plena implementação, teremos o essencial das energias renováveis já a funcionar, teremos grandes barragens novas em construção, teremos muitos milhões de metros cúbicos de água que poderão por esta via ser mobilizados; teremos as bases essenciais para a industrialização da cultura e uma maior participação da cultura no PIB (Produto Interno Bruto) nacional e Cabo Verde estará com os alicerces para o desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação. O essencial dos nossos objectivos para esta legislatura estará cumprido se descontarmos todos os impactos da crise internacional na economia cabo-verdiana.
OJE Cabo Verde - 1º Aniversário
OJE CABO VERDE TROUXE "GRANDE ENRIQUECIMENTO" À ECONOMIA CABO-VERDIANA
José Maria Neves defende que o OJE Cabo Verde, nas bancas no arquipélago há precisamente um ano, trouxe "um grande enriquecimento" à economia e aos empresários cabo-verdianos. "Acho que é um enriquecimento grande pelos temas que o OJE Cabo Verde aborda e pela interdisciplinaridade das questões. Mais, permite a troca de informações entre o espaço lusófono, o que é extremamente importante para o desenvolvimento de negócios, para a criação de empresas e para a construção de factores de competitividade". O chefe do executivo cabo-verdiano acredita que o OJE Cabo Verde tem sido "mais um contributo" para a criação de condições para "mais dinâmica económica, mais empresas, mais negócios e mais competitividade em Cabo Verde".
OJE.PT-Por José Sousa Dias (texto) e Omar Camilo (fotos), da Agência Lusa
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