inamarca congela despesa do Estado até 2012 e corta salários dos políticos
COPENHAGA-O primeiro-ministro dinamarquês, Lars Loekke Rasmussen, anunciou hoje que a despesa do Estado vai ser congelada pelos níveis de 2010 até 2012, com vista a reduzir o défice orçamental do país.
Na conferência de imprensa de apresentação do plano, o líder do Executivo considerou que os dinamarqueses deviam ficar "satisfeitos por continuarem nos próximos 730 dias com o mesmo nível de benefícios sociais que hoje".
Já em Fevereiro, o responsável tinha anunciado medidas para cortar 3,2 mil milhões de euros em despesa até 2013.
Estas medidas fazem parte do plano para reduzir o défice público dos actuais 5,5% para 3% do PIB (Produto Interno Bruto), tal como definido no Plano de estabilidade e Crescimento.
Apesar de a Dinamarca não ter o euro como moeda, está ligada à Zona Euro através de um acordo de cooperação pelo que segue os mesmos critérios dos países que partilham o euro quanto às finanças públicas.
De acordo com o plano hoje apresentado, os montantes atribuídos no âmbito do subsídio de desemprego, apoio a estudantes, pensões, entre outros benefícios, vão continuar congelados pelos níveis de 2010 até final de 2012.
Já o corte na saúde, que estava planeado entrar em vigor em Janeiro de 2011, vai ser adiado, disse Rasmussen.
O responsável afirmou que o exemplo no corte da despesa começa no próprio governo com a decisão de "reduzir os salários dos ministros nos próximos dois anos" em 5%.
"Há uma crise de crédito na Europa. Enquanto não estamos na mesma situação da Grécia, Espanha e Portugal, devemos ser vigilantes e ter a certeza de que pagamos as nossas dívidas", acrescentou.
O plano hoje apresentado, e que foi criticado pela oposição de esquerda por ser desequilibrado, é discutido e votado no parlamento dinamarquês em Junho.
OJE/LUSA
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