Os países lusófonos de África resistiram à crise global, mesmo os mais frágeis, como Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, mas carecem todos de "reformas urgentes" para estimularem as suas economias.
O diagnóstico foi feito ontem em Abidjan, capital da Costa do Marfim, pelas organizações Banco Africano de Desenvolvimento (BAfD), Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e Comissão Económica para África da ONU, no seu relatório anual Perspectivas Económicas Africanas.
A estimativa para 2010 é a da retoma do crescimento económico para os países lusófonos de África, todos eles registando níveis acima dos alcançados em 2009: Angola (7,4%), Cabo Verde (5,1%), Guiné-Bissau (3,4%), Moçambique (5,1%) e São Tomé e Príncipe (4,6%). De acordo com estes valores, todos os países africanos lusófonos, à excepção da Guiné-Bissau, crescem acima da média prevista para o continente, 4,5%.
O problema é que mesmo alunos bem comportados como Moçambique, que todos os anos tem vindo a receber elogios daquelas organizações, carecem de reformas, segundo o documento. Ao país do Índico é-lhe feita uma exigência habitual: que flexibilize as suas leis laborais e de uso da terra; à Guine-Bissau e a São Tomé pede-se-lhes estabilidade e empenho políticos; a Cabo Verde que invista nas infraestruturas e a Angola o relaxamento do controlo político e económico por parte do Governo central.
Grande dependência da ajuda externa, no caso de Moçambique, Guiné-Bissau e Cabo Verde, altas taxas de pobreza, em todos os países excepto em Cabo Verde, prevalência da corrupção, das doenças endémicas, da baixa escolaridade, da fraca formação e da insuficiente cobrança fiscal, são comuns aos cinco. África vai registar em 2010 uma retoma no crescimento de 4,5%, mas a grave crise económica global vai tornar difícil aos países africanos alcançarem os Objectivos do Milénio.
http://oje.sapo.cv/noticias/nacional/reformas-nos-palop-sao-urgentes
Um dos caminos para se estimular este crescimento é nada mais que investimento na Educação, seja ela em vários níveis, pois com uma grande parcela saindo do país para estudar fora, e voltando formados não conseguem um mercado de trabalho incentivador, sendo assim de nada adianta a qualificação da mão-de-obra se não há incentivo para a abertura de novas empresas e novos ramos de mercado para uma melhoria que pode ser até de curto prazo das populações destes países.
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