Presidente da República portuguesa foi ovacionado em Mindelo, no último dia da visita oficial a Cabo Verde.
MINDELO-Na hora da despedida a Cavaco Silva, o Presidente cabo-verdiano Pedro Pires preferiu falar do lado humano: "A confiança que se traduz na informalidade, que supera os protocolos, passa por cima dos formalismos e faz ultrapassar as barreiras".
Pedro Pires falava ao lado de Cavaco Silva, pouco antes de terminadas as atividades previstas para este último dia da visita oficial do Presidente português a Cabo Verde, já na cidade do Mindelo, na ilha de São Vicente.
Na cidade, à qual chegou de manhã, Cavaco Silva foi recebido ao som de uma coladeira e uma morna por uma pequena multidão à chegada à Câmara Municipal, cumprimentou os populares e expressou a sua "emoção" num discurso sentido, à porta da réplica da Torre de Belém, construída em 1929 mas cuja recuperação foi agora terminada.
"Este é um símbolo muito português de encontro de mundos com outras gentes e culturas", afirmou o Presidente da República, salientando que a sua reabilitação "é também um sinal de relações amigas e fraternas, prova da cooperação fluida e mutuamente benéfica".
Novo centro cultural no Mindelo
"Portugal valoriza muito a voz estabilizadora de Cabo Verde em África, a proximidade e convergência de pontos de vista", disse ainda o Presidente português.
A visita concluiu-se com uma apresentação feita pela ministra das Finanças cano-verdiana, Cristina Duarte, sobre o futuro cluster do mar, a nova aposta de desenvolvimento estratégico de Cabo Verde e na qual Portugal está particularmente interessado.
Durante a visita a Mindelo, foi assinado um protocolo entre o Instituto Camões e a Câmara Municipal de São Vicente, pelo qual esta cede um terreno na zona histórica para a construção de um centro cultural português.
O instituto tem agora dois anos para construir o centro, cujo concurso de ideias já foi trazido pela própria Ana Paula Laborinho, presidente do Instituto Camões. O centro deverá ter uma sala multifunções, uma biblioteca e um espaço para dar aulas de formação.
Luísa Meireles, em Cabo Verde (www.expresso.pt)
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