A iniciativa é da ANMCV, cujo presidente, Francisco Tavares, afirmou esta manhã na sessão de abertura do encontro de dois dias, que o objectivo é criar instrumento de diálogo técnico e político que favoreça a discriminação positiva e promover novo paradigma de desenvolvimento local com padrões universais.
Os municípios de Cabo Verde, disse o autarca de Santa Catarina, gerem 90 por cento dos problemas do país com apenas dez por cento do Orçamento do Estado porque, afinal, pela terra grassam “desigualdades” e falta solidariedade.
“Os cabo-verdianos geram renda suficiente para que não haja pobres no país. Existe pobreza porque existem desigualdades”, assegurou o presidente da ANMCV.
Os concelhos querem ser parte da solução de problemas como a violência, a insegurança e as desigualdades sociais porque, aliás, têm “pensamento e visão estratégicos”. São “incontornáveis”, segundo Francisco Tavares.
Os autarcas discutem hoje e amanhã a matriz e deverão elaborar depois a carta de política de convergência a ser apresentada em Julho. Mas antes os municípios devem empenhar-se na elaboração dos planos operacionais para a convergência.
Encontram-se na reunião do Mindelo representantes dos 22 municípios do país, mas apenas quatro presidentes de câmara, nomeadamente da Boa Vista, do Tarrafal e de Santa Catarina e da Brava.
Isaura Gomes, presidente da Câmara de São Vicente, não pôde estar na abertura do encontro, por razões de saúde, tal como não esteve a ministra da Descentralização e Ordenamento do Território, Sara Lopes, mas por motivo de agenda.
O secretário-geral da ANMCV, Walter Sá, informou que também o primeiro-ministro José Maria Neves não poderá presidir à sessão de encerramento, como previsto, por razões “agenda apertada".
Sapo.cv/AT/Inforpress/Fim
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