PRAIA-O presidente do MpD acusa elementos da Polícia Nacional da Brava de dar aos cidadãos palmatoadas e esbofetear nas esquadras. Um ataque que surge depois de uma visita de Carlos Veiga àquela ilha. Em conferência de imprensa, o presidente do MpD revelou que, depois de uma visita à Brava constatou que “há muitas pessoas que se queixam de elementos da Polícia terem atitudes de abuso e violência”. “As pessoas contam que há pessoas que são algemadas para depois serem esbofeteadas”, afirma Carlos Veiga.
“Ficámos bastante surpreendidos com alguns relatos. Várias pessoas queixaram-se de que na esquadra se pune as pessoas com palmatoadas", declarou Carlos Veiga, que lembrou que a Brava “nem sequer tem cadeia civil, porque os presos preventivos têm de ir para o Fogo”.
Uma atitude que o presidente do MPD repudia e lembra que estamos “em pleno século XXI, em plena democracia e este tipo de atitude não pode ser aceitável”. “Isto viola a ética policial, os mais elementares direitos do homem e viola a dignidade da pessoa humana”, manifestou Veiga.
Perante estas denúncias, e relembrando que também já houve queixas do mesmo tipo de actos na ilha do Fogo, o líder da oposição exige ao governo, em especial o Primeiro-ministro, que leve a sério estes relatórios, mande investigar e tome medidas.
“O nosso grande problema é que o governo parece não dar importância a isto, pelo contrário, de alguma forma parece haver instruções nesse sentido. É isto que nós queremos que seja clarificado e visto pelo governo porque queremos que as autoridades sejam respeitadas e amigas das pessoas”.
Carlos Veiga apela também à Comissão Nacional dos Direitos Humanos para “ir à Brava escutar a população” assim como à Ordem dos Advogados, que “também deve agir em conformidade, para evitar situações que se podem vir a lamentar”.
Carlos Veiga revelou aos jornalistas que “não é legítimo o sequestro” feito na Câmara de São Vicente, apesar de defender que se façam buscas às instituições quando houver indícios para isso. O líder ventoinha refere ainda que está convencido que essa actuação teve “motivação política” e pede que a justiça funcione de forma igual para todos e não a duas velocidades. Em conferência de imprensa, o líder da oposição tornou pública a reacção formal do partido em relação às buscas efectuadas na Câmara Municipal de São Vicente (CMSV), na terça-feira passada.-
Líder do MpD considera ilegítimo “sequestro” na Câmara de São Vicente
Carlos Veiga deixou claro que é “pelo rigor e transparência” e que havendo indícios e ordem judicial “é legítimo que se façam buscas”. O que o líder ventoinha criticou foi a forma como estas buscas foram feitas.
“O que não nos parece legítimo é sequestrar uma câmara municipal por via da intervenção policial armada para fazer essas buscas. Não é aceitável que isso se faça como se tratasse de um covil de criminosos. Não é um covil de criminosos, é uma instituição representativa da população da ilha de São Vicente, portanto devem merecer toda a consideração”.
O líder da oposição levantou ainda a suspeita de que estas buscas tiveram “motivação política” uma vez que “coincidiram com o dia em que o PAICV fez críticas à CMSV”. “Também acreditamos que terá muito a ver com sondagens que saíram recentemente e que mostram que a CMSV é muito bem vista pela população e se encontra em alto apreço dos eleitores”, acrescentou.
Carlos Veiga não parou por aqui as apreciações e acusou a justiça de funcionar a duas velocidades. “Não podemos aceitar que a justiça se faça a duas velocidades. Que umas denúncias dêem em processos que se exprimem desta forma aparatosa e que há outros processos que ficam a guardar na gaveta, não se sabe de quem, sem que se tomem medidas. Não vamos aceitar isso e criticamos esta justiça de duas velocidades, porque é suspeita e a justiça não só tem de ser independente como também tem de parecer independente”.
O líder ventoinha exigiu ainda ao Ministério Público que actue em todos os sítios onde haja indícios de crime. "Já foram denunciados indícios de ilegalidades de várias outras instituições, mesmo municipais, e não vimos nenhuma actuação nesse sentido”.
Carlos Veiga deixou clara que “estas críticas são legítimas, porque são feitas no exercício do direito da crítica e não como forma de pressão como já disseram”.
ASEMANA.CV-POR IMN
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