Um juiz espanhol colocou hoje em prisão preventiva o advogado e activista basco Joseba Agudo, suspeito de ligações a membros da ETA em países como Portugal, Cabo Verde ou Cuba
O activista basco, conhecido como «Pagoa», foi colocado em prisão preventiva por suspeita de integração na organização terrorista, com base em documentos que ligam o detido a elementos da ETA evadidos na América, África e Europa, segundo a imprensa espanhola.
O juiz Fernando Grande Marlaska afirma que Agudo revelou conhecer «com muita exactidão a situação dos membros da ETA que se encontram a residir em Cabo Verde».
Segundo o diário El País, afirmou ainda que Agudo acompanha «o estado legal de José Luís Telletxea em Portugal» - um basco residente em Portugal que foi detido em 1996, acusado por Espanha de colaborar com a ETA.
Nos documentos citados pelo juiz, o advogado e activista basco revela conhecer o «protocolo de fuga» dos etarras e levanta a possibilidade de «enviar alguns militantes a terceiros países europeus».
Os documentos - apreendidos a um dos líderes da ETA já detidos - mostram ainda que Agudo teve que atrasar um viagem a Cuba, em Setembro de 2008, «atendendo a um pedido realizado pelo Governo desse país», segundo escreve o juiz no auto.
A Venezuela aparece também citada, com referências a que o activista basco controlava também militantes da ETA nesse país.
Joseba Agudo, advogado do chamado Movimento Pró Amnistia de apoio a presos da ETA, foi detido a 28 de Outubro na localidade francesa de Hendaya e entregue na quinta-feira às autoridades espanholas.
Sol/ Lusa
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