sexta-feira, 16 de abril de 2010

ISLÂNDIA:Espaço aéreo fechado sobre grande parte da Europa

O espaço aéreo sobre grande parte da Europa Ocidental está ou será fechado. Esta medida drástica foi tomada por causa da enorme nuvem de cinzas provocada pela erupção do vulcão Eyjafjallajokull, na Islândia.
Aviões têm que permanecer distantes da nuvem de cinzas que agora flutua sobre Bélgica, Holanda e Luxemburgo. Para a saúde pública, até onde se sabe, não há riscos. Já o pôr-do-sol será visto com um vermelho intenso por causa das partículas de cinza na atmosfera.
Nuvem de cinzas
A nuvem vulcânica está a mais de dez quilómetros de altura e com o vento se espalha por grandes distâncias. A maioria dos aeroportos do noroeste europeu já está fechada ou serão fechados nas próximas horas. Todas as pessoas que deveriam viajar nos próximos dias são aconselhadas a fazer contacto com as companhias aéreas para informações sobre os voos. Os aeroportos também possuem informações actualizadas.
O aeroporto mais movimentado da Europa, Heathrouw, em Londres, também está fechado. O serviço meteorológico está acompanhando o curso da nuvem de cinzas via satélite e o problema deve continuar por alguns dias.
Danos
Cinzas de vulcão são compostas de rocha pulverizada e minerais. Isso pode danificar os aviões. A cinza pode ser sugada para a cabine e, com isso, os passageiros correm perigo e os equipamentos electrónicos são danificados.
O maior perigo ocorre se as cinzas vulcânicas forem sugadas para os motores. A cinza pode bater contra as paredes da câmara de combustão e provocar uma parada do motor, o chamado flame-out.
Casos anteriores
Em 1989, um jumbo da KLM foi atingido por uma nuvem de cinzas sobre o Alasca. Todos os quatro motores pararam de funcionar e poeira vulcânica penetrou na cabine. Em cinco minutos sem os motores, o avião perdeu quilómetros de altitude. A tripulação conseguiu reactivar os motores quando o avião estava a apenas dois quilómetros acima das montanhas. As janelas do cockpit ficaram opacas, como se tivessem recebido um jacto de areia.
Alguns anos antes, um Boeing-747 da British Airways passou pela mesma situação na Austrália. O avião perdeu sete quilómetros de altitude até que os pilotos conseguissem reiniciar os motores.
RW-Por Peter van Beem

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