LUANDA-O Ministro de Estado da Coordenação Económica angolano, Manuel Nunes Júnior, considerou hoje em Luanda que a Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (SONANGOL) é uma empresa "exemplar", que cumpre "integralmente com as suas funções".
Manuel Nunes Júnior, em declarações à rádio nacional angolana à margem de uma cerimónia de tomada de posse dos novos administradores executivos da Sonangol, justificou a sua afirmação com o facto de a petrolífera angolana encerrar e publicar com pontualidade as suas contas, demonstrando "transparência".
"A Sonangol é uma empresa que tem as suas contas auditadas por empresas de reputação internacional", lembrou o ministro, sublinhando que isso é também um indicador importante de que é "uma empresa que cumpre com as regras internacionais" nesse domínio.
O ministro disse ainda que é motivo de regozijo o facto de a Sonangol publicar no seu site as contas auditadas, dos últimos exercícios.
Durante o processo negocial que envolveu o empréstimo do FMI a Angola, em 2009, denominado "stand by", no valor de 1,4 mil milhões de dólares, pago em tranches, para equilibrar a balança de pagamentos, uma das exigências do fundo foi a transparência das contas da petrolífera angolana.
As mesmas contas, sobre os dividendos do petróleo, levaram há alguns anos a um resfriar do relacionamento entre Luanda e o FMI, devido à sua alegada opacidade, que só foi retomado agora, em finais de 2009, com o empréstimo "stand by".
As contas da Sonangol só nos últimos dois a três anos é que começaram a ser publicadas no sítio electrónico da empresa.
Actualmente, Angola produz cerca de 1,8 milhões de barris de petróleo por dia, para um potencial de dois milhões, sendo a diferença a limitação imposta pela OPEP para controlo dos preços.
Angola é o maior produtor da África subsaariana, tendo ultrapassado a Nigéria no início de 2009.
OJE/LUSA
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