O ministro dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde considera que a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) é hoje, e cada vez mais, "uma realidade geopolítica e geoeconómica incontornável" no contexto internacional.
José Brito ressalvou, no entanto, que o continente africano terá de capitalizar as suas potencialidades.
O governante falava na abertura da reunião do Conselho de Ministros da CEDEAO, que vai debruçar-se sobre a eleição de um novo presidente da Comissão, bem como a definição de critérios para a rotação de postos estatutários, temas que vão ser submetidos à aprovação, na sexta-feira, na 38.ª Cimeira Ordinária da organização oeste-africana.
A nível regional o ministro cabo-verdiano é de opinião de que não é possível idealizar as relações com a África Ocidental sem levar em consideração a CEDEAO.
"Estamos convencidos de que o futuro da nossa sub-região depende sobremaneira do aprofundamento da nossa integração e da integração africana no seu todo, se tivermos em conta os ingentes desafios que se vislumbram, mormente os decorrentes do fenómeno da globalização", acrescentou.
Neste contexto José Brito defende que África terá de capitalizar melhor as suas potencialidades, bem como "melhorar também a sua imagem, vencer os desafios da paz e da segurança e assumir, cada vez mais, a via do desenvolvimento".
Para o chefe da diplomacia cabo-verdiana outros objectivos passam pela "luta efectiva" contra a pobreza e por uma "melhor disciplina, organização e eficiência" para que as metas que a comunidade persegue se realizem "sem constrangimentos de maior".
"A nossa organização tem avançado, disso não tenho dúvidas. Mas, ao mesmo tempo, todos temos a consciência de que resta ainda muito por fazer na senda da nossa integração regional", defendeu José Brito.
"É uma tarefa que incumbe a todos e a cada um dos [15] Estados-membros: o apoio a prestar à Comissão, dotando-a de previsibilidade funcional e de capacidade operacional para empreender as reformas e os programas necessários e com resultados", sustentou.
Do ponto de vista institucional, o Ministério dos Negócios Estrangeiros cabo-verdiano referiu que já foram conseguidos "progressos em outros domínios", nomeadamente no Tribunal e do Parlamento da CEDEAO.
OJE/LUSA
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