São Nicolau: Criação de cabras uma actividade económica por explorar
01 de Julho de 2010, 19:13
VILA DA RIBEIRA BRAVA-Uma das raças de cabra leiteira presentes na feira agro-pecuária realizada nos dias 25 e 26 de Junho na vila da Ribeira Brava foi a Saanen, de origem suíça, mais concretamente do vale do rio Saanen.
O seu dono, morador na vila da vila da Ribeira Brava, não tem na criação de animais o seu principal modo de vida, embora considere as cabras dessa raça uma grande fonte de rendimento.
Carlos Andrade é professor do Ensino Básico Integrado e aproveita os seus tempos livres para se dedicar à sua pequena criação de cabras e carneiros.
Dedica-se à criação de animais não apenas por paixão, mas também por a considerar uma actividade geradora de rendimentos, juntando deste modo o útil ao agradável.
O jovem professor disse à Inforpress que tem 15 cabras de raça Saanen, encontrando-se algumas em período de gestação. “Neste momento tenho uma produção diária de leite que oscila entre os 20 e os 23 litros de leite”, faz saber.
Transforma esse leite em queijo e vende cada unidade por 220 escudos.
“Com a actual produção de leite, fabrico diariamente entre 11 a 13 queijos”, acrescenta.
Segundo Carlos Andrade, a cabra de raça saanen, além dos três litros de leite que pode garantir todos os dias, só deixa de produzir quando cruzada, o que não acontece com as cabras de outras raças.
“Pode produzir a mesma quantidade de leite durante quatro anos sem parar, desde que se lhe dê uma alimentação devida”, precisa.
Natural de Campinho, mas com morada na vila da Ribeira Brava, Carlos Andrade disse que uma cabra saanen custa entre 15 a 20 contos.
“Em um mês paga a sua cabeça”, garante Carlos Andrade.
Em São Nicolau, a criação de cabras não é encarada ainda como actividade que gera lucros. Em algumas localidades desta ilha, nomeadamente Juncalinho e vila da Ribeira Brava, alguns moradores locais possuem rebanhos de cabras mas não tem na criação desses animais a sua actividade profissional. As cabras, de raça local, são criadas à solta e sem qualquer acompanhamento e controlo, com efeitos bastante perversos para o ambiente.
As próprias autoridades locais e muitos munícipes ribeira-bravenses têm a consciência dos problemas que o pastoreio livre já criou a esta vila, devido à sua acção devastadora na Ladeira de Igreja e Monte Fora, mas não se nota uma atitude firme para se pôr a tal situação.
Sapo.cv/Inforpress/CH/Fim
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