PRAIA-A ministra do Turismo, Indústria e Energia cabo-verdiana, Fátima Fialho, promete que "muito proximamente" o Governo irá tomar uma decisão definitiva sobre a criação da empresa comum de logística de combustíveis de Cabo Verde.
A criação da empresa visa a importação, armazenamento e distribuição de combustíveis entre as diferentes ilhas do país.
Em declarações à Rádio Nacional de Cabo Verde (RNCV) Fátima Fialho adiantou que os estudos de impacto e viabilidade da empresa já foram feitos e que as negociações com as duas petrolíferas (Shell e Enacol) para a criação da empresa estão já na sua fase final.
"Neste momento já temos elementos para que as petrolíferas possam posicionar-se. Portanto, vamos prosseguir com as negociações e a tentar finalizar este processo", salientou Fátima Fialho.
Os dados do estudo, de acordo com a ministra, indicam que "há vantagens" na criação de uma companhia de logística de combustíveis comum, faltando o pronunciamento dos parceiros de uma "forma definitiva".
A criação da empresa foi recomendada por um estudo feito em 2002, com financiamento do Banco Mundial (BM), que visava analisar o impacto da subida do preço do petróleo na economia do país e apontar as melhores formas de o minimizar.
A ideia da criação desta empresa resultou também, segundo o presidente do conselho de administração da Agência de Regulação Económica (ARE), João Renato Lima, de uma constatação de que "há uma grande irracionalidade na forma como os sistemas de recepção dos produtos petrolíferos acontecem em Cabo Verde ". Como exemplo desta irracionalidade apontou o facto de Santiago ser o maior centro de consumo de combustíveis, e no entanto recebe apenas gás butano. O gasóleo e fuel são descarregados e armazenados em São Vicente e a gasolina e o jet na ilha do Sal. A propósito desta situação João Renato Lima admite que com a criação de uma empresa de logística comum a "primeira decisão" será "alterar esse estado de coisas. Não faz sentido estar a incorrer em custos internos, quando se pode ter um ponto de descarga na ilha com maior expressão em termos de consumo".
A Enacol, apontada como uma das accionistas da companhia de logística, anunciou recentemente que pretende desenvolver a dimensão do mercado de combustíveis em Cabo Verde, melhorar a logística de importação e distribuição de combustíveis no país. Defendeu igualmente o reforço particularmente da capacidade de armazenagem na cidade da Praia, capital do país. Esta empresa petrolífera avança ainda que vai apostar no sector energético e continuar a política, enquanto empresa "socialmente responsável".
OJE/INFORPRESS
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