LISBOA-Apesar de estarmos a um ano de distância, as iniciativas de apoio às candidaturas para as próximas eleições presidenciais, em Cabo Verde, multiplicam-se, quer no país quer na diáspora. Desta vez, o putativo candidato é Manuel Inocêncio Sousa, o actual Ministro de Estado e das Infra-estruturas, Transportes e Telecomunicações.
E o apoio a esta candidatura é liderado, em Portugal, pela Comissão para o Incentivo à Candidatura Presidencial do Engº Manuel Inocêncio Sousa, constituída por Démis Lobo Almeida, José Luís Neves, Nilton Vieira e Madalena Semedo.
A primeira expressão pública deste apoio terá lugar, no dia 20 de Março, num jantar no salão Mediterranean do Hotel Marriot, em Lisboa, com a presença do próprio Manuel Inocêncio Sousa. O encontro contará ainda com com uma parte cultural, com as presenças de Bana, Titina Rodrigues e Rita Lobo.
De acordo com Démis Almeida, da Comissão de Apoio, “trata-se de um incentivo para que a candidatura se realize”, num momento em que o próprio visado leva a cabo uma auscultação pública, no país, com vista à recolha de apoios.
E porquê Manuel Inocêncio Sousa? Embora reconheça capacidades em todos os outros candidatos mais ou menos assumidos (David Hoppfer Almada, Jorge Carlos Fonseca, Silvino da Luz e Aristides Lima) para Démis Almeida, “há um pequeno diferencial que nos leva a apoiar esta candidatura, que é a forma como ele exerceria a sua magistratura”.
Na sua opinião, essa função, em Cabo Verde, tem sido demasiado apagada: “tem havido alguma apatia no exercício deste cargo, fazendo do Presidente da República uma figura quase decorativa”. “Esta magistratura”, acrescenta, “tem de ser pró-activa e ser uma magistratura de influência, um agente promotor da mudança, conforme prevê a própria Constituição da República.”
Para esta Comissão de Apoio, Manuel inocêncio Sousa “tem sentido de Estado, é uma figura séria e respeitadora da moral social e tem todas as qualidades para vir a ser um bom Presidente da República”.
Em reacção às recentes declarações do Presidente da Assembleia da República, Aristides Lima, assumindo-se como candidato, na antena da RFI, Démis Almeida é peremptório: “O PAICV tem os seus próprios mecanismos internos de escolha de candidatos; não creio que seja muito correcto avançar sem que o partido tome uma decisão, até porque cria embaraços ao próprio partido.”
SAPO.CV-Por Joaquim Arena@
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