BRUXELAS-A Comissão Europeia está a estudar a criação de um "FMI europeu", um organismo que poderá servir como ajuda para países em fortes dificuldades financeiras como a Grécia e impor limites a instrumentos financeiros como Credit Default Swaps (CDS) - seguros contra o incumprimento da dívida de um país - que têm agravaram a situação financeira da Zona Euro.
O comissário europeu dos assuntos económicos e monetários, Olli Rehn, vai informar hoje o executivo comunitário de todas as "discussões em curso" sobre o tema, disse o porta-voz do comissário, Amadeu Altafaj Tardio. Os planos para "reforçar a coordenação económica e a vigilância dos países" em toda a Europa serão centrados nas 16 nações que usam o euro, actualmente sob pressão devido à crise orçamental grega.
O porta-voz de Rehn, adiantou que a comissão "está pronta para propor um instrumento europeu" semelhante ao FMI (Fundo Monetário Internacional) e apontou o final de Junho como um primeiro prazo para apresentar todos os pormenores sobre a forma, e quem, vai financiar o fundo pretendido.
A chanceler alemã Angela Merkel considerou "boa e interessante" a ideia de criar um fundo monetário europeu para ajudar financeiramente países da zona Euro em dificuldades, lembrando que, no entanto, será preciso alterar os tratados.
Merkel lembrou que o chamado princípio da facilidade impõe que a União Europeia tenha de contribuir para ajudar financeiramente um país membro da União, como a Letónia ou a Hungria, por exemplo, sempre que estes recebam ajuda do FMI. Mas no que respeita a um país membro da Zona Euro, não há essa facilidade porque os tratados em vigor a excluem, nomeadamente através da chamada Cláusula No Bail Out do Tratado de Maastricht. A crise grega despertou um enorme debate sobre a forma como os países do euro lidam com os problemas de outro Estado-membro.
OJE
Sem comentários:
Enviar um comentário
Comentar com elegância e com respeito para o próximo.