BRASILIA-O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, voltou a defender o diálogo com o Irão e diz que o isolamento do país pode dar "caca".
"Se continuarem a isolar o Irão, isso pode dar caca. É importante que se estabeleça uma relação de conversa", afirmou o chefe de Estado em entrevista ao programa Canal Livre, da TV Bandeirantes, no domingo à noite.
Em relação à sucessão presidencial, Lula da Silva disse estar convencido de que a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores (PT), será a próxima presidente do Brasil, e garantiu que não fará campanha durante o "expediente".
"No meu exercício da presidência da República não tenho candidato. Todos são meus candidatos. Depois do meu horário de expediente na presidência da República, vou ter candidato, vou para a rua fazer comício de sábado e de domingo", destacou.
O presidente lembrou que Dilma Rousseff foi presa durante três anos e meio durante a ditadura, período em que foi torturada, mas que não tem "ressentimento" nem mágoa. O presidente comparou Dilma Rousseff a Nelson Mandela, que passou 21 anos presos e foi eleito presidente da África do Sul em 1994, e a José Mujica, ex-preso político e actual presidente do Uruguai.
Questionado sobre a última sondagem do instituto Datafolha, que aponta uma diferença de nove pontos percentuais entre o adversário José Serra, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), com 36% das intenções de voto, e a candidata do PT, com 27%, o presidente afirmou que a campanha ainda está no começo. "Você acha que quem perdeu três eleições se vai assustar (com pesquisas)?", questionou Lula.
Ao falar de si mesmo na terceira pessoa, o presidente disse que não pensa em voltar a disputar um novo mandato presidencial e negou a possibilidade de ocupar o cargo de secretário-geral das Nações Unidas. "O secretário-geral da ONU precisa ser um burocrata, não pode ser alguém de opiniões muito fortes", explicou.
OJE/LUSA
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