sexta-feira, 23 de abril de 2010

GB:Guiné-Bissau à espera que a "poeira assente" para nomear chefias militares

BISSAU-O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, afirmou hoje que as autoridades políticas do país estão a deixar que a poeira assente para nomearem as novas chefias das Forças Armadas.
"Está a ser ainda analisada. Estamos a deixar que a poeira assente, analisando todos os problemas que há nos quartéis", disse Carlos Gomes Júnior em resposta à agência Lusa quando saía de uma audiência de rotina com o presidente guineense, Malam Bacai Sanhá.
"Faz parte da audiência semanal que tenho com o presidente da República. Vim cá para fazermos o ponto de situação do país", declarou o chefe do Governo, sublinhando que a nomeação das novas chefias militares está na agenda, embora a questão esteja a ser tratada com calma.
"Neste momento o chefe do Estado-Maior Adjunto está a fazer visitas a todas as instalações militares para fazer uma avaliação, para ver que apoios podemos pedir aos nossos parceiros internacionais para melhoria das condições nas casernas também", afirmou Gomes Júnior, em alusão às visitas que o general António Indjai tem feito às unidades militares.
Questionado sobre se o Governo pretende iniciar um processo de remodelação das casernas, o primeiro-ministro disse que o projecto faz parte do programa de reforma do sector de Defesa e Segurança em curso. "O problema que se põe é que tudo isso faz parte do programa de reforma do sector de Defesa e Segurança, só que muitas das vezes, com os nossos parceiros, as coisas não são feitas com a visibilidade desejada", defendeu o chefe do Executivo de Bissau.
"Há todo um tempo da programação para que se faça o orçamento também. É nesta base que temos uma série de encontros internacionais agendados. No dia 9 de Junho temos um encontro em Nova Iorque para a fixação do fundo de pensões, e em Outubro temos, em Bruxelas, um encontro com todos os parceiros de desenvolvimento", sublinhou Carlos Gomes Júnior.
O Governo aguarda pelos resultados dos encontros internacionais, mas vai avançando com iniciativas próprias para a melhoria das condições de vida dos soldados nos quartéis, afirmou o primeiro-ministro.
OJE/LUSA

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