LUANDA-A criação de um clima favorável à atracção de mais negócios para Angola é fundamental para o país, sobretudo nas relações com os EUA, afirmou hoje(28), em Luanda, Floria Liser, representante dos EUA em África para o Comércio.
Delegações do comércio e investimentos de Angola e dos EUA estiveram hoje reunidas em Luanda para identificarem novos ambientes de negócios e cooperação para os dois países.
Para isso, está em Angola uma delegação norte-americana, de 11 membros, chefiada por Florie Liser.
É a primeira reunião do Conselho de Comércio e Investimentos EUA/Angola, que decorre no âmbito do Acordo Quadro de Comércio e Investimento dos dois países, assinado em Maio do ano passado, em Washington, pelo ministro angolano das Relações Exteriores, Assunção dos Anjos e o representante dos EUA para o Comércio, Ron Kirk.
Em declarações à imprensa, no final da reunião, a representante norte-americana apontou como necessária a criação de um clima que permita atrair mais negócios para o país.
"O que precisamos agora é de identificar o sector chave e os sectores mais problemáticos para melhorar a nossa relação", disse Florie Liser, defendendo a melhoria do clima de investimento e comércio em Angola.
É necessário que o governo angolano identifique as necessidades dos seus diversos sectores e ponha em prática um plano e uma acção para melhorar esses investimentos, visando atrair investidores norte-americanos, segundo a responsável.
Por sua vez, o vice-ministro angolano do Comércio, Augusto Arsher Mangueira, que presidiu à reunião pela parte de Angola, considerou importante que sejam criadas condições para criar um equilíbrio entre as balanças comerciais dos dois países.
"A parte americana apresentou um conjunto de elementos, por isso temos todo o interesse que haja um ambiente de negócio favorável e que sejam eliminadas as barreiras tarifárias", disse o vice-ministro angolano, frisando que o governo tem estado a realizar acções nesse sentido.
O Acordo Quadro de Comércio e Investimento é um mecanismo bilateral de consulta do Governo norte-americano, para a promoção do comércio e investimentos, que poderá levar à assinatura de acordos obrigacionistas, tais como o de promoção e protecção recíproca de investimentos e acordos de livre comércio.
Da delegação norte-americana fazem parte igualmente representantes dos departamentos de Estado da Agricultura, dos Transportes e das Agências americana para o Desenvolvimento (USAID) e para o Comércio e Desenvolvimento (USTDA).
Da parte angolana há ainda elementos do Conselho de Comércio e Investimentos dos Ministérios da Coordenação Económica, da Geologia e Minas e da Indústria, Agricultura e Desenvolvimento Rural e Pescas, Ambiente, Finanças, Transportes e Ciência e Tecnologia.
OJE/LUSA
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