LISBOA-O recenseamento dos cidadãos cabo-verdianos que vivem fora do País deverá começar na segunda semana de julho, em paralelo com uma forte campanha de informação, revelou hoje o ministro da Administração Interna de Cabo Verde.
“Estamos a prever para a segunda semana de julho o início do recenseamento e paralelamente uma campanha de sensibilização e informação”, disse o ministro Lívio Lopes em Lisboa, em declarações aos jornalistas na Embaixada de Cabo Verde.
O ministro quis inteirar-se em Portugal, onde decorreu a formação dos técnicos que trabalharão em todos os países, sobre como está a correr o processo para iniciar o recenseamento eleitoral, todo assente em novas tecnologias, com terminais instalados nas embaixadas, mas também kits móveis que vão estar nos bairros.
Além da tecnologia, o ministro adiantou que também há novidades na recolha de informação, já que além das informações tradicionais, constarão do processo do eleitor a assinatura, a fotografia e a impressão digital, em formato digital, à semelhança do que acontece nos Serviços de Emigração e Fronteira.
“A campanha de informação é uma das componentes fundamentais para um bom resultado final”, até porque “o recenseamento feito em 1995 já não é válido e por isso é importante as pessoas saberem que têm de recensear-se novamente”, afirmou ainda o ministro, explicando que haverá diferentes meios acionados para que ela resulte.
“A campanha está estruturada, a mensagem está pronta (…) e vamos utilizar todos os meios possíveis para chegar perto da comunidade”, disse Lívio Lopes.
A difusão passa por órgãos de informação como a RTP, rádios comunitárias, televisões comunitárias (estas sobretudo nos Estados Unidos), sites institucionais, comissões de recenseamento, mas também pelas “associações comunitárias de base”, adiantou o ministro.
Isto porque, explicou, há situações em que é necessário uma “passagem de informação de forma mais personalizada” e a campanha pretende também “servir para a mobilização e envolvimento do universo global de eleitores”.
Portugal e os Estados Unidos, onde se concentra grande parte da diáspora cabo-verdiana, são alguns dos países em que é necessário um trabalho mais apurado.
Os dados, não oficiais, calculam em cerca de um milhão o número de emigrantes cabo-verdianos, ou seja, o dobro dos que vivem no arquipélago.
O ministro falou ainda aos jornalistas das novas perspetivas e exigências para o serviço de proteção civil cabo-verdiano, que vai ter novos métodos e serviços, como o número de emergência 112.
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
Inforpress/Lusa/Sapo.cv
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