quinta-feira, 20 de agosto de 2009

GB:Parlamento da Guiné-Bissau quer apurar causas de "conflitos e matanças" no país

BISSAU-O Parlamento da Guiné-Bissau lançou um conjunto de consultas para apurar as causas dos "conflitos e matanças" no país, para as quais está disposto a legislar para que sejam erradicadas da sociedade guineense, afirmou hoje o presidente interino da instituição.
Serifo Nhamadjo considerou que é chegada a altura de os guineenses se sentarem à volta de uma mesa para conversar e analisar "o porquê de tantos conflitos, o porquê de tantas matanças".
De acordo com o presidente interino do Parlamento, a iniciativa visa, por enquanto, auscultar os embaixadores e representantes da comunidade internacional acreditados em Bissau, mas estender-se-á aos próprios guineenses, que serão ouvidos nas nove regiões, indo culminar com um Fórum Nacional a ser realizado em Janeiro próximo.
No dia 24 de Setembro, dia da independência nacional, será lançada oficialmente a iniciativa, proposta, em resolução, pelos deputados, em 2007 e no dia 15 de Janeiro terá inicio o Fórum Nacional de Reconciliação que deverá terminar no dia 20 de Janeiro, dia dos heróis nacionais, explicou Serifo Nhamadjo.
"O que se pretende é proporcionar um espaço para que se questione o porquê de tantos conflitos, o porquê de tantas matanças, buscar soluções e apontar caminhos", declarou o presidente do Parlamento guineense, que disse ainda que a instituição legislativa estará disponível para legislar no sentido de resolver os problemas apontados no Fórum.
"Pretende-se acabar com os ciclos de conflitos" na Guiné-Bissau, frisou Serifo Nhamadjo, salientando que o país "só agora" tem reunidas condições para materializar uma proposta parlamentar feita há dois anos atrás.
"Diria que mais vale tarde do que nunca, há sempre um primeiro passo. Há um ambiente propício neste momento para uma coisa dessas", defendeu Nhamadjo.
Devem tomar parte no Fórum Nacional de Reconciliação políticos, elementos das organizações da sociedade civil, militares, veteranos de guerra, jornalistas, académicos, anciões, chefes religiosos e empresários, entre outros, notou o presidente interino do Parlamento guineense.
Oje/Lusa

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