terça-feira, 18 de agosto de 2009

CHILE:Ilha de Páscoa "fechada" por protestos

A ilha chilena de Páscoa, considerada um paraíso turístico, ficou domingo e segunda-feira temporariamente sem ligações aéreas com o resto do mundo, depois do bloqueio do aeroporto por manifestantes em protesto contra os excessos migratório e turístico.
A pista do aeroporto de Mataveri esteve ocupada por vinte populares, que forçaram a companhia chilena LAN, a única a operar para a ilha, a suspender os seus voos.
A situação regressou ainda hoje à normalidade, com o levantamento do bloqueio e o "aeroporto plenamente funcional", declarou o secretário de Estado do Interior, Patricio Rosende.
Anualmente, a ilha de Páscoa, conhecida pelas praias de água cristalina e pelas estátuas de pedra "Moai", é visitada por 50 mil turistas. O território conta com menos de cinco mil habitantes, a maioria de origem polinésia.
O grupo "Parlamento Rapa Nui (Ilha Grande, no idioma local)" começou os protestos no sábado, reclamando limites à duração da estada dos turistas e à fixação permanente de continentais chilenos e estrangeiros.
Segundo os ilhéus, estes fluxos populacionais ameaçam o ecossistema local frágil e o seu património e contribuem para o aumento da delinquência.
Por isso, reclamam um "conselho migratório", com quotas, para regular os fluxos de turistas, trabalhadores e moradores, um pouco como o que existe nas ilhas Galápagos, no Equador.
A ilha de Páscoa prepara-se para uma invasão turística em Julho do próximo ano, por ocasião do eclipse total do Sol.
O fenómeno deixará às escuras a parte da região banhada pelo Oceano Pacífico onde se encontra a ilha, que tem apenas uma oferta de 1.500 camas, facilmente esgotável, pelo que a reserva de alojamento é feita, por vezes, com seis anos de antecedência.
DN.PT

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