BISSAU-Uma criança guineense de três meses morreu após hemorragias provocadas pela prática de mutilação genital a que foi submetida pela própria mãe, contra a vontade do pai, disse à Lusa fonte oficial.
De acordo com Iracema do Rosário, presidente do Instituto da Mulher e Criança (IMC, instituição do Governo), o caso registou-se segunda-feira no bairro de Quelelé, em Bissau, quando uma mãe, contra a vontade do pai, submeteu a filha a excisão. A criança, de três meses, acabou por falecer poucas horas depois por não ter resistido às hemorragias.
A presidente do IMC, que alerta para o facto de a Guiné-Bissau ainda não possuir legislação que possa punir actos do género, diz já ter iniciado as diligências para informar a ministra da Solidariedade e Família, bem como a Procuradoria-Geral da República, sobre o caso.
"É um facto condenável, por isso há toda a necessidade do comité de luta contra práticas nefastas (na sociedade guineense) actuar rapidamente. Vou já informar a senhora ministra da Solidariedade e Família, que tutela o nosso instituto, também vamos informar a Procuradoria dos menores, Ministério do Interior e o Parlamento, sobre o que se passou", adianta Iracema de Rosário.
A presidente do IMC entende que o país deve trabalhar rapidamente no sentido de se adoptar uma legislação que possa punir práticas semelhantes e que são frequentes na Guiné-Bissau.
Por seu turno, o coordenador da Liga Guineense dos Direitos Humanos na região de Bissau, Gentil Sanca, considera a mãe da criança falecida "a mãe mais criminosa do século XXI".
"A atitude desta mãe é condenável. Podemos dizer que esta mulher é a mãe mais criminosa do século XXI. O mais grave é que quando a criança começou a perder sangue não foi levada ao médico pela própria mãe", sublinha Gentil Sanca, responsabilizando o Governo pela "inércia" na adopção de medidas contra estas práticas.
"A Liga está muito preocupada com práticas destas. Há muito que a Liga se tem pronunciado contra estas práticas, recomendando ao Governo a adopção de medidas contra estas situações, porque não é tolerável que continuemos a assistir impávidos a actos do género", acrescenta o responsável pela Liga dos Direitos Humanos em Bissau.
"O Governo devia tomar medidas urgentes e enérgicas", acentua ainda Gentil Sanca.
O caso também mereceu a condenação por parte da Associação de Direito das Crianças (ADC). Segundo Quintino Nosoline, porta-voz da ADC, o que aconteceu no bairro de Quelelé "é um acto criminoso" que deve ser "severamente punido pela justiça".
EXPRESSO/LUSA.PT
De acordo com Iracema do Rosário, presidente do Instituto da Mulher e Criança (IMC, instituição do Governo), o caso registou-se segunda-feira no bairro de Quelelé, em Bissau, quando uma mãe, contra a vontade do pai, submeteu a filha a excisão. A criança, de três meses, acabou por falecer poucas horas depois por não ter resistido às hemorragias.
A presidente do IMC, que alerta para o facto de a Guiné-Bissau ainda não possuir legislação que possa punir actos do género, diz já ter iniciado as diligências para informar a ministra da Solidariedade e Família, bem como a Procuradoria-Geral da República, sobre o caso.
"É um facto condenável, por isso há toda a necessidade do comité de luta contra práticas nefastas (na sociedade guineense) actuar rapidamente. Vou já informar a senhora ministra da Solidariedade e Família, que tutela o nosso instituto, também vamos informar a Procuradoria dos menores, Ministério do Interior e o Parlamento, sobre o que se passou", adianta Iracema de Rosário.
A presidente do IMC entende que o país deve trabalhar rapidamente no sentido de se adoptar uma legislação que possa punir práticas semelhantes e que são frequentes na Guiné-Bissau.
Por seu turno, o coordenador da Liga Guineense dos Direitos Humanos na região de Bissau, Gentil Sanca, considera a mãe da criança falecida "a mãe mais criminosa do século XXI".
"A atitude desta mãe é condenável. Podemos dizer que esta mulher é a mãe mais criminosa do século XXI. O mais grave é que quando a criança começou a perder sangue não foi levada ao médico pela própria mãe", sublinha Gentil Sanca, responsabilizando o Governo pela "inércia" na adopção de medidas contra estas práticas.
"A Liga está muito preocupada com práticas destas. Há muito que a Liga se tem pronunciado contra estas práticas, recomendando ao Governo a adopção de medidas contra estas situações, porque não é tolerável que continuemos a assistir impávidos a actos do género", acrescenta o responsável pela Liga dos Direitos Humanos em Bissau.
"O Governo devia tomar medidas urgentes e enérgicas", acentua ainda Gentil Sanca.
O caso também mereceu a condenação por parte da Associação de Direito das Crianças (ADC). Segundo Quintino Nosoline, porta-voz da ADC, o que aconteceu no bairro de Quelelé "é um acto criminoso" que deve ser "severamente punido pela justiça".
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