HAIA-O ataque israelita à frota humanitária que ia para Gaza também gerou protestos na Holanda. Numa demonstração ontem à noite em frente à embaixada israelita em Haia, cerca de 800 manifestantes protestaram contra o ataque israelita.
O Conselho de Segurança da ONU está exigindo agora uma investigação independente sobre a acção de Israel.
O Conselho de Segurança da ONU exige de Israel a libertação dos civis detidos após o ataque à frota que levava suprimentos à Faixa de Gaza. A reunião dos países membros do Conselho durou mais de dez horas. As opiniões estavam divididas. O representante de Israel continuou afirmando que a bordo dos navios não havia activistas de paz.
“Que tipo de pacifista usa facas, bastões, atira com armas roubadas de soldados e outras armas para atacar soldados que embarcaram no navio de acordo com a lei internacional?”
No site do Ministério de Assuntos Estrangeiros de Israel, as autoridades israelitas divulgam a sua versão dos factos.
O Conselho de Segurança defende uma investigação independente sobre a acção. Os navios apreendidos também devem ser devolvidos. O Conselho de Direitos Humanos da ONU faz uma reunião extraordinária nesta terça-feira.
Manifestação
Na Holanda, houve distúrbios durante uma manifestação em frente à Embaixada de Israel. Uma das participantes da demonstração foi a activista Gretta Duisenberg, viúva do ex-presidente do banco Central Europeu. Duisenberg é presidente da fundação pro-palestina Stop de Bezetting (Pare a Ocupação) e é da directoria do movimento Free Gaza. Ela liderava a demonstração e discutiu com os oficiais da unidade móvel da polícia, que entrou em acção quando os manifestantes chegaram muito perto do prédio da embaixada.
“Bateram-me com força com um escudo e caí no chão. E aí fui chutada. Acho que a atitude fraca de nosso ministro dos Negócios Estrangeiros, Maxime Verhagen, traduz-se no comportamento da polícia.”
Gretta Duisenberg não pretende apresentar queixa.
Vítimas
Palestinianos e turcos participaram no protesto em Haia, mas também os representantes da organização holandesa Een Ander Joods Geluid (Uma outra voz judia). Políticos holandeses também criticaram o ataque à frota. O ministro Verhagen disse estar “chocado” com os acontecimentos e pediu um esclarecimento ao embaixador israelita.
No ataque ao comboio de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza ao menos nove pessoas morreram e mais de 40 ficaram feridas. A Turquia enviou três aviões para resgatar os feridos de nacionalidade turca. Eles estão em hospitais em Haifa e Tel Aviv.
No total, quase 500 pessoas foram detidas. Segundo a mídia israelitas, 48 activistas estrangeiros serão extraditados hoje.
Fonte(RNW-Willemien Groot)
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