sexta-feira, 11 de junho de 2010

MUNDIAL 2010:AFRICA DO SUL 1 MEXICO 1-JOGO DE ABERTURA

JAHANESBURGO-Pode não ter sido a vitória com que os anfitriões vinham sonhando – e que, durante um bom tempo, chegaram a ter em mãos num lotado estádio Soccer City em Johanesburgo -, mas a partida de abertura da Copa do Mundo da FIFA 2010 certamente deixou os apaixonados sul-africanos confiantes nas chances de sua equipe de enfrentar de igual para igual seus duros adversários do grupo A e, quem sabe, alcançar a meta de se classificar às oitavas de final.

Após ter sido dominada pelo México nos primeiros 45 minutos, a África do Sul cresceu no segundo tempo e abriu o placar logo no início com um golaço de Siphiwe Tshabalala, digno de entrar para a história como o primeiro do Mundial. Os Bafana Bafana agüentaram firme até os 34 minutos, quando o veterano Rafael Márquez, de 31 anos, decretou o empate em 1 a 1 que abriu a primeira Copa do Mundo disputada no continente africano.
Pressão mexicana
Logo aos dois minutos, quando Paul Aguilar foi à linha de fundo pela direita e cruzou forte e rasteiro para a pequena área. O goleiro Itumeleng Khune rebateu, e a bola sobrou no pé de Giovani dos Santos, que bateu prensado pelo capitão Aaron Mokoena. O primeiro susto do Mundial.
O domínio de posse de bola dos mexicanos seguiu, assim como a opção por explorar o lado direito do ataque, com Aguilar. Os sul-africanos, enquanto isso, se fechavam e esperavam ter um pouco de espaço para contra-atacar. Em uma dessas ocasiões, aos 18, por pouco os anfitriões não acabaram vendo a estratégia se voltar contra si: Giovani dos Santos aproveitou um passe errado no meio-campo, arrancou com muita velocidade em diagonal e, da entrada da área, chutou forte, à direita do gol de Khune. O segundo susto do Mundial.
E, a partir de então, já nem convém mais contar. Ficou determinado que a tônica seria aquela, com o México pressionando a saída de bola sul-africana, buscando o ataque e levando perigo, como em mais dois lances iniciados por Carlos Vela. Depois foi Giovani dos Santos que, mais uma vez, esteve a um passo de marcar, quando chutou da lateral da pequena área para um desvio providencial de Siboniso Gaxa. O contra-ataque dos Bafana Bafana só foi dar algum sinal de que poderia se tornar uma arma a partir dos 35 minutos, quando a equipe de Carlos Alberto Parreira criou uma ou outra chance, a melhor delas num cruzamento de Siphiwe Tshabalala pela esquerda que passou a centímetros da cabeça de Katlego Mphela.
Contra-contra-ataque
A intenção de contra-atacar continuou firme para os sul-africanos, mas, a diferença é que o passe funcionou. Aos dez minutos da segunda parte, Tshabalala recebeu um lindo passe de Kagisho Dikgacoi na entrada da área pelo lado esquerdo e, de canhota, acertou um chutaço cruzado no ângulo, sem chances para o goleiro Oscar Pérez. Foi o estopim para colocar mais ânimo ainda na festa que os sul-africanos já vinham fazendo nas ruas de Johanesburgo há dias. A dancinha coreografada do camisa 8 com seus companheiros ficou imediatamente marcada como a primeira grande imagem do Mundial.
Giovani dos Santos, um dos destaques da partida pelo lado mexicano, bem que tentou esfriar o ambiente logo quatro minutos depois, quando fez mais uma boa jogada pela direita, bateu forte e obrigou Khune a fazer uma grande defesa. Mas, em vez de estabelecer uma autêntica pressão, o que o México acabou fazendo foi abrir mais espaços. Tanto que, em duas oportunidades, aos 20 e 24 minutos, o meia Teko Modise apareceu sozinho diante de Pérez.
Justo quando a partida parecia estar sob controle, num lance aparentemente despretensioso, o México chegou ao empate. Andrés Guardado, que entrara já na segunda parte, centrou do bico da grande área, pelo lado esquerdo. A bola passou por Aaron Mokoena e encontrou Rafael Márquez sozinho na pequena área. O mexicano tocou com calma na saída de Khune e deixou o placar igualado aos 34 minutos.
Empate decretado e seguro? Era o que parecia, mas ainda era tempo de uma última jogada extasiante no Soccer City: um chutão para o alto que caiu nos pés de Katlego Mphela a um minuto do final do tempo regulamentar. O toque na saída de Pérez foi quase preciso. Quase. A trave direita salvou a última chance de os Bafana Bafana realizarem seu sonho. Um sonho que, em todo caso, tem motivos para continuar vivo para os próximos jogos.
Fonte:FIFA
Constituição das equipas:
África do Sul:Khune; Gaxa, Mokoena, Khumalo, Thwala; Tshabalala, Dikgacoi, Letsholonyane, Modise; Pienaar e Mphela
Suplentes: Josephs, Masilela, Ngcongca, Sibaya, Davids, Booth, Parker, Nomvethe, Moriri, Sangweni, Walters e Khuboni
TREINADOR:Carlos Alberto Parreira
México:Oscar Perez; Paul Aguilar, Osorio, Rodriguez, Salcido; Rafa Marquez, Juarez e Torrado; Giovani dos Santos, Guille Franco e Carlos Vela
Suplentes: Barrera, Castro, Blanco, Ochoa, Hernandez, Moreno, Guardado, Magallon, Torres, Bautista, Medina e Michel
Treinador:Javier Aguirre
Local:Soccer City de Joanesburgo,
Arbitro:Ravshan Irmatov (Uzbequistão)

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