BISSAU-Na reunião ordinária de 19 de Junho, dedicada à análise da situação política em Cabo Verde e ao processo de recenseamento da diáspora cabo-verdiana na Guiné-Bissau, a Comissão Política Regional (CPR) do partido Movimento para a Democracia emitiu um comunicado, onde expressa a sua indignação em relação a algumas situações ocorridas no país.
Por um lado, a CPR "manifesta o seu veemente repúdio pela forma vergonhosa e recorrente como o Presidente da AFIDACAV (Associação dos Filhos, Descendentes e Amigos de Cabo Verde), que é, ao mesmo tempo, Chefe do Sector do PAICV na Guiné-Bissau, vem utilizando essa instituição para fins partidários, numa tentativa desesperada e indigna de caça de votos".
De acordo com o comunicado, essas acções estão relacionadas com "promessas de atribuição de nacionalidade cabo-verdiana e de militância no PAICV, mediante filiação nessa associação", a "perseguição movida pelo seu Presidente contra todos os sócios que o criticam pelo seu estilo autocrático e pela gestão danosa do património da Associação", e a "prática condenável de canalização de fundos públicos do Governo de Cabo Verde para financiamento de associações que lhe são dóceis.
A CPR conclui assim que o "PAICV aproxima-se das associações de compatriotas espalhadas pelas comunidades da diáspora, e, utilizando qualquer meio, designadamente dinheiros públicos, tenta a manipulação directa através de promessas ilegítimas, com o desespero de querer reeleger-se nos próximos embates eleitorais".
A Comissão Política Regional do MPD, na Guiné-Bissau, reitera que "não aceita essa prática, e manifesta a sua firme determinação de continuar firme nos seus propósitos de denunciar tais situações, comprometendo-se a tudo fazer para que só cidadãos cabo-verdianos possam recensear-se e votar de forma livre e transparente nas próximas eleições".
Por fim, a CPR congratula-se com o empossamento da Comissão de Recenseamento Eleitoral na Guiné-Bissau, no passado 16 de Junho, e deseja à comissão os maiores sucessos no desempenho das suas tarefas. Chama a atenção para que a intervenção da Comissão seja pautada por "princípios de isenção e de transparência", dando credibilidade a um processo que se exige espelhe a seriedade e dignidade do povo Cabo-Verdiano.
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